Os fundos de investimento reúnem recursos de um grupo de pessoas com objetivos financeiros em comum. Seus investidores buscam aumentar o patrimônio em uma carteira de ativos diversificada.
Essa modalidade se divide em diferentes tipos, entre eles os fundos exclusivos. A categoria agrupa dinheiro de um único cotista, sob o comando de um gestor, que trabalha para alocar o patrimônio nas melhores oportunidades do mercado.
Além de visar bons rendimentos, o fundo exclusivo pode ser usado no planejamento sucessório e tributário. Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura e saiba mais sobre essa categoria de investimento.
Veja como abordaremos esse tema:
Quem pode aplicar no fundo exclusivo?
Quais são os tipos de fundos exclusivos?
Qual a diferença entre carteira administrada e fundo exclusivo?
Qual o custo de um fundo exclusivo?
Como criar um fundo de investimento exclusivo?
Qual o melhor tipo de fundo para investir?
Considerações sobre os fundos exclusivos
Ao término deste conteúdo, desejamos que você conheça melhor os fundos de investimento exclusivos e como eles podem contribuir com o seu planejamento financeiro.
O que é um fundo exclusivo?
Fundo exclusivo nada mais é que um fundo constituído por um único investidor. Nele, a alocação dos ativos é customizada às necessidades, objetivos e às expectativas do cotista.
Ele deve ser registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), como acontece com os fundos tradicionais.
Esses tipos de fundos são normalmente recomendados para investidores de alta renda, com patrimônio superior a R$10 milhões, que desejam facilitar a sucessão patrimonial, uma vez que eles permitem a doação de cotas em vida.
Assim, os herdeiros legais recebem a sua parte com agilidade e menos custos, afinal inventários e impostos relacionados à herança dificultam e encarecem a transmissão dos bens.
Nos fundos exclusivos, a escolha dos melhores ativos financeiros para compor a carteira de investimentos é feita por um time de gestão profissional, que se baseia em análises quantitativas e qualitativas do mercado.
Quem pode aplicar no fundo exclusivo?
Apenas investidores profissionais podem se tornar cotistas em fundos exclusivos. Segundo a Instrução CVM 554, isso significa que aqueles que desejam investir nessa modalidade precisam se enquadrar em um dos formatos abaixo:
- Pessoas físicas ou jurídicas com mais de R$10 milhões em aplicações financeiras e atestar, por escrito, sua condição de investidor profissional;
- Instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central;
- Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
- Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
- Fundos de investimento;
- Clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira de valores mobiliários autorizada pela CVM;
- Agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM;
- Investidores não residentes.
Quais são os tipos de fundos exclusivos?
Os fundos exclusivos se diferenciam conforme o modelo de resgate adotado, podendo ser classificados como abertos ou fechados.
No fundo aberto, não há um prazo de encerramento e o cotista pode resgatar o valor aplicado quando quiser. Neste caso, ele será tributado conforme a tabela regressiva do imposto de renda e está sujeito a incidência de come-cotas.
Já o fundo fechado possui um prazo de vigência definido e as cotas só podem ser resgatadas quando o fundo for encerrado.
Por outro lado, essa estrutura operacional oferece algumas vantagens tributárias ao cotista exclusivo, como a ausência de come-cotas e a isenção de IR quando há movimentação de recursos internamente.
Qual a diferença entre carteira administrada e fundo exclusivo?
A carteira administrada é outra opção para investidores que desejam ter uma gestão profissional dos seus recursos.
Mas atenção: ainda que ela tenha objetivos parecidos aos dos fundos exclusivos, essas soluções diferem entre si em questões mais específicas. A seguir, confira algumas dessas diferenças:
Carteira Administrada | Fundos Exclusivos |
Mantém-se como ativos da pessoa física; | Constituídos sob a forma de CNPJ; |
Acessíveis a qualquer pessoa física ou jurídica; | Disponíveis para investidores com patrimônio superior a R$10 milhões; |
Não há restrições para a movimentação de capital (aplicação ou resgate); | Alguns fundos limitam a movimentação de recursos; |
O investidor permanece com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). | O cotista perde a garantia do FGC nos títulos de renda fixa. |
Qual o custo de um fundo exclusivo?
Os fundos exclusivos possuem alguns custos fixos e variáveis, que devem ser considerados por aqueles que desejam seguir com essa estrutura de investimento.
Eles possuem despesas que vão desde a sua criação, como os de registros em cartório, na CVM e ANBIMA, a gastos para manutenção da sua estrutura organizacional, entre os quais destacam-se:
- Taxa de administração, utilizada para custear o fundo;
- Taxa de performance, cobrada quando o desempenho supera o benchmark estabelecido;
- Taxa de custódia, para guarda dos ativos negociados pelo fundo;
- Auditoria independente;
- Encargos contábeis;
- Entre outras cobranças periódicas, como a taxa de fiscalização da CVM, taxa Cetip e taxa Selic.
Vale destacar que os custos incidentes nos fundos exclusivos costumam ser mais altos quando comparados a outros tipos de fundos, afinal essa modalidade de investimento é constituída por um único cotista e as despesas recaem todas sobre ele.
Como criar um fundo de investimento exclusivo?
A criação de um fundo exclusivo é semelhante a dos demais ativos da categoria. O primeiro passo é a abertura do CNPJ por uma instituição administradora, que deverá registrar a nova empresa à CVM e aguardar a sua autorização.
O fundo também precisa ser reconhecido pela ANBIMA e deve contar com uma entidade custodiante, que fará a guarda da carteira de ativos.
Devidamente registrado e autorizado pelos órgãos reguladores, o fundo deve receber o aporte financeiro inicial para cobrir as primeiras despesas do investimento e iniciar as aplicações.
Qual o melhor tipo de fundo para investir?
O fundo exclusivo é um dos instrumentos disponibilizados aos investidores profissionais, no qual a gestão dos recursos é personalizada, visando atender as necessidades do cotista.
Ele utiliza uma política de investimento em que estão definidos quais ativos podem compor a carteira do fundo, seja de renda fixa ou renda variável, seus limites de concentração, entre outras informações.
Isso significa que esses fundos podem adotar diferentes estratégias e serem classificados como:
- Fundo de investimento imobiliário (FII);
- Fundo de renda fixa;
- Fundo de investimentos em ações (FIA);
- Fundo multimercado (FIM);
- Fundo de Investimento em Direito Creditório (FIDC);
- Fundo de investimento em participações (FIP).
Neste caso, cabe ao investidor avaliar a melhor estratégia para o seu perfil de risco e objetivos financeiros. Lembre-se que cada um dos formatos disponíveis tem as suas particularidades, com rendimentos e obrigações específicas.
Considerações sobre os fundos exclusivos
A adoção de fundos exclusivos no planejamento é uma excelente alternativa para investidores de alta renda que visam uma alocação de recursos personalizada e blindagem patrimonial.
Contudo, essa estrutura de investimento é restrita aos que atendem os requisitos definidos na Instrução CVM 554, diferentemente dos fundos tradicionais e das carteiras administradas.
Os custos desse tipo de fundo também merecem atenção, afinal eles se concentram no seu único cotista, o que pode encarecer a operação e comprometer a rentabilidade. Por isso, essa solução é ideal para aqueles que possuem um patrimônio financeiro maior.
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