Ibovespa sustenta mais uma alta (+0,75%)

Ibovespa sustenta mais uma alta (+0,75%)

MERCADO


Bolsa

Em dia de divulgação de um grande número de resultados do 1T23 com destaque para Petrobras, que anunciou, antes do fechamento, o pagamento de um bom dividendo aos acionistas, a bolsa encontrou espaço para seguir em alta, fechando com ganho 0,75%| aos 108.356 pontos, e giro financeiro de R$ 26,7 bilhões (R$ 23,4 bilhões à vista). Do lado negativo, as ações de mineração e siderurgia sofreram com a queda forte do minério de ferro, no mercado internacional. Nos EUA, as bolsas fecharam com o Dow Jones em queda (-0,65%), o S&P500 com recuo de 0,17% e alta no Nasdaq (0,18%). O petróleo fechou o dia também do lado negativo com o WTI (Nymex) para junho a US$ 70,87 por barril com queda de 2,33% e o Brent (ICE) para julho a US$ 74,98 o barril com baixa de 1,87%. Nesta manhã, os preços da commodity seguem em queda nos dois tipos (WTI e Brent|), cotados a US$ 70,63 e US$ 74,60 o barril, respectivamente. As bolsas internacionais começaram o dia com alta na Europa e no Japão o fechamento foi também positivo. A agenda econômica de hoje traz a inflação de (IPCA), o INPC e o INCC. No exterior, sai a expectativa de inflação para 1 e 5 anos nos EUA. Os balanços do 1T23 em destaque são: Bradespar, Raizen, Vibra e Light.

Câmbio

O dólar fechou em queda pelo terceiro dia consecutivo, a R$ 4,9324 (-0,24%) mostrando que investidores estão mais propensos a risco neste momento.

Juros

Os juros futuros fecharam o dia queda, com o mercado atento ao comportamento dos indicadores externos e divulgação de dados domésticos nestes últimos dias, indicando que o cenário pode começar a mudar à frente. Ontem, o contrato do DI para jan/24 passou de 13,269% para 13,250% e para jan/29 foi de 11,903% para 11,720%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)

Lucro recorrente de R$ 37,7 bilhões no 1T23

A Petrobras reportou um lucro líquido recorrente de R$ 37,7 bilhões no 1T23 com queda de 13% em relação ao lucro de R$ 43,3 milhões registrados no 1T22.

Um bom resultado que refletiu a queda de 19,9% do preço do Brent; a piora do resultado financeiro (de R$ 3,0 bilhões positivos no 1T22 para R$ 3,2 bilhões negativos no 1T23) e a alta de 18,9% das despesas operacionais em base de 12 meses (lembrando que em base trimestral as despesas operacionais caíram 27% frente o 4T22). As ações podem continuar refletindo positivamente os resultados trimestrais e a distribuição de proventos aprovada.

Distribuição de proventos. Nesta quinta-feira (11/05) o Conselho de Administração aprovou a distribuição de proventos de R$ 1,893577/ação ON ou PN, como antecipação relativa ao exercício de 2023, (sendo JCP de R$ 0,668609/ação e R$ 1,224968/ação na forma de dividendos).

  • A data de corte será 12 de junho com as ações sendo negociadas ex proventos em 13 de junho na B3. O retorno líquido estimado para as preferenciais é de 7,0%.

Planejamento Estratégico e Política de Remuneração. Adicionalmente o Conselho determinou que a Diretoria Executiva elabore até julho de 2023: (i) Proposta de Ajuste do Planejamento Estratégico em curso e (ii) Aperfeiçoamento da Política de Remuneração aos Acionistas atual, incluindo a possibilidade de recompra de ações.


Sanepar (SAPR11)

Lucro de R$ 320 milhões no 1T23

A Sanepar registrou um lucro líquido de R$ 319,6 milhões no 1T23 com crescimento de 9,5% frente o 1T22 (R$ 291,9 milhões), explicado principalmente pela melhora do resultado operacional com alta de 11,7% em base de 12 meses para R$ 547,6 milhões.

Um resultado consistente com tendência de melhora nos próximos trimestres, dado que a Agepar decidiu homologar a tarifa, aplicável ao ano de 2023, a partir de 17 de maio, igual a R$ 6,4385/m³, representando um aumento percentual de 8,2327% com relação à tarifa vigente.

Ao preço de R$ 19,72/Unit, equivalente a um valor de mercado de R$ 6,0 bilhões, a Unit SAPR11 registra alta de 15,1% este ano. O Preço Justo de R$ 23,00/Unit traz um potencial de alta de 16,6%.


