MERCADO
Bolsa
O Ibovespa operou em baixa em parte do dia, mas se firmou no final para fechar com ganho de 0,13% aos 101.797 pontos, com giro baixo de R$ 20,4 bilhões (R$ 17,8 bilhões). A já esperada alta na taxa de juros americana em 25 pontos-base, para a faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, não incomodou os mercados. Nos EUA, os índices de Nova York fecharam em baixa. O índice Dow Jones com (-0,80%) o S&P 500 (-0,70%) e o Nasdaq cedendo 0,46%. Na Europa, o dia foi de alta nos principais mercados. Ontem o dia foi de queda forte nas cotações dos contratos de petróleo com o WTI (Nymex) para junho perdendo 4,27% a US$ 68,60 o barril e o Brent (ICE) para julho caindo 4,49% a US$ 71,94 o barril. Nesta manhã, as cotações voltam a subir com o WTI (Nymex) para junho a US$ 69,20 (+0,87%) e o Brent (ICE) de julho a US$ 73,18 o barril (+1,18%). A agenda de ontem confirmou os dados esperados para os juros, com a Selic mantida em 13,75% ao ano e hoje sai a decisão monetária do BCE na zona do euro, dados de auxílio desemprego e balança comercial nos EUA em vários resultados corporativos do 1T23, no exterior o no Brasil. As bolsas internacionais começam o dia em baixa e com movimento misto no fechamento da Ásia.
Câmbio
O dólar voltou a recuar ontem, com baixa de 0,86% ficando em R$ 4,9948 ante R$ 5,0382 na terça-feira. O mercado já esperava as decisões para os juros dos EUA e Brasil e, além disso, não houve outros dados importantes no dia que pudessem impactar o mercado.
Juros
Os juros futuros também passaram sem influência dos eventos do dia. As taxas domésticas fecharam com o contrato de DI para jan/24 caindo de 13,254% para 13,230% e o de jan/29 passando de 12,107% para 11,920%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
PetroRio (PRIO3)
Bom resultado no 1T23 com crescimento de produção e de vendas
A PRIO registrou no 1T23 um lucro líquido (IFRS 16) de US$ 222 milhões, praticamente em linha com os US$ 223 milhões do 1T22 reflexo da melhora operacional compensada pela piora do resultado financeiro líquido entre os trimestres.
Um resultado dentro do esperado com crescimento de produção e de vendas. No 1T23 a produção total somou 61.039 boepd com vendas de 7.749 mil bbl de óleo equivalentes. Lembrando que em março a PRIO realizou a venda da totalidade dos barris estocados em US Virgin Islands. Destaque para o lifting cost de US$ 9,5/barril no trimestre.
Ressalte-se o incremento de 69% da receita total – FOB para US$ 525 milhões, a alta de 65% no resultado das operações para US$ 401 milhões e um EBITDA ajustado de US$389 milhões (+68%) com margem EBITDA de 74% (redução de 1pp em 12 meses).
Ao final do 1T23 a dívida líquida da companhia era de US$ 1,8 bilhão equivalente a 1,1x o EBITDA ajustado.
CSN Mineração (CMIN3)
No 1T23, lucro líquido de R$ 515,8 milhões (-30,2% comparado ao 1T22)
A companhia encerrou o 1T23 com receita líquida de R$ 4,51 bilhões, aumento de 16,0% sobre o 1T22 e o resultado operacional (EBIT) foi de 1,15 bilhão (-44,5%). Destaque para a queda na despesa financeira líquida de R$ 965,0 milhões no 1T22 para R$ 381,2 milhões no 1T23, ajudando o resultado final.
O EBITDA ajustado ficou em R$ 2,0 bilhões no 1T23, queda de 16% em relação ao 1T22 (R$ 2,42 bilhões).
No 1T23, o lucro líquido da CSN Mineração atingiu R$ 515,8 milhões, o que representa uma diminuição de 40,8% em relação ao trimestre anterior, como consequência das despesas com hedge de Platts realizadas no período. Vale destacar que, com a forte queda do Platts após o final do 1T23, a posição em aberto do hedge Platts terá um efeito positivo de forma a compensar majoritariamente o impacto que a Companhia teve no 1T23. Ao final de abril de 2023, a perda acumulada no ano com hedge de Platts estava em apenas USD 13,2 milhões.
Ontem a ação CMIN3 encerrou cotada a R$ 4,47 com alta de 12,4% no ano.
Taesa (TAEE11)
Bom resultado em base regulatória
A Taesa registrou um lucro líquido de R$ 387 milhões no 1T23 (IFRS) com redução de 31% frente igual trimestre do ano anterior (R$ 560 milhões), explicado pela queda da receita de correção monetária do ativo contratual.
Em base regulatória o lucro cresceu 47% para R$ 215 milhões explicado principalmente pelo incremento de RAP, crescimento do resultado de equivalência patrimonial e alta do resultado financeiro líquido.
