MERCADO
Bolsa
Ontem, o Ibovespa operou com volatilidade trocando de sinal mais de uma vez para fechar com alta de 0,41% aos 107.593 pontos e giro financeiro fraco de R$ 22,4 bilhões (R$ 13,4 bilhões). /Atenção para a retirada de recursos estrangeiros da bolsa nos últimos pregões saindo de positivo para negativo no dia 17. Desta vez a maior contribuição para o índice veio das ações da Petrobras, (ON: +3,73% e a PN: +3,07%). Na semana (2 encurtada pelo carnaval) o Ibovespa cai 1,45% e no mês a perda chega a 5,15%, faltando três sessões para o fechamento de fevereiro. As bolsas de NY encerraram o dia em alta: Dow Jones (+0,38%), S&P500 (+0,53%) e o Nasdaq (+0,72%). Na Ásia o fechamento foi misto com alta no Japão e queda em Hong Kong e na Europa, nesta manhã, os mercados operam em alta, mas os futuros de Nova York sinalizam baixa neste começo de sexta-feira. O petróleo fechou a quinta-feira em alta com o contrato do WTI (Nymex) a US$ 75,39 o barril (+1,95%) e o Brent a a US$ 82,21 o barril (+2,0%). Hoje, os contratos do WTI e do Brent para abril seguem em alta. A agenda econômica de hoje já trouxe o IPC-Fipe com alta de 0,47% na 3ª quadrissemana após avanço de 0,51% na leitura anterior. Saem ainda nesta manhã, o IPC-S Capitais 3ª quadrissemana, o INCC de fevereiro, o IPCA-15 e o índice de confiança da construção. A Aneel divulgará a bandeira tarifária para março. No exterior, destaque para o PIB do 4T22 da Alemanha e do México. Nos EUA, expectativa de inflação em 1 e 5 anos, a divulgação do PCE – índice de preços e gastos com consumo além de outros dados e eventos regionais com representantes dos Fed locais.
Câmbio
O dólar recuou 0,54% no fechamento do dia cotado a R$ 5,1318 vindo de R$ 5,1598 na quarta-feira.
Juros
O mercado de juros futuros também mostrou volatilidade no dia mantendo no radar os dados e sinalizações vindas do EUA para a economia do país. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 subiu de 13,37% para 13,39%, de 13,37% e para jan/29 a taxa foi de 13,22% para 13,24%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
ISA Cteep – Transmissão Paulista (TRPL4)
Lucro Líquido de R$ 364 milhões no 4T22
A Cteep registrou no 4T22 em base regulatória, um lucro líquido de R$ 364 milhões, reflexo do incremento de 34% da receita líquida, da melhora do resultado operacional e do resultado financeiro entre os trimestres comparáveis. No acumulado de 2022 o lucro alcançou R$ 937 milhões, com alta de 7% frente 2021.
A Cteep permanece sendo uma companhia de referência na qualidade do serviço. Forte geradora de caixa, atua no segmento de transmissão de energia, sendo remunerada pela disponibilidade de linha, que se traduz em reduzido risco de inadimplência.
SLC Agrícola (SLCE3)
Aquisição de 12,4 mil hectares de terras na Bahia por R$ 470 milhões
A SLC Agrícola firmou contrato particular de Compromisso de Compra e Venda de Imóveis Rurais, no qual a Fazenda Paysandu Empreendimentos Agrícolas, sua subsidiária integral, figura como compradora.
A operação prevê a aquisição de 12.473,88 hectares de terras agricultáveis, mais Reserva Legal correspondente, localizadas no município de São Desidério, na Bahia, atualmente arrendadas pela SLC Agrícola, por R$ 470 milhões.
Do valor total, R$ 55,1 milhões são relativos às benfeitorias e o valor por hectare agricultável, corresponde a R$ 33.262,60. O pagamento ocorrerá em três parcelas:
- R$ 180 milhões a serem pagos em até três dias úteis contados da assinatura do contrato;
- R$ 110 milhões até 29 de dezembro de 2023;
- R$ 180 milhões até o dia 29 de janeiro de 2025, após superadas condições precedentes e mediante a lavratura da Escritura Pública definitiva de compra e venda em favor da compradora.
Minerva Foods (BEEF3)
Prejuízo de R$ 26 milhões no 4T22 e Lucro Líquido de R$ 655 milhões em 2022
A Minerva registrou no 4T22 um prejuízo líquido de R$ 25,7 milhões, sensibilizado por redução de receita em função da queda dos preços médios que superaram o crescimento dos volumes entre os trimestres comparáveis. O resultado operacional recuou por pressão dos custos e a margem EBITDA caiu de 9,8% no 4T21 para 8,9% no 4T22.
No 4T22, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 562 milhões (alta de 3,7% s/ 4T21), refletindo o aumento dos juros e principalmente o impacto de R$ 198 milhões do resultado do hedge cambial e explica grande parte da piora do resultado na última linha.
Um resultado aquém do potencial da companhia que mantém alavancagem adequada e forte posicionamento exportador através da América do Sul com Market share de 20%.
O mercado internacional de carne bovina continua aquecido, com oportunidades nos mercados, Asiático, Estados Unidos e Oriente Médio – que, no conjunto, representam 63% das exportações consolidadas da companhia.
Com base no resultado de 2022, um lucro líquido de R$ 655 milhões (+9,4% s/ 2021) a Administração da companhia irá submeter a AGO em 18 de abril de 2023, o pagamento de dividendos complementares no valor total de R$ 208,6 milhões ou R$ 0,36/ação, com retorno estimado de 3,0%.
Eneva (ENEV3)
Geração Total de Energia Bruta de 1.807 GWh no 4T22
A produção total de energia bruta da Eneva alcançou 1.807 GWh no 4T22, com queda de 69,5% em 12 meses, em função da melhora no cenário hidrológico e maior geração de energia nas usinas hidrelétricas.
No 4T22 o despacho ponderado médio pela capacidade instalada das térmicas da companhia foi de 19%, ante 79% no 4T21, o que explica a forte redução entre os trimestres comparáveis.
Em 2022 o cenário hidrológico favorável, contribuiu para a manutenção dos níveis de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas em patamares elevados, resultando num patamar baixo de PLD sem necessidade de despacho termelétrico.
Gás Natural. No 4T22 a produção de gás natural da empresa totalizou 0,38 bilhão de metros cúbicos (bcm), sendo 0,33 bcm no Complexo Parnaíba e 0,05 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo de Azulão, para suprir a termelétrica Jaguatirica II.
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