Ibovespa volta a cair e acumula queda de 4,42% na semana

Ibovespa volta a cair e acumula queda de 4,42% na semana

MERCADO


Bolsa

Ibovespa caiu 1,20% aos 114.626 pontos, cedendo 4,42% nos dois primeiros dias da semana. O giro financeiro de ontem foi de R$ 34,1 bilhões (R$ 25,2 bilhões à vista). Já as bolsas de Nova York que vêm pesadas há algum tempo, encontraram nos resultados corporativos um motivo para engatar altas recentes e ontem o Dow Jones subiu 1,07%, o S&P 500, +1,63% e o Nasdaq +2,25%. Hoje, as bolsas internacionais mostram alta no fechamento da Ásia e queda na Europa e Reino Unido. A agenda de hoje traz dados importantes de nossa economia como o INCC e a confiança na construção, tem também os dados do Caged (criação de empregos em setembro), o relatório de estoque de dívida do governo, etc. Nos EUA, vendas de moradias e estoque de petróleo, mas o foco deverá ficar novamente nos resultados do dia (Boeing, Ford Motor e Meta). No Brasil, a temporada de resultados reserva muitos resultados para os próximos dias. No mercado de petróleo, os contratos para dezembro mostram alta de 0,62% no WTI (Nymex) a US$ 85,85 o barril e + 0,41% no Brent a US$ 93,90 na ICE.

Câmbio

A moeda americana encerrou o dia com alta de 0,24% a R$ 5,3162, com ganho de 2,96% na semana.

Juros

Hoje é dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que não deve trazer surpresa, segundo a expectativa do mercado, trabalhando com a manutenção da taxa Selic em 13,75%. Os contratos futuros de DI permaneceram numa faixa estreita de negociação, com o DI para jan/24 de 12,872% para 12,94% e o DIA para jan/27 recuando de 11,70% para 11,67%. Entre os Treasuries, os retornos caíram com o juro da T-note de 2 anos indo a 4,457%, o da T-note de 10 anos em 4,074% e o do T-bond de 30 anos, em 4,234%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Equatorial Energia (EQTL3)

Volume de energia injetada na rede subiu 2,4% no 3T22 para 11.257 GWh

Conforme anunciado nesta terça-feira (25/10), o volume de energia injetada na rede cresceu 2,4% no 3T22 em relação ao 3T21 para 11.257 GWh.

  • Consumidores cativos (+3,1%) no 3T22 para 7.004 GWh. Nesta base de comparação o segmento residencial (convencional + baixa renda) cresceu 6,3% para 3.958 GWh; o comercial alcançou 1.237 GWh (-2,7%); o industrial registrou queda de 4,4% e outros (+3,0%) para 1.504 GWh.
  • Consumidores livres registrou incremento de 9,0% no 3T22 alcançando 1.445 GWh.

A Energia Faturada cresceu 4,0% no 3T22 para 8.507 GWh e a Energia Distribuída (+5,5%) somando 8.785 GWh. Por sua vez o número de consumidores cresceu 3,3%. As perdas totais foram reduzidas de 24,0% no 3T21 para 22,5% no 3T22.

Renováveis. No 3T22, os complexos Eólicos da Echoenergia apresentaram um aumento de 12,9% na geração em comparação ao 3T21 (para 1.432 GWH de energia gerada), em função da entrada em operação do complexo Serra do Mel 2 no 1T22, composto pelos parques Echo 8, Echo 9 e Echo 10, efeito parcialmente compensado pela redução na velocidade média dos ventos na região. Nos 9M22 a energia gerada foi de 3.209 GWH (+6,2%).

Saneamento. Iniciado no mês de julho, a operação da CSA – Concessionária de Saneamento do Amapá – encontra-se ainda em estágio inicial. Os índices de cobertura de água e esgoto encerram o período em 35% e 7%, respectivamente.

Um crescimento dentro do esperado com destaque para o incremento de consumidores e redução das perdas.


Telefônica Brasil (VIVT3)

Lucro líquido soma R$ 1,44 bilhão no 3T22 (+9,3% s/ o 3T21)

A Telefônica encerrou setembro com 111,688 milhões de acessos, crescimento de 14,6%¨sobre os 97,424 milhões de acessos no 3T21. A base de clientes teve 3,0 milhões de acessos desconectados, considerados inativos nos critérios da Vivo provenientes da aquisição da Oi Móvel, o que resultou em uma redução de 2 milhões de acessos totais em comparação ao 2T22.

A companhia registrou um bom desempenho no 3T22, ainda influenciado pelo endividamento para a aquisição de ativos da Oi.

Destaques do 3T22/3T21:

A receita operacional líquida cresceu 10,6% de R$ 11,0 bilhões para R$ 12,2 bilhões.

Os custos totais aumentaram 9,4% de R$ 6,6 bilhões para R$ 7,2 bilhões;

O EBITDA recorrente cresceu de R$ 4,4 bilhões para R$ 5,0 bilhões (+12,3%).

O lucro líquido foi de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,4 bilhão (+9,3%).

Comparativo nos 9M22/9M21:

Crescimento de 8,8% na receita líquida de R$ 32,5 bilhões para R$ 35,4 bilhões.

Os custos totais recorrentes cresceram 9,8% de R$ 19,4 bilhões para R$ 21,3 bilhões.

O EBITDA recorrente subiu 7,3% de R$ 13,1bilhões para R$ 14,0 bilhões.

