MERCADO
Bolsa
A expectativa de mudança na política de juros no Brasil e nos EUA, vem sustentando a curva de alta da bolsa que não experimentava um momento de seguidas altas a um tempo. Ontem o Ibovespa voltou a subir 0,27% marcando 117.336 pontos, com giro financeiro de R$ 29,0 bilhões (R$ 25,0 bilhões). As bolsas de Nova York também seguem animadas com a expectativa de alívio nos juros na reunião de amanhã (Fomc). O Dow Jones subiu 0,56%, o S&P500 (+0,93%) e o Nasdaq (+1,53%). Hoje, as bolsas da Ásia fecharam em alta após corte de juros na China. Na Europa as bolsas também operam em alta o que pode seguir motivando nosso mercado. Petróleo – Os contratos de petróleo tiveram dia de queda forte com o WTI (Nymex) para julho, cotado a US$ 67.12 (-4,35%) e o Brent (ICE) para agosto a 72,13 o barril com baixa de 3,56%. Agenda do dia – Do lado doméstico sai o IPC-S da FGV (junho) 1ª quadrissemana e a pesquisa industrial mensal regional (abril). No exterior, destaque para o relatório mensal de petróleo divulgado na Áustria. A expectativa fica para amanhã sobre os juros americanos e para o CPI (Índice de preços ao consumidor) na Alemanha e Estados Unidos.
Câmbio
A moeda americana fechou a segunda-feira com queda de 0,34% em R$ 4,8645 mostrando que o momento é mais calmo e que investidores seguem com apetite a riscos.
Juros
Os dados mais recentes mostrando recuo da inflação seguem influenciando o mercado de juros futuros que acompanha também indicadores do lado externo, para uma leitura de decisões econômicas de curto prazo. No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 fechou em 12,99% ante 13,02% na sexta-feira e para jan/29 a taxa subiu de 10,84% para 10,90%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Sabesp (SBSP3)
Empréstimo de R$ 1,0 bilhão junto ao IFC
O Conselho de Administração da Sabesp aprovou ontem (12/06) a contratação de financiamento no valor de R$ 1,0 bilhão junto ao International Finance Corporation (“IFC”), instituição do Grupo Banco Mundial.
- O Prazo da operação é de 10 anos com dois anos de carência. Pagamento de juros e amortização em base semestral.
- Taxa de Juros: 100% do CDI, acrescido de spread de até 1,70% ao ano.
Os Recursos serão utilizados nos investimentos em infraestrutura de saneamento básico na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), realizados e a realizar durante os anos de 2021 a 2025, vinculados ao programa Novo Rio Pinheiros, destinado à expansão da rede de esgotamento sanitário e melhoria da qualidade da água do rio Pinheiros, na cidade de São Paulo.
Uma operação de longo prazo no curso normal dos investimentos da companhia. Os Covenants Financeiros são: Dívida Líquida/EBITDA Ajustado ≤ 3,50x; e Índice de Cobertura de Juros ≥ 2,35x.
O endividamento da companhia é compatível com a presente operação. Ao final de março/2023 a Sabesp tinha uma dívida bruta de R$ 18,3 bilhões, com 86% em moeda nacional. O caixa/aplicações financeiras somava R$ 2,5 bilhões, resultando numa dívida líquida de R$ 15,8 bilhões, equivalente a 2,1x o EBITDA ajustado.
Tim Participações (TIMS3)
Aprovação de R$ 290 milhões em JCP (R$ 0,1197/ação). Ex-JCP em 22/06
O conselho de administração da TIM aprovou a distribuição de R$ 290 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), o que representa um valor bruto por ação de R$ 0,119795497 (R$ 0,1018 líquidos de IR).
Data limite com direito ao JCP: 22/06 (data ex-JCP: 23/06
Data para pagamento: 25/07/23
Ontem a ação TIMS3 encerrou cotada a R$ 14,85 com alta de 22,9% no ano. Com base nesta cotação o retorno para os acionistas será de 0,69%.
Multiplan (MULT3)
Pagamento de JCP aprovado no ano passado de R$ 0,21 líquidos por ação
No dia 20 deste mês a Multiplan fará o pagamento de juros sobre o capital próprio aprovados no ano passado em 21/06 no valor total bruto de R$ 145,0 milhões, correspondente a R$ 0,24715441155 por ação.
Terão direito ao provento os acionistas inscritos nos registros da Companhia no dia 24 de junho de 2022. O valor líquido a ser pago será de R$ 0,21 o que corresponde a um retorno de 0,77%, sobre a cotação de ontem no fechamento (R$ 27,23).
Santander Brasil (SANB11)
Julgamento desfavorável de PIS/COFINS relativos ao período de 1998 a 2014
O STF julgou ontem (12/06), de maneira desfavorável aos contribuintes, a discussão sobre o conceito de faturamento para fins de incidência de PIS/COFINS, no período de 1998 a 2014.
O valor total dos processos é de R$ 4,5 bilhões (antes dos impostos), sendo R$ 2,2 bilhões referentes ao Santander Brasil (cobrança de PIS) e os demais R$ 2,3 bilhões, vinculados às empresas que compõem o Conglomerado Financeiro do Santander (cobrança de PIS/COFINS).
O Santander Brasil aguardará a publicação do acórdão referente a decisão do STF para estudar as medidas e os recursos ainda cabíveis, assim como a necessidade de provisões adicionais a serem constituídas no 2T23.
A banco reitera que após a publicação da Lei 12.873/2014 que alterou a Lei 9.718/98, o Santander Brasil e as empresas do conglomerado já recolhem o PIS/COFINS integralmente.
A decisão tem impacto negativos e pode sensibilizar os preços das ações do banco no pregão de hoje.
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