MERCADO
Bolsa
O Ibovespa encerrou o dia com queda de 0,87% a 129.020 pontos e giro financeiro de R$ 28,9 bilhões (R$ 24,9 bilhões, ambos acima da média de períodos anteriores, com pressão vendedora nos dois últimos dias. Mesmo assim, o mês ainda foi positivo com ganho de 0,99%. Sem referências e sinalização de alteração no cenário de curto prazo, este começo pode ser também de cautela de investidores, dependendo muito do apetite de estrangeiros que retiraram R$ 9,47 bilhões da B3 até o dia 27. Conforme esperado, os resultados corporativos de 2023 não têm ajudado, grande parte com queda em relação a 2022, com destaque para setores de mais peso na economia. No exterior, as bolsas de NY fecharam o dia do lado positivo e no mês confirmaram bom desempenho, acompanhadas pelas bolsas da Europa. A agenda de hoje traz dados econômicos importantes no Brasil, nos EUA e Reino Unido. La fora as bolsas abriram positivas na Europa e na Ásia o fechamento foi também positivo, com a China sinalizando medidas de incentivo à sua economia.
Câmbio
No fechamento do mês o dólar ficou praticamente estável em R$ 4,9703 (-0.01%), mas com alta de 0,30% no mês. Sem grandes novidades e com dados relativamente previsíveis na economia, o dólar deixou de ser uma referência relevante nos últimos meses.
Juros
Da mesma forma que o dólar, os juros futuros seguem acomodados. Ontem o contrato do DI para jan/25 fechou praticamente estável em 9,956% e para jan/30 em 10,568% ante ajuste de 10,642% no dia anterior.
Petróleo
Os contratos de petróleo voltaram a cair ontem, mas sustentam nível mais alto em relação a períodos anteriores. O WTI (Nymex) para abri/24 marcou US$ 78,32 o barril (0,70%) no fechamento e o Brent (ICE) fechou em US$ 83,47 (0-,22%) o barril.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Copel (CPLE6)
A Copel reportou lucro líquido de R$ 943 milhões no 4T23 (+51% em base anual) acumulando R$ 2,3 bilhões em 2023 (+102%). O EBITDA ajustado somou R$ 1,5 bilhão no 4T23 (com destaque para o segmento de distribuição) e R$ 5,8 bilhões em 2023. Ao final de dez/23 sua dívida líquida era de R$ 8,9 bilhões (1,9x o EBITDA). Um bom resultado potencializado pela transformação da companhia em Corporation com follow-on de R$ 5,2 bilhões, reversão parcial de impairment na geração e desinvestimentos.
Cemig (CMIG4)
Alienação de 15 PCHs/CGHs de geração hídrica
A Cemig informou que a Cemig Geração e Transmissão S.A. (Cemig GT) e a Horizontes Energia S.A. (Horizontes) subsidiária integral da Cemig GT alienaram 15 PCHs/CGHs de geração hídrica (sendo 12 usinas da Cemig GT e 3 da Horizontes). O comprador foi a Mang Participações e Agropecuária Ltda (Mang) pelo montante de R$ 101 milhões. A venda está alinhada ao Planejamento Estratégico e objetiva otimização do portfólio e melhor alocação de capital.
MRV&Co (MRVE3)
Prejuízo líquido consolidado de R$ 18,4 milhões em 2023
A empresa encerrou o ano com receita líquida consolidada de R$ 7,43 bilhões (+8,5% s/ 2022) mas teve aumento expressivo nas despesas operacionais (+69,3%), pesando sobre o resultado final, mesmo com redução da despesa financeira líquida. Em 2023 a empresa realizou menos lançamentos (-24,1% com VGV de R$ 5,8 bilhões) e vendeu 45% a mais que em 2022, melhorando a velocidade de vendas e de repasses. O ano foi difícil para o setor, que aposta em medidas do governo e em juros mais baixos para retomar ritmo de crescimento. Os custos seguem como preocupação.
Casas Bahia (BHIA3)
Reestruturação de dívida de R$ 1,5 bilhão
A empresa anunciou um acordo de reperfilamento de dívidas com instituições financeiras no montante de R$ 1,5 bilhão, abrangendo a reestruturação de emissões de cédulas de crédito bancário e de debêntures, em dívidas vencíveis em 2024 e 2025 com novo prazo de 3 anos. Os pagamentos serão trimestrais e a amortização do principal começando em 18 meses. A operação deverá dar fôlego à empresa.
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