Investidores mantêm cautela e Ibovespa cai pela décima vez consecutiva (-1,06%) aos 116.809 pontos

Investidores mantêm cautela e Ibovespa cai pela décima vez consecutiva (-1,06%) aos 116.809 pontos

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa chegou à décima queda consecutiva, comportamento não visto desde a sequência de 11 baixas em fev/1984. No fechamento o índice marcou queda de 1,06% aos 116.809 pontos, com giro financeiro de R$ 22.4 bilhões (R$ 19,4 bilhões à vista).  No mês., a queda é de 4,21%. As bolsas internacionais têm oscilado nas últimas sessões com as mesmas incertezas no mercado global com as economias americana e chinesa no centro das atenções. Ontem, as bolsas de Nova York subiram: Dow Jones (+0,07%), S&P500 (+0,57%) e Nasdaq (+1,05%). Na Europa o fechamento foi misto e hoje os mercados abriram em baixa na região. No Japão, fechamento positivo. A agenda econômica de hoje traz em destaque os dados do varejo nos EUA (julho) e expectativas para a economia da Alemanha. No Brasil, destaque para eventos com o presidente do BC Roberto Campos Neto e diretores do banco. Atenção também aos resultados corporativos divulgados ontem à noite.

Câmbio

As incertezas nos mercados voltaram a puxar o dólar para cima a R$ 4,9635 com alta de 1,14% no fechamento de ontem, acumulando ganho de 4,98% no mês.

Juros

Os juros futuros subiram afetados pelo fator China e pelas declarações do ministro Haddad em relação à câmara dos deputados, o que pode atrasar tramitação da pauta em Brasília No fechamento a taxa do contrato de DI para jan/24 estava em 12,45% e para jan/29 a taxa marcou 10,68%.

Petróleo

O petróleo fechou o dia em queda com o contrato do WTI (Nymex) (setembro) a US$ 82,51 o barril (-0,82%) e o Brent (ICE) par outubro a US$ 86,21 o barril (-0,69%).


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaúsa S.A. (ITSA4)

Lucro no 2T23 reflete principalmente resultado do setor financeiro (XP e Itaú Unibanco)

A Itaúsa registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,4 bilhões no 2T23 (+14% s/2T22). Nesta base o ROE recorrente elevou-se de 18,0% para 18,3%. Companhia pagará em 02/10 JCP bruto de R$ 0,0235/ação. Ex juros em 17/8 com retorno líquido de 0,2%.  A Itaúsa anunciou também aumento de capital de R$ 877 milhões, mediante subscrição privada, ao preço de R$ 6,50/ação (ex em 18/8). Acionistas poderão usar JCP a receber para subscrever ações.


Copel (CPLE6)

Lucro no 2T23 e transformação em Corporation

A companhia registrou no 2T23 lucro líquido de R$ 308 milhões com EBITDA ajustado de R$ 1,3 bilhão. Já a Receita líquida cresceu 2% em 12 meses para R$ 5,4 bilhões. Ao final de junho/23, alavancagem de 2,5x EBITDA e geração de caixa operacional de R$ 1,5 bilhão no 2T23 (+3% s/2T22). Liquidação da OPA em 11/08 e consequente transformação da companhia em uma Corporation.


Cosan S.A. (CSAN3)

Destaque para o EBITDA e o Fluxo de caixa Gerencial no 2T23

A Cosan reportou um lucro líquido ajustado de R$ 145 milhões no 2T23, revertendo o prejuízo de R$ 179 milhões do 2T22. Nesta base de comparação a receita caiu 19% para R$ 34,5 bilhões e o EBITDA aj. subiu 7% alcançando R$ 4,4 bilhões. A dívida líquida em junho/23 era de R$ 13,9 bilhões (2,0x o EBITDA).


Allos (ex-Aliansce Sonae) (ALSO3)

Bom desempenho no 2T23 e no acumulado do semestre

A Aliansce Sonae + brMalls agora é ALLOS. A empresa divulgou os resultados do 2T23 com os seguintes destaques:

No 2T23, a receita líquida consolidada atingiu R$ 650,2 milhões e R$ 256,5 milhões no 2T22. No 1S23 a receita foi de R$ 1,27 bilhão (R$ 525,8 milhões no 1S22). É importante ressaltar a fusão dos negócios da Aliansce com a BrMalls, para o crescimento expressivo dos números.

