Boletim Diário – 30 de Agosto 2018

MERCADO

Bolsa
O Ibovespa teve um dia de recuperação, influenciado pelas bolsas de NY e pela alta do petróleo, puxando as ações da Petrobras e outros papéis de peso no índice. No fechamento o Ibovespa valorizou 1,18% aos 78.389 pontos, com giro financeiro de R$ 8,7 bilhões, baixo em relação à média de períodos anteriores. Hoje a agenda econômica traz em destaque a inflação medida pelo IGPM com alta de 0,70% no M/M e de 8,89% no A/A e a taxa de desemprego nacional de 12,3%. Temos também a divulgação de indicadores importante na Europa e Estados Unidos, que poderão influenciar os mercados. La fora o dia foi de queda nas bolsas da Ásia e caem também na Europa. O noticiário internacional vem mais carregado nesta quinta-feira com assuntos que já pesam sobre os mercados e podem refletir também do lado doméstico que tem também as commodities no centro das atenções além das recorrentes pesquisas políticas.

Câmbio
Após atingir o pico do ano a cotação do dólar cedeu 0,43% no pregão de ontem, fechando aos R$ 4,1197 no mercado à vista. As justificativas para o comportamento da moeda americana têm sido as mesmas das últimas semanas, mostrando volatilidade conforme o humor dos investidores.

Juros
Da mesma forma que o dólar, os juros futuros mostram comportamento sensível ao noticiário de curto prazo. Ontem a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 terminou em 8,45%, de 8,49% na véspera e para jan/25 ficou estável, em 12,01%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

PDG Realty (PDGR3)
Proposta para grupamento de Ações. 

 O conselho de administração da PDG Realty (empresa em recuperação judicial) realizará até 19 de setembro reunião para deliberar sobre a proposta de grupamento das ações de emissão da companhia.

  • A empresa foi questionada pela B3 pelo fato de suas ações permanecerem cotadas abaixo de R$ 1,00. Ontem a ação encerrou cotada a R$ 0,61 acumulando baixa de 73,1%. O valor de mercado da companhia é de R$ 49,2 milhões.
  • No final do 1S18 a dívida líquida da companhia era de R$ 2,54 bilhões e seu patrimônio líquido era de R$ 3,76 bilhões.

BRMalls (BRML3)
Aquisição de participação em shopping centers

A BrMalls informa que concluiu a aquisição da participação de 30% detida pelos sócios minoritários da Alvear Participações S.A. nos shoppings Catuaí Londrina, Catuaí Maringá e Londrina Norte pelo valor de R$ 563.500.000.

  • O pagamento será em 3 parcelas anuais iguais e sucessivas, sendo a primeira realizada ontem (29/08).
  • A aquisição da participação dos Sócios Minoritários na Alvear reforçará o portfólio da Companhia, em linha com seu direcionamento estratégico. Todos os shoppings são administrados e comercializados pela BrMalls.

Iguatemi (IGTA3)
Emissão de R$ 500 milhões em debêntures simples.

O conselho de administração da Iguatemi aprovou hoje a realização da sétima emissão de debêntures simples não conversíveis em ações, em até três séries.

  • Distribuição pública com esforços restritos;
  • Valor: Até R$ 500 milhões.
  • Quantidade: 500 mil debêntures, com a possibilidade de distribuição parcial com valor unitário: R$ 1 mil.
  • A remuneração será variada conforme a série emitida e terá como base a variação do CDI mais um spread.
  • Os recursos serão utilizados integralmente para reforço do seu capital de giro, atividades relacionadas à gestão ordinária de seus negócios e alongamento do perfil da sua dívida.

CSN (CSNA3)
Cancelamento do pagamento de dividendo.

Após o pregão de ontem, a CSN informou que cancelou a distribuição do dividendo (R$ 0,644874008 por ação) que foi declarado no último dia 17.

  • Este provento havia sido bloqueado pelo juiz da 10ª Vara de Execuções Fiscais da Justiça Federal de São Paulo;
  • Todo o imbróglio acerca deste provento, da polêmica na concessão, passando pelo bloqueio e até seu cancelamento, é muito negativo para a evolução da ação.

BC
Operações de Crédito do SFN registram queda de 0,2% em julho, pelo  “comportamento sazonal da carteira de pessoas jurídicas.

O saldo de Crédito total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) incluindo as operações com recursos livres e direcionados somou R$ 3.125 bilhões em julho de 2018, com queda de 0,2% em relação ao mês anterior e crescimento de 2,4% em 12 meses.

  • De acordo com o BC, esta redução em base mensal “refletiu o comportamento sazonal da carteira de pessoas jurídicas, com queda de 1,0% para R$ 1.422 bilhões (45,5% do total)”. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 1.703 bilhões (54,5% do total) e cresceram 0,5% no mês.
  • Na comparação de 12 meses, o saldo total de crédito manteve trajetória ascendente, com expansão de 2,4% relativamente a julho de 2017 (1,7% em junho, na mesma base de comparação), explicado pela alta de 6,4% do crédito para as famílias, uma vez que nas empresas o saldo ainda registra queda de 2,1%.
  • A retomada permanece de forma gradual, norteadas pelo reduzido crescimento econômico e as incertezas do lado político com o processo eleitoral, além do fato de que as empresas têm buscado financiamento no mercado de capitais como alternativa ao crédito.
  • Os juros e os spreads mantiveram certa estabilidade, com queda no segmento das famílias e alta no segmento de Pessoas Jurídicas. A inadimplência segue estável com pequenas variações entre o crédito direcionado e o crédito livre, e os dois segmentos (famílias e empresas).
  • Do ponto de vista dos bancos, os padrões de concessão estão ajustados e as taxas encontram o sistema financeiro capitalizado e bem provisionado, a espera de uma demanda mais consistente. Tomando por base os grandes bancos seguimos com recomendação de compra para Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander Brasil (SANB11).

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