Bolsa fecha com queda de 0.23% após decisão do BC para a taxa Selic

Bolsa fecha com queda de 0.23% após decisão do BC para a taxa Selic

MERCADO


Bolsa

Após a decisão do Banco Central em reduzir a taxa Selic em 0,5 p.p., a bolsa teve dia de acomodação com queda de 0,23% aos 120.588 pontos e giro financeiro de R$ 27,3 bilhões (R$ 23,5 bilhões à vista|). Neste começo de mês, a bolsa acumula queda de 1,11%. Com noticiário mais fraco nestes dias, o foco permanece nos resultados trimestrais e os papéis refletem a qualidade destes números. Ontem à noite saíram os resultados da Petrobras e Bradesco que devem repercutir hoje. As bolsas internacionais. As principais bolsas internacionais fecharam o dia em queda. Em NY o Dow Jones caiu 0,19%, o S&P500 (-0,25%) e o Nasdaq (-0,10%) e na Europa a baixa aconteceu nas grandes bolsas e também na Ásia. No começo desta sexta-feira, vemos recuperação na Europa e no fechamento da Ásia. A agenda internacional traz em destaque dados da indústria (junho) na Alemanha, e as vendas no varejo na zona do euro (junho). Nos EUA, sai o relatório mensal de emprego “payroll” (julho) que pode influenciar os mercados. No Brasil a agenda econômica está vazia, mas os resultados corporativos irão concentrar atenções do mercado.

Câmbio

O dólar encerrou ontem com alta de 2,18% indo a R$ 4,9156, acumulando valorização de 3,90% na semana, após uma acomodação, abaixo de R$ 4,80 desde o dia 19/07.

Juros

No pós-Copom, os juros futuros tiveram dia de queda, com o mercado já precificando novos recuos da Selic à frente. No fechamento a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 caiu de 12,636% para 12,480% e para jan/29 o a taxa foi de 10,610%¨para 10,45%.

Petróleo

O petróleo voltou a subir forte ontem, após recuo no dia anterior, mantendo trajetória de alta com discussões sofre oferta da commodity no mercado internacional, com anúncio de cortes na oferta da Arábia Saudita e da Rússia. O WTI (Nymex) para setembro fechou em US$ 81,55 o barril (+2,59%) e o Brent (ICE) para outubro a US$ 85,24 (+2,45%). Neste começo de sexta-feira as cotações estão em alta novamente.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cemig (CMIG4)

Lucro de R$ 1,2 bilhão no 2T23

A Cemig reportou lucro líquido (IFRS) de R$ 1,24 bilhão no 2T23 frente R$ 50 milhões no 2T22 (por incremento de receita e redução dos custos e melhora do resultado financeiro. Em base recorrente o crescimento foi de 7% para R$ 1,21 bilhão.

A receita líquida cresceu 7% somando R$ 8,8 bilhões no 2T23. O EBITDA recorrente cresceu 4% entre os trimestres comparáveis alcançando R$ 1,9 bilhão, com destaque para os segmentos de geração e distribuição, que responderam, conjuntamente, por 64% deste resultado.

Ressalte-se o crescimento de 0,7% na energia distribuída no 2T23 frente o 2T22, com destaque para o crescimento de 6,4% no segmento residencial.

Ao final do 2T23 a dívida líquida consolidada da companhia era de R$ 8,0 bilhões (alavancagem de 1,1x o EBITDA), com R$ 3,9 bilhões de caixa.


AES Brasil (AESB3)

Lucro líquido de R$ 36 milhões no 2T23

A AES Brasil registrou um lucro líquido de R$ 35,9 milhões no 2T23 e que se compara ao lucro de R$ 9,3 milhões no 2T22.

Um bom resultado trimestral construído a partir do incremento de 23% da Receita Líquida que somou R$ 763 milhões no 2T23. Nesta base de comparação o Custo com Energia caiu 7% para R$ 248 milhões.

O EBITDA foi de R$ 347,5 milhões no 2T23 (+45,2% em 12 meses) com margem de 45,5% (+6,9pp).

No 1S23 frente ao 1S22 os resultados foram: Receita Líquida de R$ 1,55 bilhão (+19%); EBITDA de R$ 746 milhões (+38%) e Lucro Líquido de R$ 96 milhões (+20%).