O resultado líquido do 2T23 foi de R$ 179,4 milhões ante R$ 37,6 milhões no mesmo período de 2022 e no 1S23 o lucro foi de R$ 3,18 bilhões, pelo mesmo motivo acima.

Ontem a ação ALSO3 encerrou cotada a R$ 24,12 com alta de 45,9% no ano.


São Martinho (SMTO3)

Resultado 1T24 (estável em 12 meses)

A São Martinho registrou lucro líquido de R$ 220 milhões no 1T24 (ano-safra 2023/24), estável em 12 meses, com margem de 16,3%. O EBITDA ajustado somou R$ 557 milhões no período (queda de 36% em 12m) com margem EBITDA aj. de 41,2%. Como pano de fundo, os menores preços e volumes comercializados de etanol, parcialmente compensados pelos maiores preços e volumes de açúcar.


JBS S.A. (JBSS3)

Tendência é de melhora dos resultados no 2º semestre de 2023

A JBS registrou prejuízo líquido de R$ 264 milhões no 2T23 com EBITDA ajustado de R$ 4,5 bilhões, recuo de 57% em 12 meses com margem EBITDA aj. de 5,0% (-6,2pp em 12m). A tendência é de lucro no segundo semestre de 2023 apesar do cenário global desafiador para o setor de proteínas.


Marfrig (MRFG3)

Lucro no 2T23 e subscrição privada a R$ 7,21/ação

A companhia reportou lucro líquido de R$ 784 milhões no 2T23, abaixo dos R$ 4,3 bilhões do 2T22. Nesta base de comparação o EBITDA registrou queda de 42% para R$ 2,3 bilhões (margem de 7,1%). Ao final de junho de 2023 sua dívida líquida era de R$ 39,8 bilhões (3,5x o EBITDA). Conselho aprovou o aumento de capital privado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,2 bilhões a R$ 7,21/ação.


Taurus Armas (TASA4)

Queda forte no lucro do 2T23 (-51,5%) ficando em R$ 48,9 milhões

Destaques do 2T23/2T22 e do 1S23:

No 2T23 a receita líquida caiu 24,8% somando R$ 470,3 milhões (R$ 625,6 milhões no 2T22), com queda drástica no mercado doméstico (-61,8%) com decisão do governo sobre vendas de armas. No mercado externo, (82,2% da receita), a queda foi de 6,0%. A margem bruta caiu de 47,8% para 36,6%. O EBITDA ajustado reduziu em 60,2% de R$ 205,6 milhões para R$ 81,9 milhões.

O lucro líquido caiu 51,5%, de R$ 100,8 milhões no 2T22 para R$ 48,9 milhões no 2T23. No 1S23 o resultado líquido foi de R$ 84,3 milhões, redução de 71,5% em relação aos R$ 295,8 milhões do 1S22.

Ontem a ação TASA4 encerrou cotada a R$ 14,95 com alta de 21,2% no ano.


BRF S.A. (BRFS3)

Aumento de prejuízo no 2T23 e incremento de alavancagem

A BRF registrou prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão no 2T23 e EBITDA ajustado de R$ 1,0 bilhão (queda de 33% s/2T22). Nesta base de comparação a Receita Líquida recuou 6% para R$ 12,2 bilhões. A alavancagem financeira subiu para 3,75x.


Magazine Luiza (MGLU3)

Crescimento nas vendas e prejuízo de R$ 198,8 milhões no 2T23

As vendas cresceram em todos os canais, com a receita bruta somando R$ 10,6 bilhões no 2T23 (+2,7% s/ o 2T22) e R$ 22,0 bilhões no 1S23 |(+4,8% s/; o 1S22).  O lucro bruto foi de R$ 2,47 bilhões no 2T23 (+0,6%) e o no 1S23 somou R$ 4,95 bilhões (+1.9%) com as margens praticamente estáveis nos dois períodos comparativos (28,6% n 2T23 e 28,1% no 1S23).  O EBITDA caiu 37,9% no 2T23 ficando em R$ 283,9 milhões, somando R$ 608,0 milhões no 1S23 (-23,7%).

O resultado líquido foi um prejuízo de R$ 198,8 milhões no 2T23 (+77,3% acima do prejuízo de R$ 112,1 milhões no 2T22). No acumulado do semestre a perda foi de R$ 508,3 milhões aumento de 141,0% sobre o prejuízo do 1S22.

Ontem a ação MGLU3 encerrou cotada a R$ 2,84 com alta de 3,6% no ano.


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