Mercado não digere bem a decisão apertada do Copom e o Ibovespa recua 1,00%

Mercado não digere bem a decisão apertada do Copom e o Ibovespa recua 1,00%

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa caiu 1,00% marcando 128.188 pontos na contramão das bolsas de NY que tiveram um dia positivo. Desta vez, pesou a decisão apertada do Copom, sinalizando que lá na frente (2025), com maioria do governo no quadro de dirigentes, as decisões ´podem ser de aceleração da queda dos juros. O mercado antecipa movimentos e ontem só não foi pior porque as ações de Vale e Petrobras fecharam em alta. O grande número de balanços do 1T24 concentrados nesta semana também vem influenciando os papéis.  A agenda econômica de hoje está mais enxuta sem resultados, mas traz o PIB do Reino Unido no 1T24 e dados de inflação (PCA, INPC e INCC) de abril no Brasil. Hoje as bolsas da Europa abriram em alta e na Ásia o fechamento foi positivo seguindo a trajetória de NY no dia anterior.

Câmbio

O dólar voltou a subir (+0,99%) a R$ 5,1413 com o sinal de alerta vindo da reunião do Bando Central para as próximas reuniões do Copom.

Juros

Os contratos de juros futuros também reagiram negativamente ao à divisão apertada na decisão do Copom, mas que pode passar a ter o predomínio de técnicos do governo na virada deste ano. Com isso, a taxa para jan/25 foi de 10,218% para 10,268% e para jan/30 avançou de 11,431% para 11,583%.

Petróleo

Os contratos de petróleo voltaram a subir com WTI (Nymex) a US$ 9,62 o barril (+0,45) para junho e o Brent (ICE) para julho a US$ 83,88 o barril (+0,36%).


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Caixa Seguridade (CXSE3)

Resultado consistente no 1T24

A companhia registrou no 1T24 lucro líquido gerencial R$ 924 milhões (ROAE de 58,4%), alta de 12,7% em 12 meses. As receitas operacionais somaram R$ 1,2 bilhão (+15% em base anual. Aprovado a distribuição de dividendos de R$ 840 milhões (R$ 0,28/ação). Ex dia 02/08 e pagamento em 15/08 com retorno de 1,7%.


Sanepar (SAPR11)

Aumento de receita, melhor resultado operacional e redução da alavancagem

A Sanepar registrou lucro líquido de R$ 379 milhões no 1T24 (+19% s/1T23). A Receita Líquida cresceu 17% para R$ 1,7 bilhão. O EBITDA registrou alta de 17% somando R$ 774 milhões, com margem de 45,6%. Ao final de mar/24 sua dívida líquida era de R$ 4,5 bilhões (1,5x o EBITDA) ante 1,7x em mar/23.


Sabesp (SBSP3)

Bom crescimento de EBITDA ajustado no 1T24

A Taesa reportou no 1T24 lucro líquido regulatório de R$ 193 milhões (-10% em 12m), com EBITDA regulatório de R$ 485 milhões, queda de 7% e margem de 83,0%. A receita líquida regulatória totalizou R$ 584 milhões (-2% em base anual). Ao final de mar/24 sua dívida líquida era de R$ 8,8 bilhões (3,8x o EBITDA). A empresa pagará JCP de R$ 144,9 milhões (R$ 0,4206/Unit) em 27 de junho de 2024, com retorno líquido estimado de 1,0%. Ações ex a partir de 14 de maio.


CSN Mineração (CMIN3)

Lucro líquido de R$ 557,9 milhões no 1T24 (+8,17% s/ o 1T23)

A produção de minério de ferro cresceu 2% no 1T24/1T23 somando 9,15 Mt e as vendas aumentaram 6% para 9,145 Mt. A receita líquida evoluiu 22,2% para R$ 3,51 bilhões e o EBITDA ficou em R$ 1,123 bilhão (-44,0%).


CSN (CSNA3)

Prejuízo líquido de R$ 479,7 milhões no 1T24 (-41,7% s/ o 1T23)

A redução no prejuízo líquido ainda não aliviou a empresa que teve queda de 14,2% na receita líquida, somando R$ 9,71 bilhões com pressão de custos de produção e financeiro. O EBITDA recuou 39% no 1T24 a R$ 1,97 bilhão e as despesa financeira líquida somou R$ 1,13 bilhão (-5% s/ o 1T23.). Dívida líquida: R$ 33,4 bilhões (+9% s/ o 4T23 e alavancagem vai de 2,58x para 3,13x). A empresa pagará R$ 950 milhões em dividendos (R$ 0,716389666/ação) em 29/05, com base nas posições de 14/05 e ex-div em 15/maio. Retorno de 5,16%.


Suzano (SUZB3)

No 1T24, lucro líquido soma R$ 220 mm (-96% s/ o 1T23)

Mais uma vez o peso da variação cambial sobre a dívida e operações com derivativos derrubou o resultado da companhia. Houve queda também a receita líquida (16%) somando R$ 9,46 bilhões e no EBITDA (-26%) ficando em R$ 4,56 bilhões. Os preços médios caíram 14% na celulose (em dólar) e no papel (-5%) em reais. As despesas operacionais aumentaram acima da variação da receita.


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