Ibovespa abre a semana com ganho de 0,38%, mas a cautela predomina entre os investidores

Ibovespa abre a semana com ganho de 0,38%, mas a cautela predomina entre os investidores

MERCADO


Bolsa

Ontem o Ibovespa conseguiu se descolar das bolsas americanas e fechou com ganho de 0,38% aos 96.916 pontos, mas tem a barreira dos 100 pontos pela frente, o que antes era piso. O giro financeiro de ontem foi muito baixo, R$ 18,0 bilhões no total e R$ 15,6 bilhões no à vista. No mês, o Ibovespa cede 1,65% e, no ano, 7,54%. Na próxima semana começa a temporada de resultados, o que pode trazer algum ânimo aos investidores. Neste mês, o fluxo estrangeiro segue negativo, com a retirada de R$ 836,8 milhões de recursos estrangeiros da B3 no dia 15 (sexta-feira). No acumulado do ano, o fluxo externo soma entrada de R$ 49,9 bilhões, com destaque para os três primeiros meses do ano. Hoje, as bolsas europeias pendem para o lado negativo e na Ásia o fechamento foi misto, com alta no Japão e queda na China. As ameaças de novos surtos de covid-19 seguem provocando medidas protetivas na China. Ontem, Xangai e Tianjin adotaram testes em massa para se prevenir de uma nova onda da doença. Por conta da covid-19 a economia chinesa teve seu PIB reduzido neste ano.  Nos EUA, é crescente o número de contaminados. As bolsas de Nova York fecharam em queda no Dow Jones (- 0,69%), no S&P 500 (- 0,84%) e Nasdaq subiu 0,81%. A agenda de hoje traz o resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro em junho. Nos EUA, saem dados de moradias e estoques de combustíveis na última semana e na China, a decisão monetária do Banco do Povo da China (PBoC). A Johnson & Johnson e a Netflix divulgam seus resultados do 1S22.  Após forte alta ontem, o petróleo opera em baixa neste começo de terça-feira com o contrato do WTI na Nymex, (agosto) a US$ 102,26 o barril (-0,33%) o Brent na ICE a US$ 105,74   (+0,50%) para setembro/22.

Câmbio

O dólar segue em alta com valorização de 0,53% no fechamento de ontem em R$ 5,4367, tendo fechado a semana passada com ganho de 2,89%.

Juros

As taxas de juros futuros foram impactadas pela piora nos mercados nos EUA e com o dólar em alta no Brasil. O mercado de commodities, tem também influenciado outros ativos, com a volatilidade dos últimos dias. Ontem a taxa do contrato de DI para jan/23 passou de 13,876% na sexta-feira para 13,90%, e a do DI para jan/27 foi de 12,945% para 13,21%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Omega Energia (MEGA3)

MoU com Apolo Asset para expandir investimentos em energia solar

A Omega Energia assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Apolo Asset, para potencial investimento em centrais geradoras de energia solar fotovoltaica.

O acordo prevê que as duas empresas por si, ou através de um fundo de investimentos gerido pela Apolo Asset, poderão investir entre R$ 100 milhões a R$ 250 milhões cada, em ações de emissão de uma nova holding a ser constituída na parceria.

A operação está sujeita à formalização dos documentos definitivos e outras condições precedentes usuais neste tipo de operação.

A companhia tem realizado investimentos voltados para o incremento de geração com ganhos de escala e aumento de rentabilidade.


M Dias Branco (MDIA3)

Cade aprova parceria com a Omega Energia, sem restrições

Em decisão publicada ontem (18/07) o Cade aprovou, sem restrições, a parceria societária entre a M Dias e a Omega Energia, que tem por objeto a geração de energia por três parques eólicos controlados pela Omega para o consumo pela companhia em suas próprias unidades produtivas.

A Operação representa a aquisição pela M. Dias Branco de 49% das ações ordinárias, ou o valor proporcional aos 18 MW médios contratados, da Omega Energia.

A Omega Energia, por sua vez, será detentora de 51% do capital social total e votante das empresas: DELTA 7 I Energia, DELTA 7 II Energia e DELTA 8 I Energia, que serão constituídas para explorar, mediante autorização, a produção de energia elétrica, por meio da matriz eólica na Região Nordeste.

Esta parceria é consistente com a estratégia da M Dias de diversificação de sua matriz de energia a partir de fontes renováveis, acesso a insumos que fazem parte de seu processo produtivo e aumento da competitividade ao poder fruir dos benefícios relacionados a autoprodução de energia por equiparação.


CCR (CCRO3)

Concessionária Renovias assina termo sobre desequilibro financeiro com o governo do Estado de São Paulo

A CCR divulgou fato relevante comunicando que a Renovias, concessionária que integra o Grupo CCR, assinou com o governo do Estado de São Paulo o Termo de Retirratificação ao Termo Aditivo e Modificativo nº. 21/2022.

O termo ratificou o reconhecimento do desequilíbrio da equação econômico-financeira do contrato de concessão em favor da Renovias, em decorrência da alteração do índice de reajuste das tarifas de pedágio.  O acordo,  revisou também os cálculos anteriores correspondentes ao 1º biênio (01/07/2013 a 30/06/2015), 2º biênio (01/07/2015 a 30/06/2017) e 3º biênio (01/07/2017 a 30/06/2019), conforme já anunciado em junho, e reconheceu o desequilíbrio correspondente ao 4º biênio (01/07/2019 a 30/06/2021).

O acordo também reequilibrou a concessão mediante a extensão de 482 dias no prazo do contrato com a Renovias, com término previsto para 07/10/2023.

Ontem a ação CCRO3 encerrou cotada a R$ 12,16 com alta de 5,6% no ano.


Gafisa (GFSA3)

Prévia operacional do 2T22

A companhia divulgou dados da prévia operacional do 2T22 com os seguintes destaques:

No 2T22, a empresa lançou R$ 471 milhões em valor geral de vendas (VGV)  No acumulado do 1S22, foram R$ 526 milhões e R$ 1,9 bilhão em 12 meses. Em relação ao 2T21, houve recuo de 16,3% nos lançamentos. As vendas contratadas líquidas somaram R$ 203,4 milhões no 2T22, crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas brutas atingiram R$ 227,6 milhões no mesmo período, alta anual também de 13%.  A velocidade de vendas (VSO) foi de 9,1%.

No 1º trimestre deste ano, a Gafisa conseguiu reduzir seu estoque em 11% na comparação com o 4T21, devido ao forte desempeno de vendas. Já no 2T22, o estoque da empresa aumentou 12,8% em relação ao 1º trimestre deste ano, superando a marca de R$ 2 bilhões.

No 1T22, a receita líquida da companhia somou R$ 195,3 milhões (+15% sobre o 1T21) e queda de 1% comparado ao 4T21, mas a margem bruta teve uma melhora substancial indo para 31% ante 12,4% no 4T21. Porém, o resultado líquido do 1T22 foi insignificante, (R$ 115 mil) contra R$ 12,9 milhões no 1T21 e R$ 50 milhões no 1T22.

A ação GFSA3 encerrou ontem cotada a R$ 1,16 com queda de 42,3% no ano.  Em 2021, a ação desvalorizou 53,8% e em 2020 a perda foi de 44,5%. A ação está cotada a 22% de seu valor patrimonial.


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