Bolsa fecha com alta de 0,07%, mas sem referência positiva no curto prazo

Bolsa fecha com alta de 0,07%, mas sem referência positiva no curto prazo

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa fechou o dia com pequena alta de 0,07% (100.998 pontos) com giro financeiro de mais uma vez baixo, marcando R$ 17,9 bilhões (R$ 15,8 bilhões à vista). O saldo negativo de investidores estrangeiros aumento para R$ 2,6 bilhões até a sexta-feira, mais um sinal da baixa atratividade e confiança no curto prazo. Enquanto não houver clareza nos caminhos da economia, a cautela deverá predominar. O adiamento do anúncio do chamado arcabouço fiscal reforça esta tese. As bolsas internacionais fecharam o dia em alta nos EUA e a na Europa. Hoje, os mercados lá de fora mostram fechamento positivo nas bolsas asiáticas e predomínio de alta na Europa, nesta manhã. O dia deverá girar em torno do assunto juros americanos e tendo ainda no foco a saúde financeira de bancos nos EUA. Ontem, o petróleo encerrou o dia em alta com a expectativa de redução na oferta da Rússia. O contrato com WTI para abril na Nymex fechou com alta de 2,73% a US$ 69,67 o barril e o Brent na ICE a US$ 75,32 (+2,07%). Neste começo de quarta-feira as cotações mostram pequeno recuo, nos dois tipos. A agenda econômica vem vazia do lado doméstico, aguardando a reunião do Copom no final do dia e no exterior, o Fed decide a taxa de juros para os EUA. Segue a divulgação de balanços de 2022 com importantes resultados nesta reta de final de mês. Hoje saem os resultados da Braskem.

Câmbio

O dólar fechou o dia cotados a R$ 5,2427 com alta de 0,11% e queda e 0,69% na semana. A moeda não deverá fugir desta faixa estreita que vem operando desde o começo do mês.

Juros

Os juros futuros também seguem operando numa faixa estreita, com a expectativa de consenso do mercado em relação à taxa Selic a ser divulgada no começo da noite desta quarta-feira.  A taxa do contrato de DI para jan/24 passou de 12,98% para 13,02% e para jan/29 a taxa foi de 12,89% para 12,91%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Copel (CPLE6)

Lucro líquido de R$ 624 milhões no 4T22

A Copel registrou no 4T22 um lucro líquido de R$ 624 milhões que se compara ao lucro de R$ 396 milhões de igual trimestre do ano anterior explicado principalmente por melhora do resultado operacional nas controladas Copel GT e Copel Distribuição.

Um bom resultado trimestral lembrando que, em base ajustada, o lucro líquido eleva-se a R$ 1,0 bilhão no 4T22 e R$ 2,75 bilhões em 2022.

O EBITDA ajustado, excluídos os itens não recorrentes somou R$ 1,4 bilhão no 4T22, com alta de 37% frente o 4T21 (R$ 1,0 bilhão) explicado por melhor resultado da Copel GeT (+48%), da Copel Distribuição (+10%) e da Compagas, parcialmente compensado pela UTE Araucária, que não registrou despacho no período.

Os custos gerenciáveis, excetuando-se provisões e reversões, tiveram redução de 28,1%, em termos reais entre os trimestres comparáveis. Os custos e despesas operacionais foram de R$ 5,2 bilhões no 4T22 com queda de 14% frente o 4T21 (R$ 6,0 bilhões).

A receita operacional líquida alcançou R$ 5,6 bilhões no 4T22, com queda de 15% em relação aos R$ 6,6 bilhões no 4T21.

Ao final de dezembro de 2022 a dívida total consolidada da Copel somava R$ 12,5 bilhões (+5% sobre dez/21). A dívida líquida ajustada era de R$ 9,5 bilhões (2,0x o EBITDA), com um caixa de R$ 3,0 bilhões.


Copasa (CSMG3)

Forte recomposição do lucro líquido no 4T22 para R$ 268 milhões

A companhia registrou no 4T22 um lucro líquido de R$ 268 milhões que se compara ao lucro de R$ 64 milhões de igual trimestre do ano anterior, refletindo a melhora do resultado operacional, crescimento dos volumes comercializados e redução da inadimplência. Em 2022 o lucro líquido somou R$ 843 milhões com crescimento de 57% em relação ao lucro de R$ 538 milhões em 2021.

Com base no resultado do 4T22 a companhia declarou juros sobre o capital próprio de R$ 245 milhões, equivalente a R$ 0,64711426/ação, com base na data de hoje, 22.03.2023, com as ações ficando ex-juros amanhã (23/03). O retorno líquido estimado é de 3,6% e a data de pagamento será definida na AGO.

Para 2023 o Conselho aprovou um payout de 50%. Em adição aprovou a distribuição de JCP referentes ao 1T23 no valor de R$ 132 milhões, equivalente a R$ 0,34701814/ação. A data base será 22.03.2023 (hoje) com pagamento em 16.05.2023. O yield líquido é de 1,9%.

A dívida líquida permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, mantendo-se em R$ 3,1 bilhões em dez/22. A alavancagem caiu de 1,7x no 3T22 para 1,6x no 4T22. Os investimentos realizados em 2022 somaram R$ 1,35 bilhão sendo esperados R$ 1,75 bilhão para 2023.

