Com ganho de 0,19% na sexta-feira, Ibovespa tem semana bastante positiva com alta de 3,15%

Com ganho de 0,19% na sexta-feira, Ibovespa tem semana bastante positiva com alta de 3,15%

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa teve uma semana bastante positiva com alta de 3,15% com o índice avançando 0,19% na sexta-feira batendo 108.464 pontos, com giro financeiro de R$ 25,4 bilhões (R$ 21,4 bilhões à vista). Apesar de nenhuma mudança importante no cenário econômico, alguns fatores deram força ao mercado. A divulgação dos resultados do 1T23 mostraram que alguns papéis seguem descontados, exemplo Petrobras, com múltiplos baixos e anúncio de um bom dividendo aos acionistas. Outras grandes empresas têm espaço ainda. La fora as bolsas de NY encerraram a semana em baixa com o Dow Jones perdendo 0,03%, o S&P500 caindo 0,16% e o Nasdaq (-0,35%). Na Europa o dia foi positivo para as principais bolsas. O petróleo WTI (Nymex) para junho fechou a US$ 70.04 o barril com queda de 0,83% e o Brent (ICE) para julho a US$ 74,17 o barril (0,81%). Hoje, as bolsas da Europa abriram do lado em alta e na Ásia o fechamento foi também positivo. O petróleo também começou a semana com valorização nos preços do barril do WTI e do Brent, de 0,14% e 0,10%, respectivamente. A agenda econômica desta segunda-feira traz o Relatório Focus e o mercado acompanha o encaminhamento do texto do arcabouço fiscal que deverá ser apresentado amanhã no Congresso. A Petrobras discute alterações na sua política de preços de combustíveis, o que deverá chamar atenção do mercado. Na zona do euro, a produção industrial de março veio com queda de 4,4% pior que o esperado (-2%). Estes assuntos podem refletir nos mercados.

Câmbio

O dólar encerrou a sexta-feira cotado a R$ 4,9218 com queda de 0,21% no dia, e 0,60% na semana. Os dados mais recentes têm mantido o dólar numa faixa estreita e sem pressão nas últimas semanas.

Juros

Da mesma forma que o dólar, o mercado de juros futuros tem permanecido dentro de uma faixa estreita, diante da previsibilidade de alguns importantes indicadores econômicos recentes. O contrato de DI para jan/24 avançou de 13,254% para 13,290% e para jan/29 a taxa foi de 11,713% para 11,600%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

M Dias Branco (MDIA3)

Lucro de R$ 70 milhões no 1T23 (+85%) por incremento de preços e volumes

A companhia registrou no 1T23 um lucro líquido de R$ 69,9 milhões refletindo o crescimento do volume de vendas (+7,3% em base anual) e a recomposição dos preços (+22,6% em 12 meses) com ganho de participação de mercado em massas e maior nível de utilização de capacidade em todas as linhas de produtos (em base anual).

Destaque para o crescimento de 117% da receita de “outras linhas de produtos”, reflexo das aquisições da Latinex e Jasmine, que “introduziram categorias/produtos com maior valor agregado ao portfólio da companhia”.

O EBITDA registrou alta de 95% no 1T23 frente o 1T22 para R$ 173,7 milhões, por maior diluição de custos e incremento de despesas em percentual abaixo do crescimento das receitas. Nesse contexto a margem EBITDA subiu de 4,7% no 1T22 para 7,0% no 1T23

A empresa manteve a liderança em biscoitos (32,6% de Market share) e em massas (31,7% de participação de mercado), seus dois principais produtos, mesmo com os reajustes de preços implementados.


Raízen (RAIZ4)

Lucro líquido ajustado de R$ 2,5 bilhões no 4T22/23 acumulando R$ 3,9 bilhões em 2022/23

A Raízen registrou um lucro líquido ajustado de R$ 2,5 bilhões no 4T22/23 terminado em março de 2023, acumulando um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no exercício 2022/23 (+41% sobre 2021/22).

Um resultado trimestral consistente sensibilizado pelo crescimento de receita de 3% para R$ 55,0 bilhões e incremento de 232% do EBITDA ajustado que alcançou R$ 5,9 bilhões – com destaque para o segmento de marketing & serviços (que contribuiu com R$ 3,2 bilhões).

