Ibovespa abre a semana com queda de 2,40% e aguarda hoje decisões para juros e indicadores importantes

Ibovespa abre a semana com queda de 2,40% e aguarda hoje decisões para juros e indicadores importantes

MERCADO


Bolsa

A semana mais curta com o feriado da segunda-feira abriu com a bolsa pressionada pelo cenário negativo no exterior e decisão do governo tomada no final de semana para taxação de empresas, aumentando a aversão de investidores que aguardam decisões para os juros americanos e no Brasil, nesta quarta-feira. No fechamento o Ibovespa marcou baixa de 2,40% aos 101.927 pontos, com giro financeiro de R$ 233,7 bilhões (R$ 20,9 bilhões à vista). No ano a queda agora é de 7,12%. Em Nova York o dia não foi diferente e as bolsas caíram forte com o Dow Jones cedendo 1,08% o S&P500 caindo 1,16% e no Nasdaq perdendo 1,08%. Nos EUA em dia de divulgação de juros, o risco da recessão fica no centro das atenções, repercutindo em outros mercados. No Brasil, o Copom deve manter a Selic em 13,75% ao ano. A agenda de hoje traz a taxa de desemprego na zona do euro em março, o PMI composto e de serviços (abril) nos Estados Unidos, estoques de petróleo e combustíveis e a tão esperada decisão monetária no meio da tarde. O petróleo teve um dia de queda forte com anúncio de redução da produção da Opep e receio de piora nas grandes economias. Neste começo de quarta-feira, segue a queda nos preços do petróleo com o WTI e Brent cedendo 2,26% e 2,12% respectivamente, nos contratos para junho. O WTI está a US$ 70,04 o barril e o Brent a US$ 73,72.

Câmbio

A moeda americana refletiu o mau humor a apreensão nos mercados em voltar a subir, marcando valorização de 1,01% no final do dia cotado a R$ 5,0382.

Juros

Apesar do nervosismo a incertezas nos mercados na abertura da semana, os juros tiveram comportamento moderado, ficando perto do ajuste da sexta-feira com contrato do DI para jan/24 fechando com taxa de 13,27%, contra 13,25% do ajuste anterior e para jan/27 a taxa ficou em 11,80%, contra 11,79%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Copasa (CSMG3)

Forte recomposição do lucro no 1T23 para R$ 337 milhões

A Copasa registrou no 1T23 um lucro líquido de R$ 337,7 milhões, com expressivo crescimento de 101,6% frente igual trimestre do ano anterior (R$ 167,5 milhões), refletindo a melhora do resultado operacional, crescimento dos volumes comercializados, redução da inadimplência e menor alíquota efetiva de IR/CS.

No 1T23 o volume medido de água foi 5,7% maior que no 1T22 somando 166,1 milhões de m³. Já o volume medido de esgoto registrou alta de 5,2% na mesma base de comparação para 111,1 milhões de m³.

A inadimplência caiu refletindo as ações de cobrança e renegociação de débitos. A relação entre o saldo de contas a receber vencidas entre 90 e 359 dias e o valor total faturado nos últimos 12 meses, atingiu 3,15% em mar/22 abaixo dos 3,22% em dez/22.

A receita líquida de água e esgoto somou R$ 1,6 bilhão no 1T23 (+24,1% em 12 meses) refletindo o aumento no volume de água e esgoto e o incremento de 15,7% nas tarifas a partir de 1º janeiro de 2023. Esse reajuste após 2,5 anos fortalece a geração de caixa e a estrutura de capital da companhia, abrindo espaço para a execução do Plano de Investimentos previsto e a distribuição de proventos. Para 2023 o Conselho aprovou um payout de 50%.

A dívida líquida permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, mantendo-se em R$ 3,0 bilhões em mar/22 ante R$ 3,1 bilhões em dez/22. A alavancagem caiu de 1,6x no 4T22 para 1,4x no 1T23 por forte incremento do EBITDA.


ISA Cteep (TRPL4)

Lucro Líquido de R$ 306 milhões 1T23

Em base regulatória a Cteep registrou no 1T23 um lucro líquido de R$ 306 milhões, com crescimento de 172% frente igual trimestre do ano anterior (R$ 113 milhões). Nesta base de comparação a margem líquida evoluiu de 15,7% no 1T22 para 34.3% no 1T23. O ROAE avançou 5,3pp em 12 meses para 15,3% no 1T23.

Este bom desempenho foi favorecido pelo crescimento de 25% da receita líquida que alcançou R$ 892 milhões. Os custos e despesas registraram evolução de 8% em percentual menor que a receita resultando num EBITDA de R$ 739 milhões (+39%) com +8,5pp na margem EBITDA para 82,9% no 1T23.

