Bolsa tem forte recuperação em quatro pregões consecutivos (+4,83%)

Bolsa tem forte recuperação em quatro pregões consecutivos (+4,83%)

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa marcou a quarta alta consecutiva acumulando ganho de 1,87% na semana, após uma arrancada na última sexta-feira. Ontem a alta foi de 1,01% atingindo 107.593 pontos com giro financeiro de R$ 22,0 bilhões (R$ 19.4 bilhões à vista). Na contramão, as bolsas de Nova York fecharam o dia em queda aguardando dados de inflação a serem divulgados hoje. O Dow Jones recuou 0,17%, o S&P500 (-0,46%) e o Nasdaq caiu 0,63%. As bolsas da Europa também pesaram no dia, somente o DAX ficou ligeiramente positivo em 0,02%. O petróleo teve dia de recuperação com o contrato do WTI para junho subindo 0,75%, a US$ 73,71 por barril, e o Brent para julho com alta de 0,56%, a US$ 77,44 por barril. A agenda econômica de hoje traz O IGP-M intermediário de maio e a produção industrial de março (IBGE) do lado doméstico e o dado de inflação de abril nos EUA. Sai também a inflação na China. Hoje, as bolsas internacionais mostram queda na abertura dos mercados da Europa e no fechamento da Ásia. O petróleo também começou o dia em queda após a alta de ontem.

Câmbio

A moeda americana voltou a recuar ontem de R$ 5,0100 para R$ 4,9858 (-0,48%) acumulando baixa de 0,04% em maio.

Juros

O dia foi de alta nas taxas de juros futuros com o contrato do DI para jan/24 passando de 13,207% para 13,240% em semana de divulgação de dados de inflação e outros dados econômicos que devem indicar tendências de curto prazo. A taxa para jan/29 passou de 11,951% para 12,050%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Telefônica Brasil (VIVT3)

Lucro líquido atinge R$ 835 milhões (+11,3%) comparado ao 1T22

Destaques do 1T23/1T22:

A companhia registrou bons resultados no 1T23 com evolução de 12,1% na receita líquida de R$ 11,35 bilhões para R$ 12,72 bilhões com aumento de 16,3% na receita móvel e 13,0% na fixa. O EBITDA aumentou 9,6% somando R$ 4,94 bilhões contra R$ 4,51 bilhões no 1T22.

No 1T23, o resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 657 milhões (+25,5%), consequência do maior endividamento médio, do aumento da taxa de juros e menores receitas com aplicações financeiras. A dívida líquida somou R$ 13,16 bilhões no final de março/23 inferior à posição de R$ 16,35 bilhões mostrada no final de 2022.

O lucro líquido atingiu R$ 835 milhões (+11,3%) comparado ao 1T22 (R$ 750 milhões) e o fluxo de caixa livre aumentou em 26,4% de R$ 2,48 bilhões para R$ 3,13 bilhões.

A empresa registrou crescimento de 12,3% no total de acessos, passando de 99.942 mil no 1T22 para 112.280 mil no 1T23.

Ontem a ação VIVT3 encerrou cotada a R$ 40,98 com alta de 11,9% no ano.


Ecorodovias (ECOR3)

Lucro líquido do 1T23 soma R$ 113,0 milhões com margem líquida de 10%

Destaques do 1T23/1T22: 

No 1T23, a receita bruta ajustada, excluindo a receita de construção, atingiu R$ 1,31 bilhão (+42,4%), reflexo do crescimento do tráfego de veículos, reajustes das tarifas de pedágio, início da cobrança de pedágio pela EcoRioMinas (parcialmente em setembro/22 e março/23) e pela Ecovias do Araguaia em outubro/22, assim como, o crescimento das operações do Ecoporto e Ecopátio. A receita líquida cresceu 46,8% no 1T23 somando R$ 1,13 bilhão e o EBITDA atingiu R$ 804,6 milhões, aumento de 69,1% com margem ajustada de 71,2%. O resultado financeiro líquido aumentou de uma despesa de R$ 264,7 milhões no 1T22 para R$ 343,1 milhões no 1T23.

O resultado líquido da companhia passou de um lucro de apenas R$ 11,8 milhões no 1T22 para R$ 113,0 milhões no 1T23 com margem líquida de 10,0%.

Ontem a ação ECOR3 encerrou cotada a R$ 6,60 com alta de 48,3% no ano.


Yduqs (YDUQ3)

Um bom desempenho no 1T23 com crescimento de 96,6% no lucro líquido, somando R$ 149,5 milhões

Destaques do 1T23/1T22: 

Aumento na base total de alunos de 1,27 milhão no 1T22 para 1,31 milhão no 1T23, (+3,4%) com redução no presencial (-7,7%), aumento de 6,7% no digital e de 15,1% no Premium.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 1,31 bilhão (+10,1%) sobre o 1T22 e o lucro bruto avançou 14,7% com margem e 63,5% superior aos 61,0% do 1T22. O EBITDA avançou 24,8% de R$ 396,2 milhões para R$ 494,4 milhões com melhora também na margem de 33,2% para 37,6% e o resultado líquido aumentou em 96,6% de R$ 76,0 milhões para R$ 149,5 milhões.

