Ibovespa mantém trajetória de alta com ganho de 0,45% e atinge 122,7 mil pontos

Ibovespa mantém trajetória de alta com ganho de 0,45% e atinge 122,7 mil pontos

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa chegou a trocar de sinal durante o dia após alta na parte da manhã, mas retomou o caminho de alta para fechar com ganho de 0,45% aos 122.660 pontos, com giro financeiro modesto de R$ 21,9 bilhões (R$ 19,2 bilhões â vista). A alta de juros nos EUA em 0,25 p.p foi só uma confirmação do que os mercados já computavam, ficando sempre para a próxima reunião a expectativa de uma eventual mudança de atitude do Federal Reserve em relação aos juros, embora o presidente do BC americano, Jerome Powell, tenha descartado a possibilidade de corte de juros em 2023. Do nosso lado não tem sido diferente, resta agora aguardar a decisão o BC para a taxa Selic. As bolsas de NY fecharam mistas com alta no Dow Jones (+0,23%) e baixas de 0,02% no S&P500 e -0,12% no Nasdaq. Na Europa o fechamento foi negativo nos principais índices. Mercados hoje – Os mercados lá de fora mostram alta nos futuros de NY e avanço nas bolsas da Europa e no fechamento da Ásia.  A agenda de tem com destaque o PIB do 2T23 anualizado dos Estados Unidos (ver anexo). Os contratos de petróleo para setembro fecharam o dia em queda, mas seguem em alta no mês. Ontem o WTI (\Nymex) fechou em US$ 78,78 o barril (-1,07%) e o Brent (ICE) a US$ 83,00 (-0,77%).  Hoje, os mesmos contratos voltaram a subir, no começo da manhã.

Câmbio

A moeda americana segue oscilando numa faixa estreita de preço e ontem recuou 0,31% a R$ 4,7781 com baixas de 1,04% no mês e 10,37% no ano.

Juros

Os juros futuros tiveram pequena oscilação ontem, sem surpresa na decisão para os juros americanos e dados tranquilos de inflação do nosso lado no dia anterior. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 recuou de 12,63% para 12,62% e para jan/29 a taxa foi de 10,52% para 10,55% ao ano.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)

Produção cai 1,5% no 2T23 e 2,5% no semestre

No 2T23, a produção média de óleo, LGN e gás natural da companhia alcançou 2,64 MMboed, 1,5% abaixo do 1T23. Este desempenho é explicado, principalmente, por maior volume de perdas por paradas programadas, declínio natural de campos maduros e desinvestimentos.

Do lado positivo o ramp-up da P-71, no campo de Itapu, e o início de produção dos FPSOs Almirante Barroso, no campo de Búzios, e Anna Nery, no campo de Marlim, somado aos novos poços de projetos complementares, na Bacia de Campos.

A produção comercial foi de 2,312 milhões de boe/d, com redução de 0,9% ante o 2T22 e queda de 1,7% frente o 1T23.


EDP Energias do Brasil (ENBR3)

Prejuízo de R$ 223 milhões no 2T23

A EDP Brasil registrou prejuízo líquido de R$ 222,7 milhões no 2T23 que se compara ao lucro líquido de R$ 381,1 milhões do 2T22, um resultado explicado pela redução de 6,1% na Margem Bruta para R$ 1,5 bilhão e pela queda de 8,4% do EBITDA que alcançou R$ 1,03 bilhão.

O Capex somou R$ 577,4 milhões no 2T23 (+9,4% em 12 meses) com uma Dívida Líquida de R$ 10,1 bilhões – queda de 5,5% em relação a igual trimestre de 2022.

Os principais números do 1S23 frente o 1S22 foram: Margem Bruta de R$ 3,2 bilhões (-0,3%), EBITDA de R$ 2,3 bilhões (-2,2%), Lucro Líquido de R$ 364,0 milhões (-70,8%) e Capex de R$ 1,2 bilhão (+22,1%).

Lembrando que a EDP Portugal elevou sua participação para 92,62% do capital social da EDP Brasil. Considerando o total de ações em tesouraria (2,51% do capital). Deste modo o free float alcança 4,87%.


Braskem (BRKM5)

Produção e Vendas no 2T23

A Braskem reportou ontem (26/07) seus dados de produção e vendas do 2T23. Os dados são preliminares e não auditados.

Conforme destacado a demanda global permaneceu impactada pelo menor nível de consumo; pela desestocagem da cadeia de transformação; e da recuperação abaixo do esperado, da atividade industrial na China. Some-se a entrada em operação de novas capacidades de PE e PP  e que continuou impactando os spreads petroquímicos no mercado internacional.

Taxa de Utilização

Brasil. No país a taxa média de utilização do 2T23 registrou queda de 5pp frente o 1T23 para 72% em resposta à adequação da produção frente a menor demanda e da restrição no fornecimento de matéria-prima na central petroquímica do Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

Nos EUA houve leve redução de 1pp, de 81% no 1T23 para 80% no 2T23. Destaque para o crescimento de 14pp no México (em base trimestral) para 86% em resposta ao maior fornecimento de etano pela Pemex e importado pela companhia.

Vendas

No Brasil a Braskem registrou queda de 11% nas vendas de resinas no 2T23 (em base trimestral) para 789 mil toneladas. Nesta base de comparação, as exportações de resinas somaram 171 mil toneladas, com queda de 20%. Já as vendas de etanol verde ficaram em 28 mil toneladas, recuo de 23% ante o 1T23.

Nos EUA e Europa as vendas cresceram 3% no trimestre para 536 mil toneladas, por desestocagem da cadeia durante o trimestre anterior. No México as vendas cresceram 8% no 2T23 frente o 1T23 em função de maior disponibilidade de produto e consequente aumento de taxa de utilização.


Assaí (ASAI3)

Crescimento de na receita e no EBITDA e queda no lucro líquido com despesas financeiras elevadas

  • Queda de 51,1% no lucro líquido de R$ 319 milhões no 2T22 para R$ 156 milhões no 2T23 afetado principalmente pelas altas taxas de juros com a despesa financeira líquida saltando de R$ 328 milhões no 2T22 para R$ 628 milhões no 2T23. Com isso o resultado do 1º semestre também foi penalizado.
  • Por outro lado, a empresa mostrou forte crescimento na receita líquida e no EBITDA.  A receita liquida aumentou de R$ 13,3 bilhões para R$16,0 bilhões no 2T23 e no 1S23 o avanço foi de 23,7% somando R$ 31,1 bilhões. O resultado líquido do 1S2 ficou em R$ 228 milhões queda de 57,2% em relação aos R$ 533 milhões do 1S22.
  • Ontem a ação ASAI3 encerrou cotada a R$ 12,87 com queda de 33,6% no ano.

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