Ibovespa cai 0,77% com investidores mantendo cautela diante das incertezas

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MERCADO


Bolsa

A bolsa ficou na expectativa da decisão de juros nos EUA, com aumento de 0,25 p.p para a faixa de 4,75% a 5,00%, já esperada. No final do dia o Copom manteve a taxa Selic estável em 13,75%, também um consenso de mercado. No fechamento, o Ibovespa marcou queda de 0,77% aos 100.221 pontos, sustentando a barreira psicológica dos 100 mil pontos, mas ainda sem uma referência positiva para retomar o caminho de alta consistente. O giro financeiro foi de R$ 20,2 bilhões (R$ 17,7 bilhões à vista). O adiamento do anúncio das medidas fiscais do governo para o começo de abril empurra para frente também a expectativa de alguma mudança no quadro atual. O Banco Central segue pressionado pelo governo após a decisão de ontem e isso deverá seguir para o próximo mês. As bolsas de NY fecharam o dia em queda: (DJ (-1,53%), S&500 (-1,55%) e o Nasdaq (-1,60%). Hoje os mercados mostram queda na Europa nesta manhã e na Ásia, o fechamento foi também de queda no Japão. A agenda desta quinta-feira traz outros dados que podem pressionar ainda mais os mercados. No Brasil sai o IPC-S (março) 3ª quadrissemana e a arrecadação da receita federal. No exterior, destaque para a decisão monetária do BoE no Reino Unido e dados de atividade nos Estados Unidos. O petróleo fechou o dia com alta no contrato do WTI para maio (Nymex) (+1,76%) US$ 70,90 o barril e o Brent subiu 1,82% a US$ 76,69 o barril, na ICE. Hoje na abertura os preços voltaram a recuar.

Câmbio

O mercado de câmbio segue oscilando numa faixa estreita com pouca pressão em relação aos acontecimentos recentes. Ontem a cotação fechou em R$ 5,2371 com queda de 0,11%. Na semana a cotação recuou 0,79% até ontem e no mês, permanece praticamente estável.

Juros

O mercado de juros futuros encerrou o dia com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 estável 13,00% e a do DI para jan/29 com queda, de 12,88% para 12,74%. As atenções estiveram voltadas para as decisões de juros nos EUA e no Brasil, que ficaram dentro das expectativas do mercado.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cemig (CMIG4)

Ex JCP de R$ 0,192784/ação em 28/03

A Diretoria Executiva da Cemig deliberou pela declaração de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), no valor bruto de R$ 424,2 milhões, equivalente a R$ 0,19278403644 por ação.

  • Farão jus os acionistas detentores de ações no dia 27.03.2023.
  • As ações serão negociadas ex juros em 28.03.2023.
  • O pagamento será realizado em 2 (duas) parcelas iguais, sendo a primeira até 30.06.2024 e a segunda até 30.12.2024.
  • O retorno líquido estimado é de 1,6%.

Unifique (FIQE3)

No 4T22, lucro líquido de R$ 32,3 milhões, aumento de 41,5%. No ano, o resultado cresceu 61,7% de R$ 80,5 milhões para R$ 130,2 milhões

A companhia registrou bom desempenho em 2022.

Destaques do 4T22/4T21:

A receita líquida cresceu de R$ 142,2 milhões para R$ 189,4 milhões (+33,2%) e a margem bruta caiu de 546,8% para 44,9%.

O EBITDA subiu de R$ 58,1 milhões para 96,2 milhões (+65,4%) com evolução na margem de 40,9% para 50,8%.

O lucro líquido cresceu de R$ 22,8 milhões para R$ 32,3 milhões (+41,5%).

No ano de 2022/2021:

Crescimento de 48,1% na receita líquida de R$ 458, milhões para R$ 678,4 milhões com redução na margem bruta de 49,1% para 46,55.

O EBITDA foi de R$ 225,6 milhões para R$ 344,8 milhões (+41,5%).

O resultado líquido cresceu de R$ 80,5 milhões para R$ 130,2 milhões (61,7%).

Ontem a ação FIQE3 encerrou cotada a R$ 3,34 com queda de 12,1% no ano.


Braskem (BRKM5)

Prejuízo líquido de R$ 1,7 bilhão no 4T22

A Braskem registrou no 4T22 um prejuízo líquido de R$ 1,7 bilhão, revertendo o lucro líquido de R$ 530 milhões do 4T21, acumulando em 2022 um prejuízo de R$ 336 milhões que se compara ao lucro de R$ 14,0 bilhões de 2021.

Durante o 4T22 os spreads dos produtos petroquímicos e químicos no mercado internacional continuaram sendo impactados pela dinâmica entre oferta e demanda global. A queda dos volumes potencializou os resultados negativos.

Tendência permanece desafiadora, com pressão em volumes e spreads. Ao preço de R$ 17,50 a ação BRKM5 registra queda de 26,3% este ano.

A receita líquida caiu 33% no 4T22 para R$ 19,0 bilhões, com incremento de 11% dos custos em base de 12 meses, resultando num EBITDA recorrente de R$ 168 milhões negativos ante R$ 6,3 bilhões positivos no 4T21.

Sua alavancagem medida pela relação dívida líquida ajustada/EBITDA Recorrente em dólares encerrou o 4T22 em 2,42x (acima de 1,55x no 3T22). Ao final de dezembro sua posição de caixa era de US$ 2,4 bilhões.


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