Ibovespa tem dia de recuperação e fecha com alta de 1,66% aos 114,6 mil pontos

Ibovespa tem dia de recuperação e fecha com alta de 1,66% aos 114,6 mil pontos

MERCADO


Bolsa

Após três quedas seguidas a bolsa teve dia de recuperação na reta de final de mês com a eleição presidencial no domingo. No fechamento de ontem o Ibovespa marcou alta de 1,66% aos 114.641pontos com giro financeiro de R$ 33,1 bilhões (R$ 28,8 bilhões). No exterior, as bolsas de Nova York o Dow Jones fechou positivo (0,61%) enquanto o S&P500 caiu 0,61% e o Nasdaq cedeu 1,63%. A divulgação do PIB americano do 3T acima do consenso ajudou para aliviar a pressão sobre papeis de empresas de tecnologia. Nesta manhã, as bolsas internacionais mostram queda generalizada nos principais mercados da Europa e também no fechamento da Ásia, reflexo dos fatores recorrentes que vêm marcando a economia mundial neste ano, com destaque para a guerra Rússia x Ucrânia que vem aumentando a intensidade dos ataques. O petróleo também opera em baixa neste começo de sexta-feira, com o WTI (Nymex) cotado a US$ 87,78 (-1,46%) e o Brent (ICE) a US$ 95,98 (-,1,01%) às 5:20 horas. A agenda econômica de hoje, traz a divulgação do índice de preços ao consumidor medido pelo PCE dos Estados Unidos e o indicador da Universidade de Michigan que traz as expectativas de inflação. Na zona do euro, saem o índice de confiança do consumidor e o sentimento econômico, No Brasil, saem dados de outubro: o IGP-M, a confiança do comércio e a confiança dos serviços. Durante o dia saem diversos balanços de grandes corporações nos EUA e na Europa, que podem também influenciar os mercados.

Câmbio

O dólar encerrou ontem cotado a R$ 5,3432 com queda de 0,72%, ainda com alta significativa na semana de 3,48%.

Juros

O dia foi de virada no rumo também dos juros que vinha mostrando alta mesmo sem pressão de indicadores domésticos. No fechamento, a taxa do contrato de juros para jan/24 em 12,96%, de 12,983% no dia anterior e para jan/27 a taxa recuou de 11,80% para 11,66%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

ISA Cteep – Transmissão Paulista (TRPL4)

Lucro Líquido de R$ 477 milhões no 3T22 (IFRS)

A Cteep registrou no 3T22 um lucro líquido de R$ 477 milhões (IFRS), com redução de 32% em relação ao lucro de R$ 723 milhões do 3T21, reflexo da redução de 20% da receita líquida e principalmente da queda de 42% do resultado do serviço, parcialmente compensado pelo resultado de equivalência patrimonial e leve melhora do resultado financeiro entre os trimestres. No acumulado dos 9M22 o lucro (IFRS) alcançou R$ 1,8 bilhão, com redução de 19% frente o 9M21.

Em base regulatória o lucro do trimestre foi de R$ 387 milhões, com expressiva alta de 106% em relação ao lucro de R$ 188 milhões do 3T21, em função, principalmente, do melhor resultado operacional com incremento de margem e melhora do resultado financeiro entre os trimestres. O EBITDA regulatório somou R$ 743 milhões (margem de 80,9%), com crescimento de 31% em 12 meses.

A Cteep permanece sendo uma companhia de referência na qualidade do serviço. Forte geradora de caixa, atua no segmento de transmissão de energia, sendo remunerada pela disponibilidade de linha, que se traduz em reduzido risco de inadimplência.

Em base regulatória a receita líquida somou R$ 919 milhões no 3T22 (+21% vs 3T21) positivamente impactado pelo reajuste do ciclo tarifário 2022/23. Os custos e despesas operacionais cresceram 8% para R$ 320 milhões, com consequente aumento de 31% no EBITDA para R$ 743 milhões no trimestre (margem de 80,9%), acumulando R$ 1,8 bilhão nos 9M22 (margem de 77,3%).

O resultado financeiro registrou melhora, com redução de 21% entre os trimestres comparáveis, para uma despesa financeira líquida de R$ 125 milhões.

Ao final de setembro de 2022 a dívida líquida da companhia era de R$ 7,3 bilhões (3,1x o EBITDA) 9% acima dos R$ 6,7 bilhões em dez/21. Os investimentos da companhia e suas subsidiárias alcançaram R$ 470 milhões no 3T22, acumulando R$ 1,4 bilhão nos 9M22.


Petrobras (PETR4)

Venda de participação na petroquímica Metanor

A Petrobras iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (teaser) referente à venda da totalidade da sua participação acionária, correspondente a 50% do capital votante e 34,54% do capital total, na empresa Metanor S/A – Metanol do Nordeste, com sede em Camaçari, no estado da Bahia.

A empresa tem cumprido o cronograma do seu Plano de Desinvestimentos de ativos pelas sociedades de economia mista federais.

Mais uma operação alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia.


