Ibovespa valoriza 1,91% e volta a ficar acima de 100 mil pontos

MERCADO


Bolsa
A B3 teve um dia positivo diante da expectativa de que um acordo para o estmulo fiscal nos EUA, entre democratas e republicanos, finalmente seja fechado até o final desta semana.  Com isso o Ibovespa marcou alta de 1,91%, voltando a ficar acima dos 100 mil pontos (100.540 pontos) e o giro financeiro R$ 25,4 bilhões (R$ 22,9 bilhões no à vista). Nos EUA, as bolsas também tiveram dia de alta forte.  Hoje a agenda econômica vem vazia com destaque apenas para os dados do livro bege nos EUA e as bolsas internacionais mostram queda generalizada com a desvalorização do petróleo e ainda muitas incertezas em relação à nova onda de crescimento dos casos de Covid-19 na Europa.

Câmbio
A moeda americana operou boa parte do dia em queda, na expectativa de avanços na proposta para o pacote de estímulo dos Estados Unidos, mas a cotação voltou a subir no meio da tarde passando de R$ 5,6091 para R$ 5,6061 com baixa de apenas 0,05%.

Juros
O bom humor na bolsa e a expectativa de um acordo sobre o pacote fiscal norte-americano antes da eleição, ainda que inferior aos valores discutidos anteriormente, já foi suficiente para derrubar os juros futuros, que tem componentes domésticos ainda não resolvidos. O contrato do DI para jan/22, caiu de 3,295% para 3,24% e para jan/27 a taxa passou de 7,404% para 7,23%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Eztec (EZTC3)
Divulgação de meta de lançamentos para 2020 e 2021

A companhia voltou a divulgar a meta de lançamentos, estimando realizar de R$ 4,0 bilhões a R$ 4,5 bilhões em Valor Geral de Vendas, para o agregado dos anos de 2020 e 2021, de empreendimentos exclusivamente residenciais, considerando somente a participação da EZTEC.

A projeção já inclui o valor de R$ 770 milhões referente aos lançamentos residenciais realizados nos 3 primeiros trimestres de 2020, informado anteriormente ao mercado.

Os números mais recentes da Eztec mostram que a companhia já está operando com margens nos níveis anteriores aos da pandemia e que as operações de vendas e as principais métricas operacionais criam expectativas positivas para os próximos resultados.

Ontem a ação EZTC3 encerrou cotada a R$ 39,40 com 23,4% de desvalorização no ano. Valor de mercado: R$ 8,95 bilhões.


Cyrela (CYRE3)
Prévia operacional do 3T20 mostra bom desempenho de vendas e nos lançamentos

A Cyrela mostrou na sua prévia operacional do 3T20 que o setor da construção já vem retomando o ritmo de atividades a exemplo de outras incorporadoras que já divulgaram seus números.

A Companhia lançou 28 empreendimentos no trimestre totalizando R$ 2,589 bilhões, 46% superior ao realizado no 3T19 (R$ 1,777 bilhão).

No 3T20, as vendas líquidas totais contratadas somaram R$ 2,456 bilhões, valor 58% superior ao registrado no 3T19 (R$ 1,554 milhões). No ano, as vendas contratadas atingiram R$ 4,631 milhões, aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2019

A divulgação dos resultados do 3T20 será no dia 12 de novembro, após o fechamento do mercado.

Ontem a ação CYRE3 encerrou cotada a R$ 26,73 com desvalorização de 9,1% no ano. O valor de mercado da companhia é de R$ 18,2 bilhões.


Lojas Renner (LREN3)
Inauguração de nova loja no Rio de Janeiro somando 606 estabelecimentos em operação

A Lojas Renner comunicou ao mercado em geral a inauguração de uma nova loja Renner, no shopping Village Mal no Rio de Janeiro com área total de 1.435,2 m2. Com esta inauguração, a Companhia totaliza 606 lojas em operação, sendo 385 da Renner, incluindo as unidades no Uruguai e Argentina, 113 da Camicado, 100 da Youcom e 8 unidades da Ashua.

