Ibovespa segue em alta (+0,55%) na expectativa da decisão para os juros no Brasil e nos EUA

Ibovespa segue em alta (+0,55%) na expectativa da decisão para os juros no Brasil e nos EUA

MERCADO


Bolsa

A bolsa marcou mais um dia de alta (0,55%) batendo 122.008 pontos com giro financeiro de R$ 24,9 bilhões (R$ 21,9 bilhões à vista). Os dados confortáveis de inflação, com deflação no IPCA-15 aumenta deve ser acompanhado por outros indicadores de preços e seguir pressionando o Banco Central para o início da tão esperada queda da Selic. As bolsas de NY fecharam o dia também do lado positivo: Dow Jones: + 0,08%, S&P500: + 0,28% e o Nasdaq: 0.61% e na Europa, alta no Euro Stoxx e FTSE (Londres) e DAX (Alemanha). Os mercados ainda capturam o otimismo com a chance de novos incentivos à economia chinesa e uma acomodação com noticiário mais brando nos últimos dias. Hoje, as bolsas da Ásia fecharam em baixa à espera da reunião do Federal Reserve para os juros americanos e na Europa a abertura dos mercados foi positiva. Ontem os contratos de petróleo para setembro voltaram a subir com o WTI (Nymex) indo a US$79,63 o barril (+1,13%) e o Brent |(ICE) a US$ 83,35 (+0,74%). Este mercado segue firme nas últimas semanas com a demanda crescente no mercado internacional e oferta controlada. Hoje, as cotações mostram pequeno recuo na abertura dos negócios com a commodity.

Câmbio

O dólar fechou o dia com alta de 0,48% indo a R$ 4,7526, mas ainda numa faixa de acomodação. No ano a baixa da moeda americana é de 10,09%.

Juros

O dado positivo do IPCA-15, com deflação e melhor que o esperado pelo mercado aumentou as expectativas e a pressão sobre o Banco Central para o início de queda da Selic. Com isso os juros futuros também recuaram. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 passou de 12,697% no final do dia para 12,645% e para jan/29 o recuo foi de 10,54¨% para 10,52%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Copel (CPLE6)

Potencial Oferta Pública de Ações

Conforme comunicado publicado ontem (25/07) a Copel e o Estado do Paraná, juntamente com as instituições financeiras coordenadoras, devem lançar hoje (26/07) potencial Oferta Pública de Ações

  • A Oferta Pública constitui de distribuição primária e secundária de ações ordinárias de emissão da companhia.
  • Considerando a cotação das ações ordinárias (CPLE3) no fechamento do mercado de 24.07.2023, a Oferta Pública envolveria valores entre R$ 4,3 a R$ 5,0 bilhões.
  • A Oferta Pública não contará com estrutura de ancoragem formal conforme prevista na regulamentação aplicável.

Telefônica Brasil (VIVT3)

Forte crescimento nos resultados do 2T23 e do 1º semestre

Destaques dos resultados da companhia:

  • Número de acessos fecha junho em 111,940 milhões (-1,6%).
  • Liderança no mercado de telecomunicações com 43,6% no segmento pós-pago.
  • Crescimento de 7,6% na receita líquida do 2T23 somando R$ 12,7 bilhões e R$ 25,4 bilhões no 1S23 (+9,8%).
  • EBITDA soma R$ 5,1 bilhões no 2T23 (+11,1%) e R$ 10,2 bilhões no 1S23 (+10,3%).
  • Lucro líquido consolidado atinge R$ 1,12 bilhão (+50,3% no 2T23) e acumula 1,96 bilhão no ano (+30,8%).
  • Forte geração de caixa livre: R$ 2,5 bilhões no 2T23 e R$ 5,6 bilhões no 1º semestre (+21,7%).
  • Investimentos somam R$ 4,0 bilhões no 1S23.
  • Endividamento líquido soma R$ 13,1 bilhões, considerando os compromissos (R$ 12,5 bilhões de arrendamento de ativos da Oi). A dívida liquida ex-arrendamento é baixa (R$ 634 milhões).
  • Pagamento de proventos – No 1S23 foram pagos R$ 827 milhões referente a dividendos de 2022 R$ 716 milhões em JCP bruto, relativos a 2023, além da deliberação neste ano de R$ 405 milhões de JCP em 17 /07/23 a serem imputados ao dividendo mínimo obrigatório de 2023.
  • Ontem a ação VIVT3 encerrou cotada a R$ 41,38 com alta de 13,5% no ano.

