MERCADO
Bolsa
O Ibovespa marcou a sétima alta consecutiva com ganho de 0,31% indo a 115.181 pontos com giro financeiro de R$ 63,3 bilhões (R$ 27,1 bilhões à vista), com o volume elevado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa, não afetando a curva de alta firme da bolsa, que acumula ganho de 1,42% na semana. Destaque para as ações da Petrobras e Vale com bom desempeno no dia. Lá fora as bolsas tiveram um alívio com a notícia de recuo de tropas da Rússia na Ucrânia e ao final os índices de Nova York mostravam sinais mistos, com o Dow Jones em baixa de 0,16% e leve ganho de 0,09% (S&P 500 e o Nasdaq com recuo de 0,11%. À noite veio a notícia de que o recuo da Rússia não teria acontecido e que pode estar havendo reforço de tropas na região. Mesmo assim, os mercados internacionais por enquanto ainda não refletiram a notícia e seguem com movimento misto regular. No mercado de commodities as cotações do o petróleo no começo do dia mostravam recuo do Brent e do WTI, nos contratos para março e abril, respectivamente. O minério de ferro teve dia de forte recuperação no mercado internacional. A agenda de hoje traz a divulgação de dados de janeiro do setor imobiliário dos Estados Unidos e os pedidos de auxílio-desemprego da última semana. No Brasil, destaque para a prévia do IGP-M de fevereiro. Ontem, a divulgação da ata da reunião de reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), ocorrida em 25 e 26 de janeiro não trouxe novidades para os mercados, que já especula sobre o que pode vir no próximo evento em março.
Câmbio
O dólar registou o quarto recuo consecutivo fechando em R$ 5,1290 (-0,79%) no dia e acumula baixa de 3,41% em fevereiro.
Juros
O mercado de juros mostrou pequeno recuo nas taxas em dia de agenda sem surpresas, com a taxa do contrato do de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 reduzindo de 12,393% para 12,375% e para jan/27 a taxa passou de 11,225% para 11,22%. Na renda fixa, o juro da T-note de 2 anos caía a 1,502%, o da T-note de 10 anos, a 2,031% e o do T-bond de 30 anos, a 2,346%, no fim da tarde em Nova York.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
EDP Energias do Brasil (ENBR3)
Lucro líquido de R$ 809 milhões no 4T21 (+15,6%)
A EDP Energias do Brasil registrou no 4T21 um lucro líquido de R$ 809 milhões, com crescimento de 15,6% em relação ao 4T20. Um resultado que refletiu o incremento de receita líquida, a melhora do resultado de equivalência patrimonial e o menor volume de impostos (IR/CS). Esses efeitos foram parcialmente compensados pela redução da margem bruta, a queda do EBITDA e a piora do resultado financeiro. Em 2021 o lucro líquido cresceu 43,2% frente 2020 para R$ 2,16 bilhões. Cotada a R$ 20,36 a ação ENBR3 registra alta de 1,1% este ano. O preço Justo de R$ 23,00/ação traz um potencial de alta de 13,0%.
Destaques
O volume de energia distribuída nas áreas de atuação da companhia registrou queda de 1,5% no 4T21 para 6.513 GWh, sendo de -3,0% na EDP São Paulo (3.957 GWh) e +0,9% na EDP Espírito Santo (2.555 GWh). A queda do consumo de energia distribuída no 4T21 refletiu as condições climáticas mais amenas e a menor recuperação da atividade econômica.
Em 2021 o crescimento foi sensibilizado pelo aumento da taxa de juros e da inflação, pela redução da renda média per capita e pela retomada da atividade industrial e comercial, nas áreas de atuação da companhia. O consumo de energia distribuída do trimestre resulta dos impactos da recuperação da atividade econômica, refletindo o aumento da produção industrial e da atividade comercial, quando comparado ao ano anterior. As condições climáticas ficaram dentro da média histórica, sem grandes impactos para o consumo.
A receita líquida somou R$ 4,7 bilhões no 4T21 (+8%) e os gastos não gerenciáveis foram de R$ 3,2 bilhões no 3T21 (+28%), resultando numa Margem Bruta de R$ 1,5 bilhão (-20%). Nesta base de comparação o EBITDA registrou queda de 4% para R$ 1,3 bilhão. Já o EBITDA Ajustado somou R$ 1,4 bilhão com crescimento de 66% frente igual trimestre do ano anterior.
Tomando por base o resultado acumulado de 2021 em relação a 2020 temos: Receita Líquida de R$ 16,7 bilhões (+26%); Margem Bruta de R$ 5,5 bilhões (+13%), EBITDA ajustado de R$ 3,5 bilhões (+40%), Lucro Líquido de R$ 2,2 bilhão (+43%).
Totvs (TOTS3)
Lucro líquido soma R$ 125,8 milhões no 4T21 (+30,9% s/ o 4T20); No ano, o resultado atingiu R$ 374 milhões (+26,8%)
A companhia comemora bons resultados no 4º trimestres e no acumulado de 12 meses, com os seguintes destaques:
A receita liquida do 4T21 cresceu 33,5% de R$ 689,5 milhões para R$ 920,7 milhões e no ano foi de R$ 2,60 bilhões para R$ 3,26 bilhões (+25,5%).
No 4T21, o lucro líquido 30,9% de R$ 96,1 milhões para R$ 125,8 milhões e no ano o crescimento foi de 26,9% passando de R$ 295,0 para R$ 374,0 milhões.
O EBITDA somou R$ 208,8 milhões no 4T21 (+16,9%) e no ano o o aumento foi de 29,6% de R$ 598,1 milhões para R$ 773,8 milhões.
Manutenção de forte geração de caixa operacional, somando R$ 515,0 milhões no ano (R$ 504 milhões me 2020)
No final do ano o saldo de caixa líquido era de R$ 1,03 bilhão, valor ajustado não considerando a cotas seniores e Mezanino (FIDC) no valor de R$ 1,37 bilhão, por entender que não são exigíveis da Totvs.
Ontem a ação encerrou em R$ 30,45 com alta de 8,3% no ano.
Telefônica Brasil (VIVT3)
Aprovação de R$ 153 milhões em JCP (R$ 0,091/ação). Ex-direito em 28/02
A Telefônica Brasil aprovou a distribuição de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) no valor líquido total de R$ 153 milhões, com base no balanço patrimonial de 31 de janeiro de 2022. O valor por ação, também descontado o Imposto de Renda Retido na Fonte, é de R$ 0,09128575606.
- Data base da posição acionária: 25 de fevereiro.
- As ações ficarão ex-direiro em 28/02.
- O pagamento do provento será realizado até 31 de julho de 2023, com a data ainda a ser definida pela diretoria da companhia.
Ontem a ação VIVT3 encerrou cotada a R$ 49,29 com alta de 2,3% no ano. O retorno do JCP para os acionistas é muito pequeno, mas vale lembrar que a companhia faz antecipações de proventos ao longo do ano, e na somatória, o retorno é na faixa de 7% no ano.
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