O lucro líquido acumulado caiu de R$ 3,6 bilhões para R$ 2,9 bilhões neste ano.

Os investimentos somaram R$ 7,0 bilhões no ano (+11,0%) e o fluxo de caixa livre caiu 3,4% de R$ 6,7 bilhões para R$ 6,5 bilhões.


Weg (WEGE3)

Forte crescimento nos resultados do 3T22 e no acumulado do ano

A Weg registrou crescimento de 27,6% na receita liquida do 3T22/3T21, somando R$ 7,91 bilhões. Sobre o 2T22 o crescimento foi de 10,1%. A empresa teve forte expansão da receita em ambos mercados (interno e externo). O EBITDA cresceu 37,1% sobre o 3T21 somado R$ 1,57 bilhão.

O lucro líquido foi de R$ 1,16 bilhão (+42,5% sobre o 3T21) e 24,8% superior ao 2T22.

Nos 9M22 a receita líquida atingiu R$ 21,93 bilhões (+28,8% sobre os 9M21 e o EBITDA somou R$ 4,06 bilhões (14,2%).  O lucro líquido acumulado foi de R$ 3,01 bilhões (+11,2% acima dos 9M21).

Ontem a ação WEGE3 encerrou cotada a R$ 35,05 com 8,0% de alta no ano.


Neoenergia (NEOE3)

Lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no 3T22

A Neoenergia registrou no 3T22 um lucro líquido de R$ 1,495 bilhão, com crescimento de 17% em relação ao lucro de R$ 1,28 bilhão do 3T21, reflexo do reconhecimento de R$ 678 milhões decorrente da incorporação da Bahia PCH III pela Neoenergia Brasília e a consequente transferência do controle societário direto desta empresa para a Neoenergia S.A.

No acumulado dos 9M22 o lucro líquido alcançou R$ 3,78 bilhões com alta de 15% frente igual período do ano anterior (R$ 3,29 bilhões).

A Receita Líquida somou R$ 10,38 bilhões no 3T22, com queda de 11% em 12 meses, acumulando R$ 29,90 bilhões nos 9M22 praticamente estável em relação aos 9M21 (R$ 29,73 bilhões). A Margem Bruta caiu 8% no trimestre para R$ 3,45 bilhões acumulando R$ 11,94 bilhões nos 9M22 (+18%), reflexo dos reajustes tarifários e melhor resultado nos negócios eólicos devido à entrada em operação do Complexo Eólico Chafariz e Oitis e maior margem em Termopernambuco.

As despesas operacionais somaram R$ 960 milhões no 3T22 (+14% versus o 3T21) refletindo a inflação no período, o aumento do número de clientes (+2%) e a entrada em operação dos novos negócios. Nos 9M22 cresceram 12% para R$ 2,81 bilhões.

As Perdas Totais nos últimos 12 meses seguiram em trajetória de queda.

O EBITDA alcançou R$ 2,35 bilhões no 3T22 (queda de 18% versus o 3T21) acumulando R$ 8,75 bilhões nos 9M22 (+17%) – em função da retomada da economia, dos reajustes e revisões tarifárias e da eficiência da empresa.

Ao final de setembro de 2022 a dívida líquida consolidada da Neoenergia era de R$ 34,95 bilhões, apresentando um aumento de 14% em relação a dezembro de 2021. A alavancagem medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA manteve-se estável, sendo de 3,12x em dez/21 e 3,13x no 3T22.


Santander Brasil (SANB11)

Lucro Líquido de R$ 3,1 bilhões no 3T22

O Santander (Brasil) registrou no 3T22 um lucro líquido de R$ 3,1 bilhões (ROAE 15,6%), com queda de 23,5% em relação ao lucro líquido de R$ 4,1 bilhões do 2T22 (ROAE 20,8%).

Um resultado impactado pelo aumento do custo do crédito, redução da margem financeira, queda das receitas de serviços (cartões, conta corrente, administração de fundos e corretagem), e Despesas Gerais com crescimento em linha com a inflação no período.

Nos 9M22 o lucro líquido somou R$ 11,2 bilhões (ROAE de 19,0%) e queda de 10,1% frente os R$ 12,5 bilhões dos 9M21 (ROAE de 21,5%).

Mantemos uma visão construtiva para o Santander, mas entendemos que o resultado abaixo do esperado, possa gerar volatilidade no curto prazo.

A margem financeira bruta no 3T22 caiu 1,4% em base trimestral para R$ 12,6 bilhões, em função do menor resultado das operações com clientes e queda de margem de produtos, pelo mix de produtos e maior seletividade na concessão de crédito; parcialmente compensado pela margem com o mercado, mas ainda em patamar abaixo do potencial, sensibilizada pela taxa de juros.

Destaque para o aumento de 8,1% das despesas de PDD para R$ 6,2 bilhões, refletindo o crescimento da carteira de crédito no segmento varejo, principalmente pessoa física e o mix de produtos.

O spread anualizado das operações com clientes caiu de 11,5% no 2T22 para 10,7% no 3T22. A inadimplência acima de 90 dias registrou leve piora, de 2,9% no trimestre anterior para 3,0% no 3T22 (sensibilizada pelo segmento de Pessoas Físicas e a dinâmica do mix de produtos).

Nesta base de comparação o índice de eficiência mostrou piora de 3,5pp terminando o 3T22 com 37,4% (ante 33,9% no 2T22).


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