A Raízen é uma empresa com negócios verticalmente integrados e relevante participação de mercado em cada um deles. Sua estratégia de crescimento prioriza a expansão de produtos renováveis e da sua capacidade de comercialização. Ressalte-se o foco na maximização de produtividade, eficiência operacional, incremento das margens e retorno.

Guidance para 2023/24. Do ponto de vista consolidado um EBITDA ajustado entre R$ 13,5 e R$ 14,5 bilhões (abaixo de R$ 15,3 bilhões em 2022/23) com um Capex entre R$ 13,0 e R$ 14,0 bilhões (acima de R$ 11,3 bilhões em 2022/23).

Para o segmento de Renováveis e Açúcar um capex entre R$ 10,6 e R$ 11,3 bilhões. No segmento de Marketing & Serviços está previsto um capex entre R$ 2,4 e R$ 2,7 bilhões.


BB Seguridade (BBSE3)

Bom resultado operacional e financeiro sustenta crescimento do lucro no 1T23

A BB Seguridade registrou no 1T23 um lucro líquido de R$ 1,76 bilhão, com crescimento de 49,3% em relação ao 1T22 (R$ 1,18 bilhão), refletindo a melhora dos negócios no segmento de risco/acumulação (Previdência, Seguros e Capitalização) aliado ao bom resultado no segmento de distribuição através da BB Corretora.

Destaque no 1T23 para o forte desempenho comercial em seguros e a melhora da sinistralidade.

O Resultado Financeiro consolidado da BB Seguridade no 1T23 somou R$ 338,2 milhões (+45,7% em 12 meses), explicado pelo (i) aumento dos juros combinado com (ii) a queda da inflação medida pelo IGP-M, que resultou na redução do custo do passivo atrelado aos planos de previdência tradicionais, e (iii) o crescimento do saldo médio de ativos financeiros.

Guidance 2023. No 1T23, o resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings) cresceu 40,6% em relação ao 1T22 e superou o intervalo de crescimento anual contido no Guidance (entre 12% e 17%).

Os prêmios emitidos da Brasilseg também superaram o intervalo de projeções (entre 10% e 15%), com crescimento de 35,2% em 12 meses.

Já as reservas de previdência – PGBL e VGBL cresceram 10,7%, posicionando-se dentro do intervalo das estimativas (entre 10% e 14%).


Vibra Energia (VBBR3)

Lucro de R$ 81 milhões no 1T23 (-75%)

A Vibra reportou um lucro líquido de R$ 81 milhões no 1T23, com queda de 75% em relação a igual trimestre do ano passado (R$ 325 milhões), refletindo a redução de preços de derivados de petróleo no trimestre com impacto relevante nos estoques de produtos, especialmente em diesel, óleo combustível e combustível para aviação. Do lado positivo, no contexto de redução dos preços e dos estoques, a companhia registrou forte liberação de R$ 1,1 bilhão de capital de giro, que contribuiu para a geração de caixa operacional de R$ 2,1 bilhões (excluído o efeito de R$ 588 milhões de operação de risco sacado realizada no período).

A Receita Líquida ajustada somou R$ 39,2 bilhões (+1,8% sobre o 1T22). O volume de vendas cresceu 3,7% na comparação anual, refletindo, principalmente, maiores vendas do ciclo otto (+12%) e óleo combustível (+4,5%) compensado parcialmente por redução de 41% das vendas de coque e combustível de aviação (-1,9%).

O EBITDA ajustado alcançou R$ 688 milhões (queda de 37% em 12 meses), com um volume de vendas de 9.323 mil m³ (+3,7% em base anual), correspondendo a uma margem EBITDA ajustada de R$ 74/m³.

A companhia registrou market-share médio de 25,2 % nos ciclos otto e diesel no trimestre (+0,2pp em 12 meses), com destaque para a participação de 32,8% no segmento de postos embandeirados (+1,0pp em base anual) e 30,2% em diesel B2B (+2,1pp em 12 meses).


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