A geração de caixa operacional somou R$ 483 milhões no 1T23. Destaque para a “entrada em operação de projetos de reforços e melhorias e greenfield nos últimos 12 meses; o impacto positivo do reajuste inflacionário (IPCA) do ciclo tarifário 2022/23; e a recomposição parcial do recebimento do RBSE a partir do 3T22”.

Pelo consolidado a Cteep reportou um lucro líquido de R$ 755,2 milhões no 1T23, alta de 36,5% sobre o 1T22.

Ao final do 1T23 a dívida líquida da Cteep era de R$ 7,3 bilhões (+4% em 12 meses) com alavancagem de 2,7x o EBITDA.


PetroRio (PRIO3)

Produção em abril/23

A produção total de abril de 2023 somou 90.331 boepd, com alta de 39,7% em relação a março de 2023 (64.647 boepd) com vendas de 2.639 mil bbl de óleo equivalentes em abril e que se comparam a venda de 5.749 mil bbl de óleo equivalentes no mês de março.

Lembrando que em março a PRIO realizou a venda da totalidade dos barris estocados em US Virgin Islands. No 1T23 a produção total somou 61.039 boepd com vendas de 7.749 mil bbl de óleo equivalentes.


Arezzo&Co (ARZZ3)

Mais um bom desempenho trimestral com lucro líquido (recorrente) de R$ 73,1 milhões

A companhia confirmou mais um forte desempenho trimestral com crescimento na receita bruta de todas suas marcas e canais de comercialização, com destaque para a forte expansão dos negócios no mercado interno. A receita líquida cresceu 22,1% no 1T23 somando R$ 1,03 bilhão e a margem bruta segue firme em 52,4% mesmo nível do 1T22 |(53,4%).

O EBITDA cresceu na mesma proporção da receita somando R$ 152.2 milhões ante R$ 133,8 milhões no 1T22 e a margem foi de 14,8% um pouco inferior à do 1T22 (15,9%) mas em nível confortável. O resultado líquido atingiu R$ 63.4 milhões (R$ 73,1 milhões o recorrente), com margem líquida de 6,2%. A Companhia encerrou o 1T23 com dívida líquida de R$ 277 milhões.

Ontem a ação ARZZ3 encerrou cotada R$ 63,93 com queda de 18,3% no ano.


Intelbras (INTB3)

Lucro líquido do 1T23 soma R$ 132,1 milhões (+34,0% s/ o 1T22)

Destaques do 1T23/1T22:

A Receita Operacional Líquida atingiu R$ 1,04 bilhão no 1T23 (+19,7% em elação ao 1T22) mas ficou abaixo do 4T22 (-14,9%)

O EBITDA teve crescimento de 37,1% com relação ao 1T22, somando R$ 143,9 milhões, também abaixo do 4T22 (-10,3%).  O lucro líquido do 1T23 somou R$ 132,1 milhões (+34,0% sobre o 1T22). Com relação ao 4T22 houve redução de 18,1% no lucro líquido.

A empresa explica que a queda em relação ao 4T22 se deve à sazonalidade esperada para o período e o menor faturamento no segmento de Energia Solar nesse início de ano.

No 1T23 houve geração positiva de caixa: R$ 85,9 milhões.

Ontem a ação INTB3 encerrou cotada a R$ 22,34 com queda de 26,0% no ano.


Carrefour Brasil (CRFB3)

Prejuízo líquido de R$ 112 milhões no 1T23

Principais destaques do 1T23/1T22:

receita operacional liquida subiu de R$ 20,0 bilhões para R$ 25,8 bilhões (+28,9%) e o lucro bruto aumentou em 29,0% somando R$ 4,8 bilhões, com margem de 19,7% (19,8% no 1T22). O EBITDA caiu 16,8% de R$ 1,25 bilhão para R$ 1,04 bilhão e o EBITDA ajustado (ex-BIG), cresceu 0,6% somando R$ 1,25 bilhão, praticamente no mesmo nível do trimestre do ano anterior. O resultado líquido passou de um lucro de R$ 406 milhões no 1T22 para prejuízo líquido de R$ 112 milhões no 1T23, com destaque negativo para a despesa financeira líquida que saltou de R$ 330 milhões para R$ 756 milhões.  A dívida líquida da companhia saltou de R$ 7,27 bilhões em mar/22 para R$ 15,64 bilhões em março/23.

Ontem a ação CRFB3 encerrou cotada a R$ 10,44 com queda de 29,0% no ano.


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