Bolsa fecha em queda de 0,49% em movimento de realização com aumento do risco geopolítico

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MERCADO


Bolsa

A B3 registrou nesta segunda-feira, o quarto dia de realização consecutiva, em linha com o comportamento das bolsas americanas, Dow Jones (-0,65%), S&P (-1,20%) e Nasdaq (-1,79%) – pressionadas por geopolítica e alta dos Treasuries. Ao final o Ibovespa fechou em baixa de 0,49% a 125.334 pontos, com giro financeiro de R$ 27,4 bilhões, acumulando queda de 2,16% no mês e baixa de 6,60% em 2024. A agenda desta terça-feira (16/04)  no Brasil traz o IGP-10 de abril e o Relatório Focus pelo BC. Nos EUA destaque para os números do 1T24 do Bank Of America e do Morgan Stanley. Ainda nos EUA a participação do presidente do Fed em painel de economia do Canadá e o FMI divulga relatório com Projeções Econômicas dos países do mundo e do Brasil. Olhando o mercado, hoje mais cedo, as Bolsas na Ásia fecharam em baixa significativa, com tensão no Oriente Médio e dados econômicos mistos na China. Na mesma linha, bolsas europeias em queda com maior aversão ao risco devido às incertezas geopolíticas no Oriente Médio. Futuros americanos em leve queda. Já o petróleo era negociado em baixa com o Brent a US$ 89,73 (-0,37%) e o WTI a US$ 85,01 o barril (-0,40%). Os investidores estrangeiros retiraram R$ 645,0 milhões no dia 12/04, sexta-feira, acumulando saída de R$ 3,45 bilhões em abril e baixa de R$ 26,25 bilhões este ano. Os investidores reduzem posições em ativos de risco, de olho no acirramento das tensões geopolíticas no Oriente Médio, nas sinalizações do Fed quanto ao início da redução dos juros, e as questões políticas e fiscais no cenário doméstico.

Câmbio

O dólar encerrou nesta segunda-feira em alta de 1,31% a R$ 5,1853 refletindo o aumento da percepção do risco no mercado internacional e maior cautela frente às tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Juros

Os juros futuros operaram em alta ontem (15/04) reflexo da deterioração do cenário externo e fiscal no plano doméstico, após a confirmação da alteração da meta fiscal para 2025, ainda que a mudança já fosse esperada, e em meio a apreciação do dólar e aversão global aos ativos de risco. No fechamento do dia, a taxa dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,160%, de 10,066% no ajuste de sexta-feira, e ao DI para janeiro de 2026 subia de 10,21% para 10,44%. O DI para janeiro de 2029 era negociado a 11,35% de 11,07% no ajuste anterior.

Petróleo

Os preços do petróleo oscilaram entre queda e alta nesta segunda-feira, na expectativa de uma reação moderada por parte de Israel em oposição à ideia de um conflito mais ampliado; e/ou maior tensão no Oriente Médio. Ao final do dia o WTI (Nymex) para maio era negociado a US$ 86,06 (+0,65%) e o Brent (ICE) para junho a US$ 90,72 (+62% no dia).


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

PORTO (PSSA3)

Dados operacionais de fevereiro

A companhia divulgou ontem (15/04) seus dados operacionais referentes a fevereiro de 2024. Os prêmios no segmento Auto (Porto+Azul) cresceram 10,8% em 12 meses com 58,9% de sinistralidade ao final do mês (-5,8pp). A Porto segue líder em Auto com 28,6% de participação de mercado. No segmento Patrimonial + Transportes, os prêmios cresceram 14,3% em base de 12 meses com sinistralidade de 36,6% em fev/24. No segmento Vida, alta de 14,9% em prêmios (base anual) e sinistralidade de 33,5%. A empresa continua mostrando evolução melhor que o mercado no segmento Auto.


B3 S.A. (B3SA3)

Dados operacionais de março

A B3 registrou em março de 2024 um volume negociado total de ações de R$ 24.558 milhões, correspondente a queda de 7,2% em 12 meses e redução de 5,6% frente fev/24. O volume de Derivativos subiu 5,1% em 12 meses para 7.287 mil, com expressiva alta de 15,3% em base mensal. Ao final de mar/24 o nº de investidores (CPFs individuais) era de 5,09 milhões, com queda de 3,3% em 12 meses e alta de 0,6% em base mensal.


Boa Safra Sementes S.A. (SOJA3)

Aquisição de terreno para construção de CD em Mato Grosso

A Boa Safra Sementes celebrou compromisso para a aquisição de um terreno na cidade de Ribeirão Cascalheira, em Mato Grosso, por R$ 1,5 milhão. O imóvel será destinado para a construção de um novo Centro de Distribuição (CD). As obras já foram iniciadas e devem ser concluídas até agosto, quando está prevista a entrada em operação no novo centro. Esta aquisição está alinhada ao Plano de Expansão da companhia assegurando a qualidade do armazenamento das sementes para atender uma região com mais de 2 milhões de hectares.


MRV&Co (MRVE3)

Prévia operacional do 1T24

No 1T24, a MRV registrou aumento de 18,4% nas vendas líquidas somando R$ 2,13 bilhões contra R$ 1,80 bilhão no 1T23. A velocidade de vendas (VSO) cresceu de 22,0% no 1T23 para 33,1% no 1T24 e o ticket médio passou de R$ 218 mil para 248 mil no mesmo período comparativo. O VGV lançado atingiu R$ 1,59 bilhão (1,5x o valor do 1T23 que foi muito baixo. A empresa destaca melhora na margem bruta, o que poderá impactar positivamente os resultados do 1T24, mas com atenção para custo financeiro.


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