Boletim Diário – 24 de Agosto 2018

MERCADO

Bolsa
Neste período escasso de notícias corporativas e com a disputa eleitoral ganhando força, com as primeiras pesquisas mostrando um panorama de indecisão do eleitorado, houve um aumentou da volatilidade na bolsa. Ontem, o dia foi de queda com o Ibovespa perdendo 1,65% com fechamento em 75.614 pontos. O giro financeiro foi de R$ 10,2 bilhões. Hoje a agenda econômica traz apenas a inflação da construção civil (INCC) de agosto e o índice de confiança do consumidor. Nos EUA, saem os dados de pedidos de bens duráveis. Hoje no final da manhã, o presidente do Fed, Jerome Powell discursa sobre política monetária no Simpósio Anual de Jackson Hole, podendo dar indicativos sobre os próximos passos da economia americana. No exterior as bolsas mostram alta no fechamento na China e sobem também na Europa, nesta manhã. A expectativa é que a B3 tenha mais um dia de volatilidade nos preços dos principais papéis sob a influência do dólar.

Câmbio
O dólar marcou mais um dia de alta, a sétima consecutiva, refletindo os desdobramentos da crise comercial no exterior e o cenário eleitoral doméstico. Ontem a cotação da moeda americana no mercado à vista subiu 1,45% fechando em R$ 4,1203. A alta foi expressiva também no mercado futuro, com ganho de 1,80%, para liquidação em setembro, com a cotação em R$ 4,1180. Em agosto, a alta acumulada é de 9,72%.

Juros
Os juros futuros também seguem trajetória de alta na esteira do dólar e do cenário político carregado de incertezas. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 subiu de 8,41% no ajuste da quarta-feira para 8,57%. Na ponta mais longa. A taxa do DI para jan/25 terminou passou de 11,96% para 12,11%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Usiminas (USIM5)
Venda da área de mineração 

A empresa informou ontem, durante o pregão, que está avaliando alternativas para a venda de sua participação na Mineração Usiminas (MUSA).  As alternativas podem incluir a alienação total ou parcial de sua participação.

  • A venda da MUSA pode ser uma boa notícia, desde que se encontre um preço adequado e seja estabelecido um contrato garantindo o fornecimento de minério para as usinas da Usiminas;
  • A Usiminas detém 70% do capital da MUSA, sendo que a Sumitomo é dona dos 30% restantes;
  • A MUSA detém quatro jazidas na região da Serra Azul (MG), com reservas de 2,6 bilhões toneladas de minério de ferro.  A capacidade de produção é de 12 milhões de toneladas ao ano.

Petrobras (PETR4)
Avaliação do incêndio. 

A Petrobras divulgou uma avaliação do incêndio ocorrido na Refinaria de Paulínia na última segunda-feira.  Segundo a empresa, as unidades afetadas foram a destilação atmosférica e craqueamento catalítico, que ainda não tem data para retomar a operação.

  • O restante da refinaria não sofreu danos e sua operação deve voltar ao normal nos próximos dias.  A entrega de produtos desta refinaria foi retomada no dia seguinte ao acidente;
  • Não há estimativa de custos financeiros relevantes com o acidente;
  • Esta é uma boa notícia para a Petrobras, de que não houve vítimas ou perdas mais importantes com o incêndio.

Copel Energia (CPLE6)
RCA aprova, entre outros pontos, a revisão do Plano de Negócios da Copel Telecomunicações. 

Em Reunião do Conselho de Administração (RCA) realizada no dia 14 de agosto, a Copel Energia S/A aprovou a revisão do Plano de Negócios da Copel Telecomunicações S.A. para 2018, contemplando a redução de R$ 50,0 milhões no Orçamento Anual de Investimento e de R$ 10,0 milhões no PMSO – Pessoal, Material e Serviços de Terceiros.

  • Este ano as CPLE6 registram queda de 16,9% para uma cotação de R$ 19,80/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 5,4 bilhões. Os múltiplos para 2018 são: P/L de 4,0x e VE/EBITDA de 4,5x. O preço justo de R$ 32,00/ação traz um potencial de alta de 61,6% para suas ações.
  • Dentre os outros pontos destacam-se: (i) a revisão das Demonstrações Financeiras Intermediárias (2T18) com o aprimoramento das notas explicativas; (ii) a revisão dos Planos de Negócios dos Complexos Eólicos de Cutia e Bento Miguel; (iii) a participação no Leilão de Geração 03/2018 – Aneel, com projetos de geração hidráulica; e (iv0 a participação da Copel no Leilão de Geração 03/2018 – Aneel com projetos de geração hidráulica.
  • A revisão do Plano de Negócios da Copel Telecomunicações reflete “as restrições orçamentárias que determinaram a redução da capacidade de vendas e do hiato temporal que ocasionou a perda da capacidade de ativação e visando adequação à realidade do mercado e à capacidade de investimento da companhia”.

Fibria (FIBR3)
Prêmio de 0,40% do valor nominal atualizado dos CRAs.

A ação FIBR3 encerrou ontem cotada a R$ 81,30 acumulando valorização de 71,1% em 2018. O valor de mercado atual da companhia é de R$ 45,0 bilhões e a ação está sendo negociada a 3,00x o valor patrimonial.

A Fibria informou que no âmbito da operação de reorganização societária junto com a Suzano Papel e Celulose, foi definido o pagamento de um prêmio de 0,40% do valor nominal atualizado dos CRAs lastreados em títulos emitidos pela companhia.

O prêmio de 0,40% será calculado sobre o valor nominal atualizado dos CRAs nas datas das AGCs que aprovarem a renúncia aos direitos de declaração de vencimento antecipado dos referidos títulos, a ser pago na data da eventual consumação da Reorganização Societária a todos os titulares de CRAs das séries que aprovarem tal renúncia nas respectivas AGCs. A Companhia estima que o prêmio total a ser pago será de, aproximadamente, R$ 20 milhões (vinte milhões de reais), caso todas as assembleias gerais de titulares de CRAs aprovem referida renúncia.


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