Ontem a ação YDUQ3 encerrou cotada a R$ 9,20 com queda de 9,5% no ano.


Minerva Foods (BEEF3)

Bom 1T23 mesmo com pressão nas margens

A Minerva registrou no 1T23 um lucro líquido de R$ 114 milhões, em linha com o resultado de igual trimestre do ano anterior, sensibilizado por queda de receita dado a redução dos preços médios de venda, parcialmente compensada pela estabilidade dos volumes.

O resultado operacional registrou queda por aumento de custos e despesas com consequente redução de margem. Destaque para o melhor resultado financeiro entre os trimestres e que explica, em boa parte, a estabilidade do lucro.

A Minerva segue na liderança das exportações a partir da América do Sul, o que fortalece a estratégia de diversificação geográfica da companhia em linha com o seu modelo de negócios.

Em termos de volume as perspectivas para os próximos períodos seguem favoráveis para a companhia, notadamente na operação de mercado externo, especialmente na Ásia, Oriente Médio e nos EUA.

A oferta global de carne bovina segue cada vez mais restrita, principalmente nos EU, com redução de disponibilidade e alta dos custos de produção. Nesse contexto o Brasil se beneficia com o consistente aumento na disponibilidade de gado, pela retomada do ciclo bovino nos próximos 2 anos.


BrasilAgro (AGRO3)

Prejuízo no 3T23 com alta de 107% no EBITDA ajustado

A companhia divulgou o resultado consolidado do trimestre findo em março de 2023 e o 9M23. Um prejuízo líquido no trimestre de R$ 3 milhões frente lucro líquido de R$ 82 milhões no 3T22.

O resultado trimestral foi construído a partir da queda de 35% da Receita Líquida Total para R$ 249 milhões, número que considera a movimentação de valor justo de ativos biológicos e produtos agrícolas e a reversão de provisão do valor recuperável de produtos agrícolas.

Com isso o resultado acumulado dos 9M23 foi de R$ 26 milhões, com redução de 95% em relação ao lucro de R$ 489 milhões dos 9M22.

O EBITDA Ajustado total alcançou R$ 44 milhões no 3T23 (+107%) com margem EBITDA de 18% (+12pp em 12 meses). No acumulado dos 9M23 o EBITDA ajustado total caiu 73% para R$ 168 milhões, reflexo da menor receita imobiliária, da redução do valor justo do ativo biológico, do incremento dos custos e a redução de 15% no volume faturado.

Ao final de março de 2023 a dívida líquida ajustada da companhia era de R$ 402 milhões equivalente a 1,7x o EBITDA ajustado.

O valor líquido dos ativos (NAV) da companhia (base junho/22) era de R$ 4,0 bilhões, equivalente a R$ 39,12/ação acima cotação atual de R$ 23,45/ação e, portanto, ainda não precificado.


Camil Alimentos (CAML3)

Lucro Líquido de R$ 15,9 milhões no 4T22

A companhia registrou no 4T22 (dez/22 a fev/23) um lucro líquido de R$ 15,9 milhões, com queda de 89% sobre o lucro líquido de R$ 143,5 milhões do 4T21 (dez/21 a fev/22) explicado pela queda piora do resultado operacional e financeiro.

Um resultado trimestral que ainda apresentou pressão nos custos e despesas à despeito do incremento de receitas.

No acumulado do exercício de 2022 (terminado em fez/23) o lucro líquido caiu 26% para R$ 353,7 milhões. Nesta base de comparação a Receita Líquida cresceu 13% para R$ 10,2 bilhões e o EBITDA ajustado cresceu 8% alcançando R$ 778,1 milhões e redução de 0,4pp na margem EBITDA para 7,6%.

A dívida líquida cresceu 68,7% em 12 meses terminados em fev/23 para R$ 2,8 bilhões e a alavancagem se elevou de 2,0x para 3,0x na mesma base de comparação, por conta dos investimentos e aquisições e aumento dos juros. Ao final do 4T22 a companhia mantinha em caixa R$ 1,2 bilhão.


Eternit (ETER3)

Lucro líquido soma R$ 22,0 milhões no 1T23, queda de 48% em relação ao 1T22

Destaques do 1T23/1T22:

No 1T23, a Eternit registrou receita líquida de R$ 286,4 milhões em relação ao 1T22 (+14,1%), mas a margem bruta caiu de 33% para 28%. Os números foram superiores ao apresentado no 4T22, mas seguem abaixo das expectativas. O EBITDA recorrente caiu 12,5% de R$ 48,4 milhões no 1T22 para R$ 42,4 milhões no 1T23 com redução na margem de 19% para 14%. O lucro líquido foi de R$ 23,1 milhões, redução de 27,3% em relação aos R$ 31,8 milhões do 1T22 e superior ao fraco resultado do 4T22 (R$ 13,0 milhões).

No final de mar/23, o endividamento líquido da companhia era de R$ 33 milhões, apesar do recuo da dívida bruta em R$ 20 milhões.

Ontem a ação ETER3 encerrou cotada a R$ 9,62 com queda de 10,0% no ano.


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