Ibovespa fecha maio com ganho de 3,22% descolado das bolsas internacionais

Ibovespa fecha maio com ganho de 3,22% descolado das bolsas internacionais

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa fechou o último dia de maio com ganho de 0,29% aos 111.351 pontos com giro financeiro de R$ 37,8 bilhões (R$ 35,6 bilhões à vista). O mês de maio foi positivo para a bolsa com ganho de 3,22% apesar da continuidade dos mesmos problemas que afetaram o mês de abril, com destaque para os efeitos da guerra, inflação em alta no exterior e no Brasil, juros, etc. Em Nova York as bolsas tiveram um mês ruim com o Dow Jones com alta de apenas 0,04% e o S&P 500 com +0,01%. Enquanto o Nasdaq, perdeu 2,05%. Hoje os mercados mostram comportamento misto na Europa e alta no fechamento das principais bolsas asiáticas. A retomada das atividades pós lockdown na China voltou a animar as bolsas com medidas domésticas de incentivo à economia. A agenda de hoje traz, do lado doméstico, a divulgação do IPC-S pela FGV e o Índice de Confiança Empresarial. Nos EUA, o Federal Reserve divulga o Livro Bege, com indicadores importantes da economia do país, etc.  Outros indicadores importantes são divulgados neste primeiro de junho em outros países, dando uma indicação dos caminhos destas economias. O mercado de petróleo começa o mês sustentando a curva de alta dos últimos dias, com o WTI (Nymex) cotado a US$ 116,40 com alta de 1,51% e o Brent a US$ 117,31 (+1.48%). Do lado das commodities metálicas o movimento é de baixa nos preços do ouro, prata e cobre.  O minério de ferro fechou cotado a US$ 133,51 com alta de 0,26%.

Câmbio

O dólar fechou maio cotado a R$ 4,7349 com queda de 0,39% no último dia.

Juros

No último dia de maio, os juros futuros fecharam em queda com a sinalização de que as altas da Selic estão perto do fim, possivelmente mais um ajuste na próxima reunião e parando por aí. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechou em 13,38%, de 13,415% na segunda-feira e para jan/27 a taxa foi de 12,23% para 12,12%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)

Teaser para a venda da UFN III

A Petrobras iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (teaser), referente à venda integral da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III).

O documento contém as principais informações sobre a UFN-III, a previsão de que o comprador se comprometa com a conclusão da planta, assim como os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes.

A UFN-III é uma unidade industrial de fertilizantes nitrogenados localizada em Três Lagoas/MS, cuja construção teve início em set/11, mas foi interrompida em dez/14, com avanço físico de 81%.

Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de 3.600 t/dia de ureia e 2.200 t/dia de amônia.

As principais etapas subsequentes do projeto serão informadas oportunamente ao mercado, lembrando que a venda faz parte do Plano de Desinvestimento amplamente divulgado pela Petrobras, em linha com a estratégia de gestão de portfólio e melhor alocação de capital.


Eneva (ENEV3)

Acordo para aquisição da CELSEPAR

A Eneva confirmou nesta terça-feira (31/05) a assinatura de contrato para a aquisição da CELSEPAR – Centrais Elétricas do Sergipe Participações S.A junto à New Fortress Energy (NFE) e à Ebrasil Energia.

A compra corresponde a 100% das ações representativas do capital social da CELSEPAR e da CEBARRA – Centrais Elétricas Barra dos Coqueiros S.A.

O preço pago será de R$ 6,1 bilhões (base dez/21) e adicionalmente, assumirá a dívida líquida da CELSE – Centrais Elétricas de Sergipe S.A., subsidiária da CELSEPAR, no valor de R$ 4,1 bilhões (base dez/21).

A CELSEPAR tem como principal ativo operacional a UTE Porto de Sergipe I, uma usina termelétrica a gás natural em ciclo combinado, com capacidade instalada de 1.593 MW, localizada em Barra dos Coqueiros/SE.

A usina está integralmente contratada no ambiente regulado até dez/44, fazendo jus a uma receita fixa anual de R$ 1,9 bilhão (base nov/21), indexada ao IPCA, acrescida de receita variável equivalente a R$ 406,2/MWh (base jun/22), indexada a cotação do Brent, conforme os termos do contrato de suprimento de gás.

A conclusão da Operação está sujeita a determinadas condições precedentes, dentre as quais a aprovação do Cade, anuência de credores com relação à troca de controle da CELSEPAR, e a aprovação em assembleia geral da companhia, por se tratar de investimento relevante.


Oi (OIBR3 e OIBR4)

ANATEL aprova desconto de 55% em dívidas com a União

A Oi comunicou ao mercado que celebrou acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL com Repactuação e Transação de dívida total de R$ 202,2 bilhões. A repactuação dos novos débitos prevê a concessão, de forma irrevogável e irretratável, de 54,99% de desconto sobre o valor de cada um dos débitos, incluindo o valor do principal devido.

O débito total a ser pago pela Oi passa a ser de R$ 9,1 bilhões, atualizado para o mês de maio de 2022. O montante inclui todas as multas, encargos e juros de mora aplicáveis, abrange tanto o saldo dos débitos não tributários, objeto do termo de transação assinado em 27 de novembro de 2020.

Deste valor, será deduzido o montante quitado pela companhia por meio dos depósitos judiciais já convertidos em renda e apropriados pela Anatel, resultando no saldo devedor de R$ 7,3 bilhões, que deverá ser quitado em 126 parcelas não lineares. A primeira delas com vencimento no mês da assinatura do acordo e a segunda após o decurso o período de seis meses de carência. O vencimento da última parcela ocorrerá em 2033 alongando o prazo que era até o final de outubro de 2027.

A notícia é bastante positiva para a OI que terá tranquilidade para encaminhar a saída da recuperação judicial.  Ontem a ação OIBR3 encerrou cotada a R$  0,73  com queda de 3,9% no ano e a OIBR4 cotada a R$ 1,31 com alta de 2,3% no ano.


Qualicorp (QUAL3)

Aprovada a 4ª emissão de debêntures (R$ 2,2 bilhões)

O conselho de administração da Qualicorp aprovou ontem a quarta emissão de debêntures da empresa, no valor de R$ 2,2 bilhões. São debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória.

Valor nominal unitário:  R$ 1.000,00.

Juros remuneratórios: 100% das taxas médias diárias dos DI + 1,85% ao ano.

Destinação dos recursos:  Resgate antecipado total das debêntures da terceira emissão da companhia; da quarta emissão da Qualicorp Administrador de Benefícios e da quinta emissão da Qualicorp Corretora de Seguros (a qual foi incorporada pela Emissora).

No final de março, a dívida liquida da empresa era de R$ 1,4 bilhão (1,37x o EBITDA de 12 meses), com redução de 7,7% em relação ao R$ 1,53 bilhão do final do ano.  O lucro líquido da companhia no 1T22 foi de R$ 74.1 milhões (35,3% abaixo do 1T21 e superior aos R$ 50,6 milhões do 4T21.

Ontem a ação QUAL3 encerrou cotada a R$ 11,22 com queda de 32,3% no ano.


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