Porto Seguro (PSSA3)

Lucro de R$ 333 milhões no 1T23 e ROAE de 12,4%

A Porto registrou no 1T23 um lucro líquido de R$ 332,8 milhões (ROAE de 12,4%) com crescimento de 90,1% em relação ao 1T22 (R$ 175,1 milhões), com crescimento importante de receitas em todas as verticais de negócios, incremento de 10,2% do número de clientes e alta de 15,8% no número de negócios.

Destaque para a melhora de sinistralidade mesmo após o impacto do evento no litoral norte do Estado de São Paulo sobre a sinistralidade do segmento Auto.

O índice combinado da Vertical Seguros de 91,1% no 1T23 veio com melhora de 8,7pp frente o 1T22 (99,8%) explicado pela menor sinistralidade no segmento Auto. Em base ampliada caiu de 96,2% no 1T22 para 87,1% no 1T23 (-9,1pp).

Os prêmios ganhos cresceram 28,2% para R$ 5,7 bilhões e se compara ao aumento de 19,5% nas despesas com sinistros para R$ 3,3 bilhões. O lucro operacional cresceu 182,5% entre os trimestres alcançando R$ 528,4 milhões no 1T23.

Vimos o resultado como positivo. A estratégia da companhia busca a otimização dos custos, a melhora de subscrição e de eficiência operacional, com foco no cliente e na qualidade dos serviços.


Sabesp (SBSP3)

Lucro no 1T23 cai 23% para R$ 747 milhões

A Sabesp reportou um lucro líquido de R$ 747,2 milhões no 1T23, o que representou uma redução de 23,4% em relação ao lucro de R$ 975,6 milhões registrados no 1T22. Este desempenho pode ser explicado principalmente pela alta de 10,3% na linha de custos e despesas operacionais junto com a piora do resultado financeiro entre os trimestres, já que as demais linhas operacionais registraram crescimento.

A Receita Líquida no 1T23 cresceu 17,0% em 12 meses para R$ 5,7 bilhões com destaque para as receitas de construção (+32,8%) face a execução do seu plano de investimentos. Considerando apenas as receitas relacionadas ao serviço de saneamento, a alta foi de 14,2% pelo acréscimo de 12,8% nas tarifas desde maio de 2022 e o aumento de 1,4% no volume faturado total.

A despeito do incremento de custos/despesas, o EBITDA ajustado alcançou R$ 2,0 bilhões, com alta de 18,2% em relação a R$ 1,7 bilhão do 1T22 (acumulando R$ 7,4 bilhões nos últimos 12 meses). A margem EBITDA ajustada foi de 35,7% no 1T23 ante 35,3% no 1T22 (32,3% nos últimos 12 meses).

Ao final de março de 2023 a dívida líquida da Sabesp era de R$ 15,8 bilhões, equivalente a 2,1x o EBITDA, com um caixa/aplicações financeiras de R$ 2,5 bilhões.


Cyrela (CYRE3)

Lucro líquido do 1T23 soma R$ 164 milhões (+1,1% s/ o 1T22)

Destaques do 1T23/1T22:

A receita líquida da companhia somou R$ 1,287 bilhão no 1T23 (+4,2%), ante R$ 1,23 bilhão no 1T22 e a margem bruta foi de 30,7% com pequena redução (31,1% no 1T22. O resultado líquido ficou em R$ 164 milhões com evolução de 1,1% sobre o 1T22 que somou R$ 162 milhões. A margem líquida foi de 12,7% abaixo dos 13,1% do 1T22.

A dívida líquida ajustada da Cyrela fechou março em R$ 486 milhões, queda de 15,1% em relação ao 4T22 (R$ 572 milhões). A alavancagem, (Dívida Líquida/ Patrimônio Líquido), ficou em 6,5%. Ontem a ação CYRE3 encerrou cotada a R$ 16,67 com alta de 32,0% no ano.


Grendene (GRND3)

No 1T23, lucro líquido de R$ 123,1 milhões (-1,9% em relação ao 1T22)

Destaques do 1T23/1T22:

A Grendene encerrou o 1T23 com crescimento de 4,2% na receita bruta somando R$ 657,6 milhões, (R$ 630,8 milhões no 1T22). O EBIT caiu de R$ 46,1 milhões para R$ 38,6 milhões (-16,3%) e o EBITDA recorrente cresceu 33,0% de R$ 74,4 milhões para R$ 99,0 milhões.

O lucro líquido teve queda de 1,9% no período, de R$ 125,5 milhões no 1T22 para R$ 123,1 milhões no 1T23. A margem líquida fechou o 1T23 em 23,7% ante 23,2% no 1T22.