Santander Brasil (SANB11)

Lucro Líquido de R$ 2,3 bilhões no 2T23 impactado por menor custo de crédito

O Santander (Brasil) registrou no 2T23 um lucro líquido recorrente de R$ 2,3 bilhões (ROAE de 11,2%) com alta de 8% em relação ao lucro líquido de R$ 2,1 bilhões (ROAE de 10,6%) do 1T23. Um resultado em linha com os R$ 2,35 bilhões que esperávamos, mas ainda aquém do potencial do banco.

Em base trimestral, destaque para o crescimento de 19% da Margem Financeira Líquida para R$ 7,6 bilhões impactada positivamente pela redução de 12% no custo do crédito, explicado principalmente pela reversão de provisão adicional no valor bruto de R$ 1,45 bilhão.

Nesta base de comparação as Receitas de Serviços cresceram 2% alcançando R$ 4,8 bilhões enquanto as despesas operacionais registraram alta de 1% somando R$ 6,0 bilhões.

Destaque para o impacto negativo bruto de R$ 2,7 bilhões contabilizado em Outras Receitas/Despesas Operacionais, devido ao julgamento desfavorável de PIS/COFINS relativos ao período de 1998 a 2014.

Ressalte-se o impacto positivo bruto de R$ 1,1 bilhão pela venda de 40% da participação acionária da Webmotors, contabilizado como resultado não operacional.

A inadimplência registrou leve piora de 3,2% no 1T23 para 3,3% no 2T23. Em base trimestral a carteira de crédito em base ampliada cresceu 2,0% para R$ 617,2 bilhões (+10,6% em 12 meses).


Neonergia S.A. (NEOE3)

Queda da margem bruta e maiores despesas operacionais explicam a redução do EBITDA e do lucro líquido no 2T23

A companhia reportou no 2T23 um lucro líquido de R$ 728 milhões, com redução de 32% em relação ao lucro do 2T22 (R$ 1.075 milhões). A receita líquida cresceu 9% e o EBITDA registrou queda de 17%.

Destaque para (i) os reajustes tarifários da Neoenergia Coelba, Neoenergia Pernambuco, Neoenergia Cosern, Neoenergia Elektro e da Neoenergia Brasília; (ii) e do melhor resultado em Renováveis devido à entrada em operação dos Complexos Eólicos Oitis e do Complexo Solar Luzia; (iii) da menor margem em Termopernambuco.

Somem-se o aumento de PDD impactada negativamente (a) pelo efeito não recorrente dos pedidos de falência de grandes clientes; (b) a equivalência patrimonial negativa pelo ajuste a valor justo referente à operação corporativa das transmissoras, no âmbito da venda de 50% dos ativos para o GIC, anunciada em abril de 202; e (c) a piora do resultado financeiro impactada por aumento dos juros e encargos por maior endividamento (Capex de novos projetos de transmissão, eólico e solar, além das Distribuidoras).

Ao final de junho de 2023 sua dívida líquida somava R$ 38,2 bilhões (+5% sobre dez/22) com R$ 6,8 bilhões em caixa. A alavancagem elevou-se de 3,06x o EBITDA em mar/23 para 3,33x em jun/23.


Carrefour Brasil (CRFB3)

Lucro líquido consolidado do 2T23 fica em R$ 29 milhões (-95,2% em relação ao 2T22)

Principais destaques do 2T23 e do 1º semestre:

  • No 2T23, as vendas líquidas somaram R$ 26,0 bilhões (+8,1% s/ o 2T22) e no 1S23 foram R$ 50,3 bilhões (+17,5% s/ o 1S22). A margem bruta permaneceu praticamente estável nos dois períodos comparáveis, fechando em 19,7% no 2T23 e 19,7% no 1S23.
  • Pesaram sobre a empresa, as despesas operacionais, com aumento de 32,2% no 2T23 e mais 41,5% no acumulado do semestre.  Com isso o EBITDA caiu forte (-21,7% no 2T23 e -19,6% no semestre), comparado aos períodos do ano passado.
  • O lucro líquido do 2T23 foi de apenas R$ 29,0 milhões e no 1S23 foi prejuízo de R$ 346,0 milhões.
  • O fluxo de caixa livre foi negativo em R$ 318 milhões.
  • A dívida líquida somou R$ 18,2 bilhões em junho com alavancagem de 2,17x o EBITDA de 12 meses.
  • Ontem a ação CRFB3 encerrou cotada a R$ 11,50 com queda de 21,2% no ano.

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