Boletim Diário – 13 de julho 2018

MERCADO

Bolsa

A bolsa teve dia de recuperação forte com alta de 1,96% marcando 75.856 pontos, com giro financeiro de R$ 9,6 bilhões.  A alta das bolsas de NY contribuiu para a recuperação da B3 com Investidores voltando a enxergar oportunidades em papéis de grandes empresas, com destaque para o setor financeiro e blue chips ligadas a commodities. Hoje a agenda econômica traz a balança comercial da China de junho com saldo positivo de US$ 41 bilhões (US$ 24,9 bi na leitura anterior), com destaque para a queda forte nas importações. Nos EUA, destaque para o índice de preços de importação e exportação em junho. As bolsas internacionais mostram alta no fechamento da Nikkei e Hang Seng e sobem também na Europa, nesta manhã. Do lado doméstico, os sinais de volta de estrangeiros às compras poderão dar novo ânimo ao Ibovespa, mesmo com o cenário doméstico inalterado.

Câmbio
Ontem o dólar andou do mesmo lado da bolsa, fechando em alta de 0,21% cotado a R$ 3,8837 no mercado à vista. O Banco Central tem deixado o mercado caminhar livre, completando 14 dias úteis sem novas ofertas de swap (venda de dólar no mercado futuro) e 11 dias sem leilões de linha (venda de dólar à vista com compromisso de recompra).

Juros
Os juros futuros também tiveram dia de alta, com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/19 fechando a 6,880% (máxima), de 6,834% no ajuste da quarta-feira. A taxa mais longa (jan/25) avançou de 11,19% para 11,36%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

MRV ENGENHARIA (MRVE3)
Recorde de lançamentos e vendas no 2T18

A MRV marcou o melhor 2º trimestre de sua história com recorde de lançamentos e vendas. A geração de caixa foi novamente positiva, somando R$ 98 milhões e os distratos, mostraram redução de 15,9% no período, em relação ao 2T17.

Principais destaques:

  • O VGV lançado (parte MRV), somou R$ 1,71 bilhão no 2T18, aumento de 28,3% sobre o 2T17. 100% dos lançamentos estão vinculados ao FGTS.
  • Foram lançadas 11.377 unidades, contra 8.704 no 2T17, (+30,7%).
  • O preço médio de lançamento praticado por unidade foi de R$ 150 mil, contra R$ 153 mil no 2T17.
  • As vendas brutas totalizaram R$ 1,53 bilhão, evolução de 5,4% sobre o valor de R$ 1,45 bilhão no 2T17.
  • No mesmo período comparativo os distratos caíram de R$ 283 milhões para R$ 243 milhões no último trimestre (-13,9%).
  • No 2T18, os distratos representaram 15,9% das vendas totais, contra 19,5% no 2T17.
  • As vendas líquidas totalizaram R$ 1,29 bilhão, aumento de 10,0% sobre o 2T17.
  • No acumulado do 1S18 as vendas liquidas cresceram 13,6% somando R$ 2,52 bilhões. Em unidades o volume do semestre chegou a 17.174, evolução de 18,6% sobre o 1S17.
  • A relação vendas x distratos vem caindo nos últimos períodos.

A expectativa da companhia é de um 2º semestre ainda mais forte em termos de lançamentos, sustentando sua meta de chegar a 50 mil unidades por ano.

Recomendação de investimento: Temos recomendação de COMPRA para a ação com preço justo de R$ 16,55 que representa uma valorização potencial de 28,8% sobre a cotação de fechamento de ontem (R$ 12,85). No ano a ação acumula queda de 10,20%. O valor de mercado da MRV é de 5,67 bilhões.

EZTEC (EZTC3)
Prévia operacional do 2T18

  • A Eztec divulgou seus números operacionais para o 2T18 sem lançamentos no período, mas com destaque para a aquisição do projeto residencial do Parque da Cidade. Após seu lançamento, este projeto contribuirá com um VGV de aproximadamente R$ 500 milhões.
  • No acumulado do 1S18 o VGV lançado somou R$ 129 milhões (parte Eztec).
  • As vendas brutas atingiram R$ 134,5 milhões no 2T18, sendo R$ 96 milhões de imóveis performados e o restante (obras e lançamentos). No total houve retração de 31% em relação ao 1T18.
  • Os distratos chegaram a R$ 54,8 milhões com queda de 25%.
  • No 2T18, as vendas líquidas somaram R$ 80 milhões ante R$ 40 milhões no 2T17.
  • No acumulado, as vendas líquidas atingiram R$ 201 milhões.
  • A curva de vendas brutas versus distratos vem reduzindo desde o 3T16, mas os valores dos distratos e o volume de imóveis contabilizados ainda são representativos.
  • O estoque final chegou a 182,7 mil m2 no final de junho/18 e o índice VSO  (Velocidade de Vendas) segue ainda baixo.

Desempenho da ação: A ação EZTC3 encerrou ontem cotada a R$ 17,37 acumulando queda de 17,7% no ano. O valor de mercado da companhia é de R$ 2,87 bilhões atualmente.

PÃO DE AÇÚCAR (PCAR4)
Receita bruta do 2T18 soma R$ 12,8 bilhões, aumento de 9,9% sobre o 2T17

Bom desempenho de vendas consolidadas no GPA Alimentar, somando R$ 12,8 bilhões no 2T18, sendo R$ 7,0 bilhões no Multivarejo e 5,7 bilhões no Assaí, com crescimento de 5,3% e 4,7% respectivamente sobre o mesmo período de 2017.