A Grendene mantém sólida situação financeira. O caixa líquido (totalizou R$ 2,0 bilhões, aumento de 14,4% em relação aos R$1,8 bilhão de 31/03/2022. A empresa anunciou ontem o pagamento do primeiro provento deste ano.  Distribuição de dividendos do 1T23 no valor de R$ 68,1 milhões. Ações ex-dividendo a partir de 23 de maio de 2023 e pagamento a partir de 07 de junho de 2023.

Ontem a ação encerrou cotada a R$ 6,85 com alta de 33,7% no ano.


JBS (JBSS3)

Prejuízo de R$ 1,5 bilhão no 1T23

A JBS registrou um prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão no 1T23, revertendo o lucro de R$ 5,1 bilhão no 1T22 em função da forte queda do resultado operacional consolidado entre os trimestres, com aumento dos custos dos insumos, inflação alta com impacto na demanda e os efeitos de sazonalidade.

O momento setorial é desafiador, mas a empresa endereçou as questões operacionais e financeiras e espera melhor resultado nos próximos trimestres.

Fracos resultados da Beef USA e da Seara. Conforme destacado, nos Estados Unidos, a Beef USA enfrentou preços elevados de gado com redução de margem, fraco desempenho comercial e industrial. Na Seara, a queda de preço nas exportações, o alto custo dos grãos e baixa produtividade na agropecuária.

Em grandes números do 1T23, a Receita líquida caiu 4,6% para R$ 86,7 bilhões. No período, cerca de 77% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 23% por meio de exportações.

O EBITDA ajustado veio com queda de 78,6% somando R$ 2,2 bilhões com margem EBITDA ajustada de apenas 2,5% (-8,6pp versus o 1T22). Como explicação um 1T22 forte, custos de produção elevados, sobre oferta de proteína impactando preços principalmente em frangos e suínos.


Eztec (EZTC3)

Lucro líquido do 1T23 soma R$ 42,2 milhões, queda de 59,7% em relação ao 1T22

Destaques do 1T23/1T22:

Os números da Eztec no 1T23 mostram queda nas principais contas de resultado. A receita líquida caiu de R$ 287,2 milhões para R$ 250,8 milhões (-12,7%) e a margem bruta recuou de 39,3% para 28,4%, muito abaixo dos níveis históricos da companhia que superava as margens das outras construtoras. O resultado líquido caiu de R$ 104,6 milhões no 1T22 para R$ 42,2 milhões no 1T23 (-59,7%) com a margem líquida ficando em 16,8% ante 36,4% no 1T22.

Ontem a ação EZTC3 encerrou cotada a R$ 16,11 com alta de 20,3% no ano.


MRV (MRVE3)

Queda de 47,9% no lucro líquido do 1T23, somando R$ 40,8 milhões

Destaques do 1T23/1T22:

A receita líquida do 1T23 atingiu R$ 1,65 bilhão, aumento de 0,3% sobre o 1T22 e o lucro bruto cresceu 6,4% somando R$ 338 milhões, com a margem bruta passando de 19,4% para 20,6%. O lucro líquido somou R$ 40,8 milhões no 1T23, queda de 47,9% em relação ao 1T22 |(R$ 78,2 milhões). 

O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 76 milhões ante uma receita financeira de R$ 26 milhões no 1T22 e uma despesa de R$ 229 milhões no 4T22.

O endividamento da companhia somou R$ 5,54 bilhões no final de mar/23, aumento de 70,8% em relação ao 1T22. A relação dívida líquida/EBITDA 12 M subiu de 0,80x em mar/22 e de 3,19x em dez/22 para 4,03x.

Ontem a ação MRVE3 encerrou cotada a R$ 9,11 com alta de 19,9% no ano.


Ferbasa (FESA4)

Lucro líquido do 1T23 fica em R$ 131,6 milhões, queda de 47,8% em relação ao 1T22

Destaques do 1T23/1T22

A receita líquida caiu de R$ 737,7 milhões no 1T22 para R$ 716,4 milhões no 1T23, (-2,9%) e em relação ao 4T22 a receita ficou praticamente estável (+0,3%).

O EBITDA ajustado caiu 42,5% de R$ 325,6 milhões no 1T22 para R$ 187,3 milhões no 1T23 e o lucro líquido cedeu de R$ 252,3 milhões no 1T22 para R$ 131,6 milhões no final de março/23. Em relação ao 4T22 a queda no lucro foi de 13,4%. Um trimestre fraco para a Ferbasa.

A geração de caixa e equivalentes de caixa e de aplicações financeiras somaram R$ 109,7 milhões no 1T23, com uma reserva financeira consolidada de R$ 1,39 bilhão no mesmo período. Assim, o caixa líquido passou de R$ 943,1 milhões no 4T22 para R$ 1,06 bilhão no 1T23.

Ontem a ação FESA4 encerrou cotada a R$ 49,75 com queda de 7,0% no ano.


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