Ontem a ação LREN3 encerrou cotada a R$ 41,53 com queda de 2,56% no ano e valor de mercado de R$ 32,9 bilhões. Temos recomendação de COMPRA para a ação com preço justo de R$ 45,80 com potencial de alta de 10,2%.


Totvs (TOTS3)
Prorrogada para até 31/12 a proposta de combinação de negócios com a Linx

Ontem, a Totvs informou ao mercado que seu Conselho de Administração prorrogou a validade da proposta de combinação de negócios com a Linx, apresentada no último dia 14 de agosto, até o dia 31 de dezembro de 2020.

Ontem a ação TOTS3 encerrou cotada a R$ 28,57 com valorização de 33,4% no ano com valor de mercado de R$ 16,2 bilhões. A LINX3 encerrou cotada a R$ 37,21 com alta de 5,6% e valor de mercado de R$ 6,5 bilhões.


IRB Brasil Re (IRBR3)
Prejuízo de R$ 65,4 milhões em agosto e queda de sinistralidade

O IRB disponibilizou ontem (20/10) o relatório periódico mensal de agosto enviado à Susep, por meio do FIP – Formulário de Informações Periódicas. A companhia registrou em agosto/20 um prejuízo líquido de R$ 65,4 milhões. Excluindo-se o impacto dos negócios descontinuados, o IRB apresentaria lucro líquido de R$ 73,8 milhões.

Vemos como positivo. A administração da companhia já havia sinalizado, na teleconferência de resultados do 2T20, que apresentaria prejuízo nos meses de julho e agosto, e que espera um resultado de setembro perto do breakeven. Lembrando que em julho a companhia reportou um prejuízo de R$ 62,4 milhões (lucro de R$ 36,0 milhões ex-negócios descontinuados).

Faturamento bruto de agosto/20 (Prêmio Emitido). Alcançou R$ 697,6 milhões, estável em relação a agosto de 2019, sendo de R$ 357,6 milhões no Brasil (-9,4% em 12 meses) e R$ 340,0 milhões no Exterior (+11,7% ante ago/19). Faturamento de competência de agosto/20 (Prêmio Ganho). O prêmio ganho totalizou R$ 663,0 milhões.

Índice de Sinistralidade (Despesas de Sinistros/Faturamento de Competência do período). A despesa de sinistro somou R$ 593,8 milhões, com um índice de sinistralidade de 89,6% no mês de agosto, revertendo a tendência observada no primeiro semestre de 2020, que apresentou uma sinistralidade de 108,0%. Quando excluídos os sinistros dos negócios não continuados – cancelados e/ou não renovados – esse índice se situa em 56,0%.

Contribuição Marginal (Resultado de “Underwriting” ou de Subscrição). Em agosto/20 o resultado de underwriting foi negativo em R$ 99,3 milhões, devido à elevada sinistralidade dos negócios descontinuados no valor de R$ 263,1 milhões.

O Índice de Gastos Externos (principalmente comissões) se situaram em 22,4%. As despesas administrativas se situaram em 4,6%; enquanto o Índice de Resultado Financeiro e Patrimonial alcançou 7,1% do faturamento de competência de agosto/20.


Neoenergia (NEOE3)
Lucro líquido de R$ 814 milhões no 3T20 (+36% ante o 3T19)

A Neoenergia registrou no 3T20 um lucro líquido de R$ 814 milhões, com crescimento de 36% em relação ao lucro de R$ 600 milhões do 3T19. Com isso, no acumulado em nove meses deste ano, o lucro atingiu R$ 1,81 bilhão, 13% superior a R$ 1,61 bilhão de janeiro a setembro do ano passado.

Destaques

No 3T20 a geração de caixa medida pelo EBITDA cresceu 17%, na comparação com o registrado no terceiro trimestre do ano passado, de R$ 1,51 bilhão para R$ 1,76 bilhão. Em nove meses, o EBITDA cresceu 4% para R$ 4,4 bilhões.