Caixa Seguridade Participações S.A. (CXSE3)

Ex dividendos de R$ 0,3527/ação em 04/11

O Conselho de Administração da companhia aprovou, nesta quinta-feira (27/10), a distribuição de dividendos equivalente a 90,0% do lucro líquido ajustado do 1S22, no valor de R$ 1,058 bilhão, equivalente a R$ 0,352780473 por ação.

Os dividendos serão pagos no dia 11 de novembro de 2022 e terão como base a posição acionária de 03 de novembro de 2022.

As ações serão negociadas ex-dividendos a partir de 04 de novembro de 2022.

Com base na cotação de R$ 8,54/ação o retorno é de 4,1%.


Suzano (SUZB3)

Resultados expressivos no 3T22 e no acumulado do ano

A Suzano mostrou forte evolução nos resultados do 3T22, favorecida pelos preços elevados da celulose de fibra curta e por uma demanda sólida, diante da ausência de novas capacidades.

Destaques do 3T22/3T21:

  • A receita liquida somou R$ 14,2 bilhões, aumento de 32% sobre o 3T21.
  • O EBTDA ajustado marcou R$ 8,6 bilhões (+36%), com margem de 61% no 3T22.
  • O resultado financeiro caiu de uma despesa liquida de R$ 7,8 bilhões no 3T21 para R$ 1,3 bilhão no 3T22.
  • O resultado líquido saiu de um prejuízo de R$ 959 milhões no 3T21 para um lucro de R$ 5,4 bilhões no 3º trimestre deste ano.
  • A geração de caixa também foi expressiva passando de R$ 5,2 bilhões para R$ 7,2 bilhões.
  • A alavancagem (Dívida Líq./EBITDA 12M) caiu de 2,8x para 2,2x.
  • Em 9 meses, lucro líquido acumulado de R$ 15,9 bilhões com  aumento de 152% sobre os R$ 6,2 bilhões dos 9M21.
  • Ontem a ação SUZB3 encerrou cotada a R$ 53,12 com queda de 9,5% no ano. Em um mês a ação subiu 22,6%.

Hypera Pharma (HYPE3)

Lucro líquido soma R$ 469,7 milhões no 3T22 e R$ 1,27 bilhão em 9 meses

A companhia mostrou boa evolução nas principais contas de resultado, mas na última linha o crescimento foi modesto, influenciado por despesas financeiras. O Lucro Líquido das Operações Continuadas totalizou R$ 469,7 milhões no 3T22(+1,1% s/ o 3T21). A variação do Lucro Líquido das Operações Continuadas é consequência principalmente do crescimento de 25,1% do EBIT das Operações Continuadas e do aumento de R$ 166,1 milhões das Despesas Financeiras Líquidas.

A Companhia encerrou o 3T22 com Dívida Líquida pós Hedge de R$ 6,66 bilhões, ante R$ 6,61 bilhões no encerramento do 2T22, ou 2,5x o EBITDA das Operações Continuadas estipulado no guidance para 2022.

Ontem a ação HYPE3 encerrou cotada a R$ 48,00 com alta de 73,7% no ano.


CCR (CCRO3)

Aprovação de R$ 591 milhões em dividendos. “Ex” em 02/11

O conselho de administração da CCR aprovou a distribuição de R$ 591,5 milhões em dividendos intermediários, correspondentes a R$ 0,2928626662 por ação ordinária.

Os proventos serão pagos com base na composição acionária de 1º de novembro, sendo que as ações da companhia serão negociadas “ex-dividendos” a partir do dia 02 do mesmo mês.

O pagamento será realizado em 30 de novembro.

Ontem a ação CCRO3 encerrou cotada a R$ 12,46 com alta de 8,2% no ano.

Com base nesta cotação o retorno para os acionistas é de 2,35%.


Vale (VALE3)

Queda forte nos resultados do 3T22 e no acumulado de 9 meses

Destaques do 3T22/3T21:

A receita liquida somou R$ 52,1 bilhões no 3T22, queda de 19,1% sobre o 3T21 (R$ 64,4 bilhões) e 5,3% abaixo do 2T22.  O EBIT teve queda mais acentuada no período somando R$ 15,2 bilhões no 3T22 inferior em 53,4% aos R$ 32,7 bilhões. A margem EBITE caiu de 50,7% para 29,2%. O EBITDA também teve forte queda de R$ 36,1 bilhões para R$ 19,3 bilhões (-46,5%).

O resultado líquido ficou em R$ 23,3 bilhões contra R$ 28,6 bilhões no 3T21 (-18,5%). Em relação ao 2T22 houve crescimento de 15,2%, um período ruim para o setor.

No acumulado do ano, a receita líquida somou R$ 183,8 bilhões, queda de 22,1% em relação aos R$ 220,2 bilhões dos 9M21. O lucro bruto caiu de R$ 139,2 bilhões para R$ 77,2 bilhões (-44.6%) com a margem bruta reduzindo de 63,2|% para 47,1%. Queda expressiva também no resultado operacional de R$ 128,5 bilhões para R$ 70,4 bilhões nos 9M22.

O lucro líquido acumulado recuou de R$ 103,3 bilhões para R$ 66,5 bilhões (-35.6%).

Ontem a ação VALE3 encerrou o dia cotada a R$ 70,65 com queda de 3,92%, maior baixa do Ibovespa.


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