Atentar que o reajuste nas tarifas de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da Copasa será aplicado a partir de 1º de janeiro de 2023, com Efeito Tarifário Médio (ETM) de 15,70% – composto pelo Índice de Reajuste Tarifário (IRT) de 13,02% e a atualização dos componentes financeiros.

A data base foi alterada, passando de agosto de 2022 para janeiro de 2023. Lembrando que desde agosto de 2021 as tarifas foram reduzidas em 1,52%. Ou seja, o reajuste ora aprovado acontece depois de 2,5 anos. Nesse contexto o reajuste fortalece a geração de caixa e a estrutura de capital da companhia, abrindo espaço para a execução do Plano de Investimentos previstos e a distribuição de proventos.


Santos Brasil (STBP3)

Lucro líquido do 4T22 soma R$ 135,5 milhões (+23,2% s/ o r4T21). No ano, o resultado atingiu R$ 429,5 milhões (+67,5%).

No 4T22, a empresa registrou crescimento de 5,7% na receita líquida de R$ 443,5 milhões para R$ 468,8 milhões e aumento no EBITDA de R$ 159,6 milhões para R$ 198,3 milhões (+23,2%) e o lucro líquido fechou em R$ 135,5 milhões (+23,2%). A empresa registrou também uma redução importante na dívida líquida de R$ 671,4 milhões para R$ 277,9 milhões com a alavancagem (Dív. Liq./EBITDA 12M) passando de 1,99x para 0,43x. No ano, a receita líquida atingiu R$ 1,93 bilhão (+25,9% s/ 2021) e o EBITDA cresceu 42,4% de R$ 568,9 milhões para R$ 809,9 milhões e o resultado líquido somou R$ 429,5 milhões (+67,5%). O resultado financeiro líquido teve redução significativa no ano, de uma despesa de R$ 65,0 milhões em 2021 para R$ 22,3 milhões em 2022, ajudando o resultado final.

Ontem a ação encerrou cotada a R$ 7,45 com queda de 4,6% no ano.


Kepler Weber (KEPL3)

Aprovação de dividendos de R$ 77,7 milhões (R$ 0,87/ação). Ex-Div em hoje (22/03)

A companhia aprovou na AG realizada ontem (21) o pagamento dos dividendos mínimos obrigatórios, referente ao exercício social encerrado em 31/12/2022, no montante total de R$ 77.690.469,97, correspondente a R$ 0,86972112 por ação ordinária.

Data com direito aos dividendos: 21/03 com a ações “ex” a partir de hoje (22).

O pagamento ocorrerá em uma única parcela em 05 de abril de 2023

Ontem a ação KEPL3 encerrou cotada a R$ 17,52 com queda de 12,5% no ano. Com base nesta cotação, o retorno para os acionistas será de 4,96%.


Positivo (POSI3)

Lucro líquido do 4T22 cresce 227,1% e soma R$ 135,9 milhões. No ano, o resultado foi de R$ 306,4 milhões (+51,0%)

A companhia registou bom desempenho na receita líquida (17,9%) somando R$ 1,27 bilhão e o EBITDA atingiu R$ 241,5 milhões (+161,8%). O lucro líquido cresceu de R$ 41,9 milhões para R$ 136,9 milhões (+227,1%) com margem líquida de 10,8% ante 3,9% no 4T?21. No ano a receita líquida atingiu R$ 4,99 bilhões (+48,4%) e o EBITDA bateu R$ 675,0 milhões (+97,3%).

Ontem a ação POSI3 encerrou cotada a R$ 6,59 com queda de 29,8% no ano.


JBS S.A. (JBSS3)

Lucro líquido de R$ 2,35 bilhões no 4T22, com queda de 64% na comparação anual

A JBS registrou no 4T22 um lucro líquido de R$ 2,35 bilhões, com queda de 64% em relação ao lucro de R$ 6,47 bilhões de igual trimestre do ano anterior. Um resultado sensibilizado pela redução de 4% da receita, queda de 65% do EBITDA ajustado e piora do resultado financeiro.

Um resultado aquém do potencial da companhia mas dentro do esperado. O cenário de incerteza na economia global sinaliza um 2023 com foco na disciplina financeira e cautela em possíveis aquisições.

No 4T22 a JBS registrou uma receita líquida consolidada de R$ 92,9 bilhões (-4,5% em 12 meses), com destaque para a Seara (+9%). No trimestre, cerca de 76% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 24% por meio de exportações.

O EBITDA ajustado no 4T22 somou R$ 4,6 bilhões, com queda de 65% em 12 meses, explicado pela normalização dos resultados da JBS Beef North America e a redução do resultado da Pilgrim’s Pride. A margem EBITDA ajustada foi de 4,9% no trimestre abaixo de 9,6% do trimestre anterior.

Em grandes números de 2022 a Receita Líquida alcançou R$ 374,9 bilhões (+7% em 12 meses); EBITDA ajustado de R$ 34,6 bilhões (-24% vs 2021) com margem de 9,2%; e um Lucro Líquido de R$ 15,5 bilhões, com queda de 24,5% em 12 meses.

Ao final de dezembro de 2022 a dívida líquida da companhia era de R$ 79,2 bilhões, em linha com o trimestre anterior. A alavancagem elevou-se de 1,8x no 3T22 para 2,3x no 4T22. Ao final do trimestre a companhia contava com uma disponibilidade total de R$ 30,0 bilhões.


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