Banco do Brasil – Relatório de Análise

Recuperação Judicial têm impacto limitado

Odebrecht S.A. (ODB) ajuizou em 17 de junho, em conjunto com suas sociedades controladoras e certas controladas, pedido de recuperação judicial, contemplando R$ 51 bilhões de créditos concursais, excluídos os créditos entre as próprias empresas do Grupo (R$ 33,0 bilhões) e R$ 14,5 bilhões referentes à alienação fiduciária, com boa parte de dívidas garantidas com ações da Braskem. No total as dívidas alcançam R$ 98,5 bilhões e a exposição do Banco do Brasil soma R$ 4,8 bilhões. O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, reiterou na quarta-feira, dia 19 de junho, que o banco segue confiante quanto à recuperação judicial da Odebrecht e que, a partir da decisão, irá procurar o melhor caminho. A exposição do banco é da ordem de R$ 4,8 bilhões, sendo que 50% do valor estão provisionados, acima do mínimo de 30%, comum nesses casos. Assim, de acordo com a sua avaliação, a situação está sob controle, sem impacto relevante.

Não descartamos aumento de inadimplência já no 2T19 e alguma redução dos índices de cobertura da carteira de crédito do banco, de R$ 684,2 bilhões ao final de março de 2019, no critério ampliado.  O índice de inadimplência (NPL >90 dias) permanecia controlado, em 2,6% e a cobertura estava compatível com o perfil de risco da carteira, sendo de 214% ao final do 1T19, em linha com os 212% do trimestre anterior. Em março de 2019 a Basileia do BB era de 19,3% sendo de 10,5% o índice de capital principal, para um Patrimônio Líquido de R$ 105,1 bilhões. Como objetivo, o BB espera atingir um mínimo de 11,0% de capital principal até janeiro de 2022. De acordo com o banco, “esse índice será sustentado de forma orgânica, refletindo o incremento de lucro, amparado na alocação em linhas com menor consumo de capital e mais atrativas sob o critério de risco versus retorno”.

Nossa precificação atual para o Banco do Brasil contempla premissas de crescimento que julgamos sustentáveis para os próximos anos. Temos um custo de capital de 12,0%, crescimento de 3% na perpetuidade, taxa efetiva de IR/CS de 32% e preço justo de R$ 62,00/ação. Considerando a possível elevação da CSLL de 15% para 20%, realizamos uma análise de sensibilidade, elevando a alíquota efetiva de 32% para 37% ao longo de todo o período de projeção, e reduzimos o custo de capital de 12,0% para 11,3% (em patamar compatível com o banco no momento), e chegamos ao mesmo preço justo, reiterando então, a precificação e a recomendação de compra para suas ações

 

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