Prezado Sr.(a),

No início de quase todos os governos imperam confusões e desarranjos. O período de transição, pressupõe-se, é o momento para justamente reduzir impactos e comprometimentos maiores do funcionamento da máquina pública. Para o governo Bolsonaro, não poderia ser diferente, sobretudo com as mudanças radicais prometidas. Contudo, mesmo neste momento de transitoriedade e acomodações, alguns “erros” deveriam realmente ter sido evitados, como o episódio das circunstâncias da demissão do Ministro Bebianno.

O que se espera, no entanto, é que um governo de maior qualificação aprenda rápido, e mais, antecipe-se para situações mais comprometedoras, em especial àquelas que possam macular, na origem, seus maiores propósitos. Dentre esses propósitos, claro e inequivocamente, sua credibilidade e construção de sua base no parlamento. Neste momento, o governo Bolsonaro faz sua grande aposta; a construção de uma reforma da Previdência robusta e justa, que ataque a desigualdade de benefícios e ajude reorganizar as contas públicas.

Assim, os mercados reagiram muito bem à primeira apresentação do que poderá vir a ser aprovado como reforma previdenciária. O Ibovespa continuou temporariamente seu movimento de alta, atingindo sua máxima em 98.588,63 pontos em 04/FEV, embora tenha fechado o mês com -1,86%. O risco Brasil medido pelo CDS de 5 anos reduziu ainda mais fechando o mês em 156,22 pontos, enquanto o Dólar não arrefece como esperava-se, e encerrou o mês em 3,7385. Os juros nominais mais líquidos até 2027 ficaram em torno de 8,37%, e as NTN-Bs mais longas pagam juros de aproximadamente 3,99%. Desta forma, mesmo em meio às confusões iniciais, os ruídos não se sobrepõem aos reordenamentos primeiros, mas não se pode baixar a guarda um instante, pois o futuro depende necessariamente da superação desses desafios.

 

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