Ibovespa sobe 0,71% sem influência das perdas em Nova York

Ibovespa sobe 0,71% sem influência das perdas em Nova York

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou o dia com ganho de 0,71% aos 112.228 pontos, com giro financeiro de R$ 38,0 bilhões (R$ 23,6 bilhões à vista), favorecida pela recuperação dos preços de ações com peso no índice que foram penalizadas pelo escândalo na Americanas e pela cautela em relação ao começo de governo. As bolsas de NY por sua vez fecharam o dia em baixa (Dow Jones: -1,81%, S&P500: -1,56% e o Nasdaq: -1,24%), com a divulgação do Bege do Fed, mostrando que a economia americana ainda tem grandes desafios no curto prazo, pois não consegue dominar a inflação e com um mercado de trabalho cresce devagar. Hoje, as bolsas da Europa operam em baixa, reflexo do temor de recessão global que já derrubou as bolsas de NY ontem e na Ásia o fechamento foi também negativo nos principais mercados nesta quinta-feira. O petróleo encerrou ontem em baixa e nesta manhã os preços seguem pressionados com o contrato do WTI (Nymex) para fevereiro a US$ 78.60 o barril (-1,11%) e o Brent (ICE) para março a US$ 84,21 (-0,91%) o barril. A agenda econômica de hoje traz, do lado doméstico, o IGP-M parcial do mês e os dados do PNAD (Taxa de desemprego) até novembro. No exterior, eventos políticos em vários países e dados de rotina da economia americana (petróleo, emprego, etc). Na França sai a taxa de desemprego.

Câmbio

O dólar fechou o dia com alta de 1,52% a R$ 5,1816 no fechamento, reduzindo a queda no mês para 1,98% cotado a R$ 5,2860 no fechamento de dezembro/22.

Juros

O mercado de juros futuros refletiu os acontecimentos do dia no exterior e do lado doméstico. Nos EUA, o fantasma da recessão continua assombrando os mercados e do lado doméstico, as declarações do presidente sobre imposto de renda, salário mínimo e inflação refletiram nos ativos.  A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 ficou praticamente estável passando de 13,48% para 13,47% e a taxa mais longa (jan/29) foi de 12,47% para 12,55%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Neoenergia (NEOE3)

Volume de energia injetada recuou 1,83% no 4T22

O volume de energia injetada (que compreende a energia distribuída e as perdas) pela Neoenergia (consolidado) no 4T22 alcançou 19.350 GWh, com queda de 1,83% em relação a igual trimestre do ano anterior, explicado por menores temperaturas e um volume maior de chuvas.

  • No acumulado de 2022 o volume de energia injetada caiu 1,21% em relação a 2021 somando 76.107 GWh.

Na área de energia renovável (hidráulica, eólica e solar) a companhia gerou 2.757 GWh no 4T22 com queda de 10,07% frente o 4T21, acumulando 14.737 GWh em 2022 (+23,47% s/ 2021).

  • No trimestre a geração eólica e solar cresceram, parcialmente compensada pela queda na geração hídrica pontualmente impactada por menor afluência.

Na geração térmica a Termopernambuco não foi despachada no 4T22 e em 2022.


Americanas (AMER3)

Contabilização de perdas

O assunto “Americanas” segue na berlinda, com os desdobramentos da crise que envolve bilhões de reais e que afetaram a cadeia de fornecedores e instituições financeiras e outros segmentos. A caminho da recuperação judicial, a vida da empresa será outra nos próximos anos e os reflexos já acontecem nestes poucos dias após a descoberto das chamadas “inconsistências contábeis”. O poço é mais fundo.

No dia da divulgação do fato relevante, o então presidente da empresa, Sergio Rial, comunicou ao mercado a descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões, na contabilidade de empresa. De lá para cá, o reflexo não foi somente nas ações da empresa, mas pegou bancos, outras varejistas e ajudou para pesar no Ibovespa como o um todo. Agora, o mercado vem fazendo contas do que existe na empresa e o que vem pela frente e os principais credores tentando se defender, mas as perdas serão grandes.

Ontem a ação AMER3 encerrou cotada a R$ 1,74 com queda de 58,2% em 2021, menos 68,7% em 2022 e baixa de 82,0% neste ano. A ação está cotada a 11% de valor patrimonial com valor de mercado R$ 1,57 bilhão no fechamento de ontem.


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