Fleury (FLRY3)

Bom desempenho no 2T23 com lucro líquido contábil de R$ 74,4 milhões (+5,6% s/ o 2T22)

A Petrobras reportou um lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no 2T23 com queda de 24% em relação ao lucro de R$ 38,2 bilhões registrados no 1T23. No 1S23 o lucro líquido recorrente somou R$ 66,8  bilhões, com redução de 24% frente o lucro recorrente de R$  88,2 bilhões do 1S22.

  • Um resultado no 2T23 que refletiu a queda de 3,5% do preço do Brent (em base trimestral), a alta de 17,4% das despesas operacionais e a redução de 16,5% do preço médio dos derivados básicos no mercado interno.
  • Do lado positivo a melhora do resultado financeiro (de R$ 3,2 bilhões negativos no 1T23 para R$ 269 milhões negativos no 2T23), explicado por maior ganho com a variação cambial do real frente ao dólar.

Distribuição de proventos. Com base no resultado do trimestre o Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 1,149304 por ação ON e PN em duas parcelas iguais de R$ 0,574652/ação, a serem pagas em 21 de novembro de 2023 e em 15 de dezembro de 2023. A data base será 21 de agosto de 2023 com as ações negociadas ex dividendos a partir de 22 de agosto de 2023. O retorno estimado para as preferenciais é de 3,7%.


Petrobras (PETR4)

Lucro Líquido de R$ 28,8 bilhões no 2T23

A Petrobras reportou um lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no 2T23 com queda de 24% em relação ao lucro de R$ 38,2 bilhões registrados no 1T23. No 1S23 o lucro líquido recorrente somou R$ 66,8  bilhões, com redução de 24% frente o lucro recorrente de R$  88,2 bilhões do 1S22.

  • Um resultado no 2T23 que refletiu a queda de 3,5% do preço do Brent (em base trimestral), a alta de 17,4% das despesas operacionais e a redução de 16,5% do preço médio dos derivados básicos no mercado interno.
  • Do lado positivo a melhora do resultado financeiro (de R$ 3,2 bilhões negativos no 1T23 para R$ 269 milhões negativos no 2T23), explicado por maior ganho com a variação cambial do real frente ao dólar.

Distribuição de proventos. Com base no resultado do trimestre o Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 1,149304 por ação ON e PN em duas parcelas iguais de R$ 0,574652/ação, a serem pagas em 21 de novembro de 2023 e em 15 de dezembro de 2023. A data base será 21 de agosto de 2023 com as ações negociadas ex dividendos a partir de 22 de agosto de 2023. O retorno estimado para as preferenciais é de 3,7%.


Bradesco (BBDC4)

Resultado do 2T23, em linha com o esperado

O Bradesco registrou no 2T23 um lucro líquido recorrente de R$ 4,5 bilhões (ROAE de 11,1%) com alta de 5,6% em relação aos R$ 4,3 bilhões do 1T23 (ROAE de 10,6%).

Um resultado em linha com o esperado, mas aquém do potencial do banco. Do lado positivo o incremento de 31,9% do Resultado de Seguros (em base trimestral). Por outro lado, destaque para a redução de 0,6% da Margem Financeira e o aumento de 8,4% do Custo do Crédito. A Margem Financeira caiu 0,6% em base trimestral com leve alta de 1,2% em 12 meses.


Lojas Renner (LREN3)

Lucro líquido do 2T23 cai 36,3% ficando em R$ 228,7 milhões

Destaques do 2T23/2T22 e do 1º semestre:

O lucro líquido do 2T23 teve queda 36,3% ficando em R$ 228,7 milhões contra R$ 360,4 milhões no 2T22. No acumulado do semestre o resultado foi R$ 276,5 milhões, redução de 49,8% em relação ao 1S22. O EBITDA do 2T23 caiu 22,4% somando R$ 535,3 milhões (R$ 689,7 milhões no 2T22) e no 1S23 o EBITDA acumulou R$ 797,4 milhões (-19,3%).

A receita líquida do varejo caiu 6,0% no 2T23/2T22 e no acumulado do ano o recuo foi de 2,6% de R$ 5,41 bilhões para R$ 5,26 bilhões.

Ontem a ação LREN3 encerrou cotada a R$ 18,55 com queda de 7,7% no ano.


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