Conforme já anunciado a companhia irá distribuir R$ 26,0 milhões (R$ 0,07561162437/Unit), a título de dividendos mínimos obrigatórios remanescentes ao exercício de 2022, que serão pagos até o 31 de dezembro de 2023, com base na posição acionária de ontem (3/05). A partir de hoje (4/05) as ações estão sendo negociadas ex dividendos. O retorno foi de 0,2%.
Do ponto de vista operacional, a Taesa atingiu 99,88% de índice de disponibilidade das linhas em 2022, reflexo de sua excelência operacional e gestão das linhas de transmissão.
Petrobras (PETR4)
Produção no 1T23 cresce 1,1% frente o 4T22
No 1T23, a produção média de óleo, LGN e gás natural alcançou 2,676 MMboed, 1,1% acima do 4T22, explicado principalmente (i) pelo início do ramp-up da P-71, no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos; (ii) pela entrada de 8 novos poços na Bacia de Campos e (iii) maiores eficiências de produção das plataformas. Frente o 1T22 a produção média de óleo, LGN e gás natural registrou queda de 4,3%.
Destaque para a produção no pré-sal que alcançou 2,13 MMboed (fev/23) e 2,05 MMboed (1T23), equivalente a 77% da produção total da Petrobras, ante 75% no 4T22. A produção total operada pela Petrobras atingiu 3,74 MMboed no trimestre, 1,1% acima do trimestre anterior.
No 1T23, o rendimento do diesel, da gasolina e QAV alcançou 67% de participação na produção total (+1,0pp s/4T22). As vendas de derivados no 1T23 ficaram em linha com o 1T22, apesar da conclusão da venda da REMAN em 30 de novembro de 2022.
Lojas Renner (LREN3)
Lucro líquido do 1T23 cai 75,6% e soma R$ 46,8 milhões
A receita liquida do varejo subiu 2,2% em relação ao 1T22 fechando em R$ 2,28 bilhões, sendo R$ 2,08 bilhões da Renner, R$ 77,0 milhões a Youcom e R$ 118,4 milhões a Camicado. A margem bruta do 1T23 foi de 54,1% (55,1% no 1T22). O lucro líquido caiu de R$ 191,6 milhões no 1T22 para R$ 46,8 milhões no 1T23, com margem final de 2,1%. A posição de caixa líquido reduziu de R$ 1,1 bilhão no final de 2022 para R$ 372,2 milhões em março.
Ontem a ação LREN3 encerrou cotada a R$ 14,57 com queda de 28,1% no ano.
GPA – Pão de Açúcar (PCAR3)
Prejuízo líquido consolidado de R$ 248 milhões no 1T23
O GPA destacou no 1T23 a operação de segregação do Grupo Éxito de suas atividades, com impacto em seus resultados. Desta forma, a companhia apresentou dados do Novo GPA e o consolidado.
O prejuízo líquido consolidado das operações atingiu R$ 248 milhões, sendo R$ 269 milhões no Novo GPA Brasil (continuado), R$ 46 milhões no perímetro internacional (Cnova) e R$ 67 milhões positivos das atividades descontinuadas. A dívida líquida, incluindo o saldo total de recebíveis não antecipados, alcançou R$ 3,0 bilhões, com redução de R$ 1,6 bilhão em comparação com o ano anterior. A posição de caixa no fim do trimestre foi de R$ 3,5 bilhões, 3,1x a dívida de curto prazo da companhia. Ontem a ação PCAR3 encerrou cotada a R$ 14,09 com queda de 14,7% no ano.
CSN (CSNA3)
No 1T23, prejuízo líquido de R$ 822,5 milhões
Destaques do resultado consolidado do 1T23/1T22:
No 1T23, a receita líquida atingiu R$ 11,3 bilhões, (-4% em relação ao 1T22. Comparado ao 4T22, houve aumento de 2% devido a melhores preços realizados no setor de mineração. O lucro bruto caiu 28% no 1T23 comparado ao 1T22 e o EBITDA ajustado recuou 32% de R$ 4,72 bilhões no 1T22 para R$ 3,20 bilhões no 1T23.
Em 31/03/2023, a dívida líquida consolidada atingiu R$ 30,2 bilhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM alcançando 2,5x.O resultado líquido foi um prejuízo de R$ 822,5 milhões contra um lucro de R$ 1,36 bilhão no 1T22 e ganho de R$ 199,8 milhões no 4T22.
Dividendos – Conforme aprovado em Assembleia e divulgado no Aviso aos Acionistas de 28 de abril de 2023, a Companhia deliberou a distribuição de dividendos no montante de (i) R$ 836.854.548,00 à conta de reserva de lucros, correspondente ao valor de R$ 0,63106731615 por ação, e (ii) R$ 777.145.451,90 referentes ao exercício de 2022, correspondente ao valor de R$ 0,58604102195 por ação, totalizando um montante de R$ 1,6 bilhão a ser distribuído. Ambos os pagamentos serão efetuados no dia 17 de maio de 2023.
Ontem a ação CSNA3 encerrou cotada a R$ 12,86 com alta de 1,2% no ano.
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