Ibovespa tem mais uma semana negativa sob a influência do mercado internacional

Ibovespa tem mais uma semana negativa sob a influência do mercado internacional

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa segue refém do cenário negativo no exterior, para inflação, juros e a recente crise no sistema financeiro. Do lado doméstico, os investidores aguardam algum sinal para a economia neste 1º semestre e ao mesmo tempo avalia os resultados corporativos de 2022, muitos deles fracos. No fechamento o índice marcou queda de 1,40% aos 101.982 pontos, com giro financeiro de R$ 53,4 bilhões e R$ 31,2 bilhões, em dia de vencimento de opções sobre ações com R$ 18,9 bilhões de giro. A bolsa bateu o menor nível de fechamento desde 27/07/22 (101.438 pontos na abertura). As bolsas de Nova York tiveram mais um dia negativo, com o Dow Jones cedendo 1,19%, o S&P500 perdendo e 0,74% e o Nasdaq 1,56%.  Na Europa, não foi diferente e todos os principais índices encerraram em baixa. Na Ásia, o dia fechou positivo.  O petróleo também teve uma semana pesada com os contratos do WTI e Brent com forte recuo em relação à semana anterior. O WTI (Nymex) para abril caiu 2,36% no fechamento, cotado a US$ 66,74% e o Brent para maio encerrou a US$ 72,97 o barril (-2,32%). A agenda desta semana tem como destaque as reuniões do Copom e Fomc para decisão de juros, que embora, não devam trazer surpresas, seguem repercutindo nos ativos e no apetite para a renda fixa diante da renda variável. O resgate do Credit Suisse pelo UBS pode dar uma acalmada nos mercados, mas o risco de outros casos segue no radar.

Câmbio

O dólar encerrou a sexta-feira cotado a R$ 5,2790 com alta de 0,90% no dia em 1,25% na semana. Os últimos pregões da semana passada foram de pressão, com a quebra de bancos nos EUA e a crise no Credit Suisse, que culminou na sua venda no final de semana para o UBS por US$ 3,25 bilhões.

Juros

Da mesma forma que a bolsa, o mercado de juros futuros segue atento aos acontecimentos recentes com o risco de uma contaminação maior dos problemas no sistema bancário nos EUA, dias antes da decisão de juros no país. Do nosso lado, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 caiu de 13,035% para 12,97%e para jan/29 houve queda de 13,033% para 12.940%. 


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cemig S.A. (CMIG4)

Publicado Edital para a venda de 15 ativos de geração no valor de R$ 48,2 milhões

A Cemig S.A. e sua subsidiária integral Cemig Geração e Transmissão S.A. (Cemig GT) publicaram nesta sexta-feira (17/03) edital para realização de leilão público visando à alienação de 15 PCHs/CGHs de geração hídrica.

  • Serão 12 ativos da Cemig GT e 3 da Horizontes Energia S.A., subsidiária integral da Cemig GT.
  • O valor mínimo para o lote único dos ativos é de R$ 48,2 milhões com previsão para realização do leilão em 10.08.2023.

A venda está alinhada com a estratégia de desinvestimento em participações minoritárias da Cemig, a otimização do portfólio de ativos, buscando melhorar a eficiência operacional e a alocação de capital, focando nos investimentos em projetos no Estado de Minas Gerais.


M Dias Branco (MDIA3)

Lucro Líquido de R$ 15,5 milhões no 4T22 e R$ 481,8 milhões em 2022

A companhia registrou no 4T22 um lucro líquido de R$ 15,5 milhões refletindo a estabilidade do volume de vendas (em base anual) e a recomposição dos preços com ganho de participação de mercado nos seus principais produtos.

O EBITDA registrou queda (em ambas as bases de comparação) por maior pressão nos custos, principalmente no trigo e óleo de palma; aliado ao incremento das despesas com vendas e depreciação. Já a margem EBITDA caiu de 11,2% no 3T22 para 4,4% no 4T22 em função do aumento dos custos, menor nível de produção e despesas não recorrentes de R$ 18,9 milhões.

A despesa financeira líquida registrou forte crescimento, tanto no trimestre quanto no ano, reflexo do aumento do endividamento, da redução das disponibilidades, num ambiente de alta dos juros e do custo do hedge da companhia.

Destaques

Em 2022 a Receita Líquida cresceu 29,6% para R$ 10,1 bilhões; o EBITDA somou R$ 900 milhões (+31,7%) com margem de 8,9% em linha com 8,8% de 2021. O Lucro Líquido registrou queda de 4,6% para R$ 481,8 milhões.

A empresa manteve a liderança em biscoitos (32,0% de Market share) e em massas (31,0% de participação de mercado), seus dois principais produtos, mesmo com os reajustes de preços e redução de peso líquido das embalagens em algumas subcategorias.

Nos últimos 12 meses, o aumento da alavancagem de 0,2x para 1,8x o EBITDA, refletiu a distribuição extraordinária de Juros sobre o capital próprio de R$ 561 milhões (líquidos), pelas aquisições da Latinex e da Jasmine no total de R$ 524 milhões e pelos investimentos em capex de R$ 280 milhões.


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