Principais destaques:

  •  Crescimento de 5,1% nas Vendas Brutas ‘mesmas lojas’ ex calendário, evolução de 2,8% sobre o 1T18  confirmando a forte retomada de vendas iniciada em março no Multivarejo. Todas as bandeiras registraram aumento de volumes.
  • O Multivarejo vem ganhando market share desde março com destaque para as bandeiras Extra Hiper e Pão de Açúcar.
  • Aumento da penetração do aplicativo Meu Desconto, que já conta com cerca de 6,0 milhões de downloads e um aumento de aproximadamente 35% no consumo mensal dos clientes fidelizados.
  • O portfólio multicanal, multiformato possibilitou mitigar os impactos da greve dos caminhoneiros, permitindo a confirmação dos guidances de 2018.
  • Evolução das Lojas: No trimestre foram abertas 3 lojas Assaí, sendo uma por conversão de Extra Hiper. Dessa forma, a bandeira encerrou o período com um total de 130 lojas.

Desempenho da ação: Ontem a ação PCAR4 encerrou cotada a R$ 76,02 acumulando queda de 2,80% no ano.

PETROBRAS (PETR4)
Entrevista com o novo presidente

O jornal Valor, em sua edição de hoje, traz uma importante entrevista como o novo presidente da Petrobras. O executivo reafirmou questões fundamentais para os resultados futuros da empresa e tratou de outros assuntos:

  • A manutenção dos objetivos de uma política de preços realista
  • Redução do endividamento
  • Investimentos em níveis compatíveis com a geração de caixa
  • Continuidade do programa de desinvestimentos
  • Venda de participação na Braskem.

CAMIL ALIMENTOS S.A. (CAML3)
Queda de resultado no 1T18

A Camil Alimentos registrou no 1T18 (referentes aos meses de março, abril e maio de 2018) um lucro líquido de R$ 32,6 milhões, com queda de 46,7% em relação ao 1T17 reflexo de um trimestre impactado por cenário competitivo e os efeitos da greve dos caminheiros no Brasil.

  • Nesse contexto, suas ações registram queda de 18,3% este ano para R$ 6,40/ação. O preço justo de R$ 10,00/ação traz um potencial de alta de 56,3%.
  • A Receita Líquida caiu 18,0% para R$ 1,0 bilhão, e o EBITDA somou R$ 82,0 milhões, com queda de 35,6% e margem de 8,2%.
  • Os investimentos no trimestre cresceram 78,1% para R$ 23,5 milhões e a alavancagem encerrou o período em 1,4x o EBITDA.
  • Em junho de 2018, a companhia concluiu seu primeiro programa de recompra de ações, com a aquisição de 5.821.571 ações ordinárias, equivalentes a 3,74% das ações em circulação e 1,42% do capital social da companhia a um custo médio de R$ 7,77/ação.

Eletrobras (ELET6)
Suspensão da venda das distribuidoras é fator negativo para as ações

A Eletrobras tomou conhecimento de duas decisões desfavoráveis à venda das distribuidoras e que devem impactar negativamente suas ações, que neste ano registram queda de 24,5% para as ON e desvalorização de 26,2% para as PNB.

  • Em decisão proferida pela 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Piauí (SJPI), suspendeu os efeitos da AGE realizada pela Companhia Energética do Piauí (Cepisa), a qual deliberou pela venda integral das ações, menos 1 (uma) ação ordinária em 21.03.18, alegando ter havido vício pela ausência de participação de representante da Eletrobras na AGE.
  • Desta maneira a referida decisão exclui a CEPISA do processo de desestatização até o alegado vício seja sanado, embora a Eletrobras tenha esclarecido que foi representada na citada AGE.
  • Em outra ação civil pública proposta pela Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), em face do BNDES, perante a 19ª Vara Federal do Rio de Janeiro, foi deferida tutela de urgência para suspender o processo licitatório das 6 (seis) empresas distribuidoras da Eletrobras. Em função desta decisão o BNDES suspendeu suspendeu sine die o edital do leilão (previsto para 26/julho).
  • A Eletrobras está avaliando o alcance e eventuais impactos destas decisões sobre o processo de desestatização das distribuidoras e adotará todas as medidas necessárias para resguardar prosseguimento do processo de desestatização.

CEMIG (CMIG4)
Emissão de Eurobonds visa o alongamento da dívida e redução do custo

A Cemig Geração e Transmissão S.A. (Cemig GT), subsidiária integral da Cemig S.A. precificou ontem (12/julho), através da reabertura dos Eurobonds emitidos originalmente em 05/12/2017, a emissão de US$ 500 milhões com yield de 9,14% a.a. e vencimento em 2024.

  • Esta emissão cuja demanda inicial alcançou um montante superior a US$ 1 bilhão (mais de 2 vezes a oferta), está alinhada com a estratégia de alongamento da dívida e redução do custo financeiro.
  • Os recursos serão destinados para o pagamento de dívidas e o custo final desta captação, após proteção cambial, deverá ser inferior ao custo médio das dívidas que serão liquidadas.
  • Suas ações registram alta de 19,0% este ano para R$ 7,69/ação. O preço justo de R$ 10,00/ação traz um potencial de alta de 30,0%.

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