Paper: Inflação da Pandemia

Prezados Amigos,

A inflação precisa ser interpretada como um fenômeno de variação de preços constante e generalizada. Neste contexto, o único responsável é sempre o governo, pela simples razão de que a inflação é um fenômeno monetário, e somente o governo tem a responsabilidade de produzir dinheiro (moeda e crédito). Obviamente, não faltam variantes para esta interpretação, e muito menos suas causalidades. Choques de oferta e de demanda são recorrentes tópicos de estudos, “explicam e comprovam” teses, e são sempre invocados para “melhor” entendimento e correta escolha dos instrumentos para se controlar a inflação. Regular a oferta de moeda, em suas diversas formas, significa expandir ou contrair os meios de pagamento, e com isso controlar a inflação.

Esse controle, em boa parte do mundo e aqui no Brasil, é conduzido pelo BACEN por meio de sua política monetária. Dentre os “diversos” instrumentos que a autoridade monetária diz dispor, a principal que se utiliza é a taxa de juros básica da economia – a Selic. Uma vez definida pelo COPOM, o BACEN opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva seja aquela definida pelo Comitê. Assim, aumenta-se ou diminui-se a liquidez do sistema, impacta todas as taxas de juros do país e atua nas expectativas. Neste sentido, é um mecanismo poderoso, pois no longo prazo o determinante para duração e persistência (pressão) da inflação são as expectativas (de inflação). O BACEN, portanto, “comanda” para o bem ou para o mal.

 

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