Ibovespa sobe 2,91% e deixa a semana positiva em 0,69%

Ibovespa sobe 2,91% e deixa a semana positiva em 0,69%

MERCADO


Bolsa

Em dia atípico, o Ibovespa deu uma forte arrancada de 2,91% atingindo 105.148 pontos, com giro financeiro de R$ 28,3 bilhões (R$ 25,2 bilhões â vista), bem acima da média que vinha sendo praticada. O destaque ficou para as ações da Braskem (BRKM5) diante de rumores de venda do controle da empresa. A ação de um salto de 23,6% com volume extraordinário no dia, puxando também as ações da Petrobras (PETR3 + 4,2% e PETR4 + 4,3%). As bolsas de N|Y também avançaram na sexta-feira após a divulgação dos números do payroll, mas com o conhecimento de que nada muda na economia americana no curto prazo. Diante de um cenário de incertezas, os mercados tentam achar justificativas para fazer preço nos papéis. Os resultados do 1T23 divulgados até o momento mostram mais desafios que pontos positivos, o que pode prevalecer também neste segundo trimestre. As bolsas internacionais tiveram dia de alta: Dow Jones (+1,65%, S&P500 + 1,85% e o Nasdaq + 2,25%. Na Europa o fechamento foi também positivo nos principais mercados. O petróleo, que teve uma semana de variações fortes para baixo, encerrou a sexta-feira com alta de 4,05% no contrato do WTI (Nymex) para junho a US$ 71,34 o barril e o Brent (ICE) a US$ 75,30 o barril com ganho de 3,86%. A agenda desta segunda-feira traz, além do Relatório Focus, o IGP-DI de abril e o acumulado em 12 meses e também o IPC-S (1ª quadrissemana). Amanhã sai a ata do Copom da reunião da semana passada. Hoje, as bolsas da Europa abriram em alta e na Ásia o fechamento foi de queda no Japão e alta em Hong Kong.

Câmbio

O dólar registrou a terceira queda consecutiva, fechando a R$ 4,9514 (-0,65 no dia) e menos 0,73% na semana. No ano a baixa chegou a 6,33%.

Juros

As taxas de contratos de juros futuros mostraram o DI para jan/24 a 13,207% de 13,195% no dia anterior e para jan/29 a taxa ficou praticamente estável passando de 11,837% para 11,830%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaú Unibanco (ITUB4)

Bom resultado no 1T23 em linha com o esperado

O Itaú Unibanco registrou no 1T23 um lucro líquido recorrente de R$ 8,4 bilhões (ROAE de 20,7%) com alta de 14,6% em relação ao lucro recorrente de R$ 7,4 bilhões do 1T22 (ROAE de 20,4%).

Um bom resultado trimestral, em linha com o esperado, principalmente explicado pelo crescimento de 17,3% da margem financeira, em base de 12 meses, com +20,0% da margem financeira com clientes e que compensou a queda de 36,0% da margem financeira com o mercado.

O incremento da margem financeira espelhou o crescimento da carteira de crédito (+11,7% em 12 meses), melhor mix para créditos com melhores spreads. Some-se a reprecificação do capital de giro próprio e maior margem de passivos, relacionados com o aumento da taxa de juros.

Já a queda a margem financeira com o mercado refletiu o aumento do custo do crédito, relacionado à expansão da carteira de crédito de varejo.

As receitas com serviços cresceram 6,7% frente igual trimestre do ano passado para R$ 1,7 bilhões, em função do maior faturamento na atividade de cartões, tanto em emissão quanto em adquirência, dos maiores ganhos com administração de recursos e pela evolução positiva do resultado com seguros.

As despesas não decorrentes de juros cresceram 7,7% alcançando R$ 16,5 bilhões, com melhora de 2,0pp no índice de eficiência, de 41,8% no 1T22 para 39,8% no 1T23.

O custo do crédito subiu 30,4% em 12 meses para R$ 9,1 bilhões, por conta da maior despesa de PDD nos negócios de varejo no Brasil, devido a maior originação em produtos de crédito ao consumo, sem garantias e aumento de descontos concedidos.

Atentar que, em base trimestral, o custo de crédito caiu 7,3% em função da menor despesa com PDD no segmento de Atacado no Brasil, com a normalização do fluxo de despesa deste segmento.

O guidance para 2023 foi mantido e sinaliza um ROAE acima de 20%.


BTG Pactual (BPAC11)

Lucro líquido ajustado de R$ 2,3 bilhões no 1T23

O Banco Pactual registrou um lucro líquido ajustado de R$ 2,3 bilhões no 1T23, com crescimento de 9,7% em relação a igual trimestre do ano anterior (R$ 2,0 bilhões). Nesta base de comparação o ROAE anualizado caiu de 21,5% no 1T22 para 20,9% no 1T23.

As receitas totais somaram R$ 4,8 bilhões, com crescimento de 10,4% frente R$ 4,3 bilhões no 1T22.

As despesas operacionais cresceram 12,3% em 12 meses para R$ 2,1 bilhões, explicada pelo incremento na linha de salários/benefícios e ao dissídio. O índice de eficiência ajustado foi de 39,3% no trimestre, abaixo da média histórica do banco.

Ao final de março de 2023, os Ativos Totais do banco somavam R$ 470,4 bilhões (+4,4% frente o 4T22), com índice de Basileia de 15,5%.

Um bom resultado trimestral. Conforme sinalizado o banco espera um desempenho ainda melhor nos próximos trimestres em linha com a maior atividade nos mercados de capitais.


Oncoclínicas (ONCO3)

Anúncio de parceria com Grupo Santa Lúcia

Em fato relevante divulgado hoje (08), a Oncoclínicas do Brasil Serviços Médicos informou que celebrou um Acordo de Parceria com o Grupo Santa Lúcia para a operação conjunta das atividades de oncologia de ambas as companhias no Distrito Federal. Segundo a empresa, a Parceria compreende um acordo operacional e comercial de longo prazo (60 anos), não societário.

Estrutura – As duas companhias passarão a operar a oncologia de forma conjunta no Distrito Federal, com uma rede composta de centros de diagnóstico, clínicas e cancer centers, abrangendo toda a linha de cuidado para o paciente oncológico e contando com uma infraestrutura combinada de 2 centros de imagem, 26 unidades ambulatoriais e 4 hospitais de alta complexidade. Serão ofertados mais de 850 leitos e 45 salas de cirurgias.

 A ação ONCO3 encerrou a sexta-feira cotada a R$ 9,22 com alta de 52,9% no ano, desempenho descolado da grande maioria das ações listadas na B3.


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