Bolsa fecha perto da estabilidade (-0,01%) em dia de escalada das commodities e piora do cenário internacional

Bolsa fecha perto da estabilidade (-0,01%) em dia de escalada das commodities e piora do cenário internacional

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou o dia praticamente estável com redução de 0,01% fechando em 115.166 pontos, com giro financeiro de R$ 32,2 bilhões (R$ 28,2 bilhões à vista).  A disparada dos preços das commodities, principalmente do petróleo que puxou a bolsa na quarta-feira, ontem não ajudou muito, mesmo porque o mercado passou a avaliar outras consequências da guerra que ainda deverão mexer com os mercados no curto prazo. Na semana, o Ibovespa sobe 1,79% acumulando valorização de 9,87% no ano. A agenda econômica internacional traz em destaque os dados do payroll (relatório de empregos) em fevereiro nos Estados Unidos e a vendas no varejo em janeiro na zona do euro. Sai também o PIB do 4T21 na Itália.  No Brasil, sai o IPC-Fipe de fevereiro. Em janeiro o índice subiu 0,74%. Sai também o PIB do 4º trimestre. No 3T21 a queda foi de 0,1% e em 2020 o PIB caiu 3,9%. As bolsas de Nova York seguem em baixa com os três principais índices (Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq) novamente pesando, principalmente em decorrência das ameaças e riscos gerados pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Hoje, as bolsas da Ásia fecharam em baixa e na Europa o movimento é de queda generalizada. A piora da situação na guerra, com o ataque da Rússia à maior usina atômica nuclear do mundo, no sul da Ucrânia, aumentou a aversão à Rússia num cenário que só tende a piorar, considerando que a alternativa de cessar fogo, parece difícil. As cotações de petróleo dispararam ontem durante o dia e nesta manhã o Brent está cotado a US$ 111,22 e o WTI a US$ 108,93 o barril, abaixo do nível máximo do dia anterior, mas os preços seguem elevados.  O minério de ferro estava cotado a US$ 151,11 a tonelada com alta de 3,34%.

Câmbio

O dólar voltou a cair ontem de R$ 5,1021 para R$ 5,0272 (-1,47%) acumulando desvalorização de 2,42 no mês e 9,77% no ano.     

Juros

O conflito no Leste Europeu já vem impactando todos os mercados, com os problemas em cascata. Preços de insumos em alta significam mais inflação, mais juros, etc. A economia brasileira não vai ficar à margem dos problemas do mercado internacional e os juros futuros já vêm se ajustando. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechou a 12,79% de 12,629% no dia anterior e para jan/27 a taxa foi de 11,411% para 11,50%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Equatorial (EQTL3)

Conclusão da aquisição de 100% da Echoenergia por R$ 7,0 bilhões

A Equatorial Energia informou que concluiu a aquisição de 100% do capital social da Echoenergia por R$ 7,034 bilhões. O negócio foi comunicado inicialmente em 28 de outubro e o valor inicial foi corrigido pela variação do CDI e por ajustes usuais.

Com a aquisição da Echoenergia, a Equatorial avança em sua estratégia de geração de valor, ampliando sua atuação no setor elétrico brasileiro com a abertura de uma nova via de crescimento por meio da geração de energia renovável.

No comunicado, a companhia incorpora aproximadamente 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada de geração eólica, além de um portfólio de projetos “prontos para construir”, principalmente solar, que somarão mais de 1,2 GW à capacidade de geração após concluídos.

Ontem a ação EQTL3 encerrou cotada a R$ 25,62 com alta de 13,3% no ano.


AES Brasil (AESB3)

Prejuízo de R$ 34,8 milhões no 4T21 e lucro de 516.5 milhões no ano, com queda acumulada de 39,1%

A empresa encerrou o 4T21 com prejuízo consolidado de R$ 34,8 milhões contra um lucro líquido de R$ 602,6 milhões no 4T20; No acumulado do ano, o lucro líquido consolidado foi de R$ 516,5 milhões, (-39,1% em relação a 2020 (R$ 848,0 milhões). Menor EBITDA no valor de R$ 961,4 milhões, em função do ganho extraordinário no 4T20 decorrente do ressarcimento do GSF no montante de R$ 947,0 milhões;

No operacional, a geração hídrica caiu de 10.176,8 GWh para 6,795,6 GWh (-33,2%). Na fonte eólica houve crescimento de 1.484,3 GWh para 2.160,3 GWh (+45,5%).

Investimentos – No 4T21, os investimentos da AES Brasil totalizaram R$ 395,5 milhões e R$ 983,4 milhões no ano, montante 229,8% e 293,1% superiores aos investidos no 4T20 e em 2020, respectivamente, reflexo do crescimento da Companhia, com o desenvolvimento e construção dos Complexos Eólicos Tucano e Cajuína. A Companhia prevê investir aproximadamente R$ 3,8 bilhões no período de 2022 até 2026, destinados à expansão dos projetos já contratados e com plano de construção definido, com destaque para a construção dos Complexos Eólicos Tucano e Cajuína, e à modernização e manutenção de seus ativos em operação.

Geração de caixa – No 4T21, a AES Brasil gerou R$ 61,1 milhões acima do montante observado no 4T20, resultado do maior recebimento de recursos decorrentes da geração de caixa nos projetos eólicos e solares, parcialmente amenizado pela necessidade de compra de energia para atender sua garantia física frente ao cenário de escassez hídrica ao longo do ano. No ano, a geração de caixa operacional da Companhia foi R$ 102,6 milhões menor do que o mesmo período de 2020.

Endividamento líquido – Aumento de 21,2% no ano. A dívida líquida consolidada da AES Brasil Energia ao final do 4T21 foi de R$ 4,50 bilhões e da AES Brasil Operações, de R$ 3,92 bilhões, montante este superior em 21,2% à posição no ano anterior (R$ 3,23 bilhões).

Ontem a ação AESB3 encerrou cotada a R$ 11,47 com alta de 3,6% no ano.


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