A receita operacional líquida totalizou R$ 7,78 bilhões no 3T20, 12% superior aos R$ 6,92 bilhões do 3T19, acumulando uma receita de R$ 21,14 bilhões (+4%) no 9M20. O Lucro Bruto apresentou alta de 15% no trimestre para R$ 2,64 bilhões, refletindo os efeitos dos reajustes tarifários anuais das distribuidoras do grupo em abril (Coelba, Celpe e Cosern), e agosto (Elektro), além da aplicação do IFRS15 na transmissão de R$ 174 milhões. Também contribuiu o crescimento do volume de energia vendido pelas distribuidoras, de 1,33% na comparação com o mesmo período de 2019. No acumulado do ano até setembro, a energia distribuída pela companhia recuou 2,5%, ainda refletindo os impactos da pandemia.

Os investimentos somaram R$ 1,87 bilhão no 3T20 (+60% em 12 meses) e R$ 4,2 bilhões no 9M20 (+42%) em virtude do avanço dos projetos de Transmissão e Eólicos. Destaque para a redução da alavancagem de 3,33 no 3T19 para 2,85 no 3T20.


Petrobras (PETR4)
Crescimento de produção e vendas no 3T20

A empresa divulgou seu Relatório de Produção e Vendas do 3T20, na noite de ontem, apresentando bons números, com uma completa recuperação da crise dada pela pandemia de Covid-19. Estes dados são uma indicação positiva para os resultados da Petrobras no 3T20, que serão divulgados no dia 28/outubro após o fechamento do pregão. A recuperação nas vendas da Petrobras também indica bons resultados para as distribuidoras de combustíveis (BR Distribuidora, Raízen e Ipiranga).
• No 3T20, o volume total produzido teve aumentos de 5,4% em relação ao trimestre anterior e 2,6% em comparado ao 3T19. As razões para este crescimento foram a maior eficiência operacional das plataformas instaladas no Campo de Búzios, o aumento da produção no Campo de Atapu (iniciou a produção em junho/20) e a normalização da operação nas plataformas que haviam sido paralisadas no 2T20;
• No refino, o volume total produzido no 3T20 ficou 17,6% acima do trimestre anterior (+6,6% que no 3T19). O fator médio de utilização das refinarias no trimestre atingiu 83%, melhor que trimestre anterior (70%) e no 3T20, quando este número foi de 80%. Esta melhoria foi decorrente da recuperação das vendas;
• Após a forte retração das vendas de combustíveis, decorrente das medidas de distanciamento social, estas voltaram a subir no 3T20. O volume total vendido teve um incremento de 9,8% em relação ao 2T20 e 2,6% no comparativo com o mesmo trimestre de 2019.


Weg (WEGE3)
Um bom resultado no 3T20

A empresa divulgou esta manhã outro bom resultado, com forte crescimento nas receitas, nas margens e no lucro líquido, seja na comparação com o trimestre anterior ou com o 3T19. Este resultado foi consequência da retomada dos negócios em todas as áreas de atuação da empresa, além do controle de custos e despesas.
• O lucro líquido da Weg no 3T20 foi de R$ 644 milhões (R$ 0,31 por ação), 54,0% maior que no mesmo período do ano passado e 25,2% acima do 2T20;
• A receita no 3T20 ficou 43,3% acima do mesmo período do ano passado e 18,1%, por conta da melhoria na demanda do mercado interno, onde o volume vendido aumentou 51,3% em relação ao 3T19;
• A situação financeira da Weg continua excelente. Em setembro/20, a empresa tinha um volume de disponibilidades + aplicações financeiras de R$ 4,2 bilhões, que aumentou 12,7% em doze meses. A redução expressiva da dívida (33,3% em doze meses) levou ao fortíssimo aumento do caixa líquido, que cresceu 198,4% em relação ao 3T19 e chegou a R$ 2,2 bilhões ao final do 3T20.


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