Boletim Diário – 10 de Agosto 2018

MERCADO

Bolsa
A quinta-feira foi mais um dia de queda no Ibovespa com o peso dos resultados corporativos e expectativa em relação ao debate entre os principais candidatos à presidência ontem. No fechamento o Ibovespa encerrou em baixa de 0,48%, aos 78.768 pontos com giro financeiro de R$ 10,13 bilhões. Nesta sexta-feira, as bolsas internacionais refletem o aumento da tensão comercial entre EUA e China com queda no fechamento da Ásia e na Europa. A agenda econômica traz hoje a 1ª prévia de inflação pelo IGP-M com alta de 0,70% e as vendas a varejo em junho. Nos EUA sai o IPC de julho com destaque. O esperado debate dos presidenciáveis ontem ainda não foi suficiente para direcionar os eleitores, não devendo ter peso relevante no mercado hoje que poderá ser influenciado pelo maior volume de resultados corporativos do 2T18.

Câmbio
Dia de nova alta na cotação da moeda americana, com valorização de 1,00% atingindo o maior valor em três semanas. No fechamento o dólar fechou a R$ 3,8017 no mercado à vista. O volume do dia foi reduzido.

Juros
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/19 fechou em 6,660%, de 6,648% no ajuste da quarta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2025 terminou em 11,31%, de 11,15%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Lojas Americanas (LAME4)
Lucro líquido de R$ 46 milhões no 1S18, ante prejuízo de R$ 70 milhões no 1S17.

  • 2T18 impactado pelo efeito Páscoa, com a receita liquida ficando praticamente estável em relação ao 2T17
  • Melhora na margem bruta e aumento das despesas operacionais, com efeito de inauguração de novas lojas
  • Queda na despesa financeira liquida e alongamento do perfil da dívida.
  • Lucro líquido do 2T18 cai 58,1%, para R$ 26 milhões e no acumulado de 6 meses houve reversão de prejuízo para lucro.

B3 (B3SA3)
Forte lucro no 2T18 por crescimento de volumes e receitas

A B3 reportou seus resultados referentes ao 2T18 com destaque para o lucro líquido recorrente de R$ 857,8 milhões (acima do esperado) com crescimento de 80% em relação ao 2T17 e 91% acima do lucro do 1T18, reflexo do incremento de volumes e receitas nos segmentos de derivativos e ações. Com isso o lucro recorrente no 1S18 cresceu 30% para R$ 1.306,1 milhões.

  • Acreditamos que suas ações devam responder positivamente a este forte desempenho trimestral, com recordes de volumes e receitas. Foi o melhor trimestre da companhia em termos de Receita e EBITDA. O foco permanece “na expansão do portfólio de produtos, na melhoria dos serviços oferecidos ao mercado e no estreitamento do relacionamento com clientes e intermediários financeiros”.
  • Ontem suas ações fecharam cotadas a R$ 23,26/ação com alta de 3,6% este ano, em linha com a valorização de 3,1% do Ibovespa. O preço justo de R$ 27,00/ação corresponde a um potencial de alta de 16,1%.
  • Com base nesse resultado a companhia reafirmou os orçamentos para 2018, já previamente anunciados. As despesas ajustadas (OPEX) devem ficar entre R$ 960 milhões e R$ 1,0 bilhão; a depreciação e amortização (entre R$ 910 e R$ 980 milhões); as despesas atreladas ao faturamento (entre R$ 200 e R$ 220 milhões) e despesas relacionadas à combinação com a Cetip, entre R$ 55 e R$ 75 milhões.

Sabesp (SBSP3)
Queda do lucro no 2T18 reflete o aumento de despesa financeira

A Sabesp registrou no 2T18 um lucro líquido de R$ 182 milhões, com queda de 45% em relação ao lucro de R$ 332 milhões do 2T17, impactado por maior despesa financeira líquida no trimestre, reflexo da variação cambial sobre os empréstimos e financiamentos (+16,0% no 2T18 versus +4,4% no 2T17). O resultado operacional registrou forte melhora e as margens cresceram. No 1S18 o lucro caiu 24% para R$ 762 milhões.

  • Cotadas a R$ 26,70/ação suas ações registram queda de 19,9% este ano. O preço justo de R$ 37,00/ação traz um potencial de alta de 38,6% para SBSP3.
  • Na comparação (2T18 x 2T17) a Receita Operacional Líquida cresceu 5% para R$ 3,7 bilhões. Os custos e despesas subiram 5% totalizando R$ 2,7 bilhões. A combinação destes números resultou num EBITDA ajustado de R$ 1,4 bilhão, com alta de 30% em relação ao 2T17. A margem EBITDA ajustada subiu de 30,5% para 37,7%.
  • Ao final do 2T18 a dívida líquida da companhia era de R$ 10,4 bilhões (1,8x o EBITDA) após crescimento de 9% em relação ao 1T18 (R$ 9,5 bilhões). No 2T18 o investimento foi de R$ 757,8 milhões, inclusos R$ 129,7 milhões referentes à PPP São Lourenço, acumulando R$ 1.447 milhões no semestre.

Randon (RAPT4)
Mercado aquecido

Na teleconferência para discutir o resultado do 2T18, a diretoria da Randon afirmou que o momento é bastante positivo, com uma carteira de pedidos elevada, mesmo com muita concorrência no setor.

  • A renovação das frotas de caminhões está beneficiando o grupo, que fabrica componentes para estes veículos;
  • O efeito do tabelamento de fretes no curto prazo é de abandono das frotas terceirizadas e constituição de próprias, o que aumenta a demanda para a Randon;
  • O resultado do 3T18 deve ser beneficiado pela demanda forte em todos os segmentos.

Cyrela (CYRE3)
Prejuízo líquido de R$ 28 milhões no 2T18

  • Prejuízo líquido de R$ 28 milhões no 2T18.
  • A Cyrela registrou mais um desempenho fraco acumulando prejuízo de R$ 28 milhões ante uma perda de R$ 141 milhões no 2T17.
  • A geração de caixa melhorou no 2T18 totalizando R$ 181 milhões e R$ 363 milhões no ano.
  • A dívida líquida no final de junho era de R$ 831 milhões, queda de 17,9% sobre a posição de R$ 1,0 bilhão em mar/18.

MRV Engenharia (MRVE3)
Lucro líquido de R$ 166 milhões no 2T18, crescimento de 17,9% e ROE (12 M) de 12,8%

Destaques do 2T18/2t17:

  • Receita Líquida de R$ 1,32 bilhão, aumento de 16,7% comparado ao 2T17.
  • EBITDA de R$ 248 milhões, crescimento de 29,8%.
  • Geração de caixa de R$ 98 milhões, abaixo do valor de 2T17.
  • Redução nos distratos para R$ 243 milhões.
  • Pagamento de R$ 310,1 milhões em dividendos.

Natura (NATU3)
Lucro líquido de R$ 31,8 milhões no 2T18, queda de 80,6% sobre o 2T17

  • Resultado fraco na última linha, impactado pela despesa financeira liquida e aumento das despesas operacionais, no processo de ajuste das operações.
  • Endividamento líquido de R$ 5,7  bilhões em junho/18, ainda elevado (3,3x  o EBITDA de 12 meses).
  • The Body Shop já mostra boa contribuição no consolidado.

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