MERCADO
Bolsa
A bolsa segue passando por um ajuste neste mês, registrando a terceira semana de baixa, com desvalorização de 4,88% em janeiro. Na semana a queda foi de 2,56% após fechar a sexta-feira com ganho de 0,25%, em dia de vencimento de opções sobre ações e volatilidade na sessão. É importante ressaltar a reversão do fluxo de estrangeiros que vieram sustentando o índice desde o começo do mês. No exterior, a sexta-feira foi de alta em NY e predomínio de baixa na Europa, com aumento da tensão na região do Mar Vermelho e risco de envolvimento de outros países nas guerras. Os preços do petróleo podem voltar a influenciar os mercados com a piora deste cenário. A semana iniciou com as bolsas da Ásia fechando mistas e na Europa a abertura foi positiva. Esta semana será importante para dar rumo às bolsas em fevereiro, com decisões para juros em vários países, mantidos inalterados na China e aguardando decisão no Japão. Atenção para resultados corporativos nos EUA e indicadores da semana.
Câmbio
A moeda americana valorizou 1,53% na semana cotada a R$ 4,9229 no fechamento da sexta-feira. O aumento das preocupações no exterior e o fluxo cambial dos últimos dias começa a mexer na cotação do dólar que vinha acomodado nas últimas semanas.
Juros
Atento à movimentação no exterior à medida que se aproximam a reuniões dos bancos centrais no final do mês, os juros também tiveram variação positiva nas últimas semanas. Na sexta-feira, a taxa do DI para jan/25 fechou em 10,100% e para jan/30 estava em 10,460% no final da sessão.
Petróleo
Apesar das notícias negativas em relação aos conflitos na região do Mar Vermelho e a consequência das guerras em andamento, os preços do petróleo ainda oscilam numa faixa estreita de preço. Na sexta-feira o contrato do WTI (Nymex) para fev/24 fechou em US$ 73,41 o barril (-0,90%) e o Brent (ICE) para mar/24 fechou em US$ 73,56 o barril (-0,95%).
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Energisa S.A. (ENGI11)
Preço da OPA será definido em 29/01
A definição do preço de venda na oferta subsequente (follow-on) de ações ordinárias e preferenciais está prevista para o dia 29 de janeiro, numa OPA que pode movimentar R$ 2,5 bilhões, caso seja colocado o lote adicional. Os recursos captados objetivam o fortalecimento e a otimização da estrutura de capital da Energisa. A oferta base é de 78,3 milhões de ações ON e 121,9 milhões de ações PN, que serão automaticamente convertidas em 29 milhões de Units – formada por 1 ação ON e 4 PN. A acionista controladora, Gipar S.A., manifestou sua intenção de acompanhar o aumento de capital na proporção de sua participação de 27,66%. O fundo Samambaia com 9,65% do capital, também deve acompanhar a oferta. Cotada a R$ 49,60 as Units ENGI11 registram queda de 6,1% este ano e alta de 27.0% nos últimos 12 meses.
3R Petroleum (RRRP3)
Emissão de Notes
A companhia informou que sua subsidiária 3R Lux de Luxemburgo, iniciou esforços para potencial emissão de títulos de dívida (“Notes”) no mercado internacional, em montante de até US$ 500 milhões. Os recursos líquidos serão utilizados para refinanciamento do atual endividamento detido pela Emissora, cujo a contratação se deu no âmbito do financiamento da aquisição do Polo Potiguar. As Notes serão oferecidas exclusivamente no mercado internacional, a investidores institucionais qualificados. Ao preço atual de R$ 29,55 a ação RRRP3 registra alta de 12,4% este ano.
Hapvida (HAPV3)
Investigada pelo MPE-SP, empresa anuncia diligência sobre descumprimento de contratos
Maior empresa de planos de saúde do País, o grupo Hapvida NotreDame é acusado de descumprir decisões judiciais favoráveis aos seus beneficiários, com mais de 100 casos nos últimos cinco meses. Diante das acusações e empresa promete uma diligência urgente sobre o assunto. Diante da notícia, a ação caiu 11.3% na semana passada.
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