MERCADO
Bolsa
A semana abriu a semana com liquidez reduzida de R$ 17,3 bilhões (R$ 14,9 bilhões à vista), com ganho de 0,15% no Ibovespa a 129.609 pontos, com agenda carregada nestes últimos dias de fevereiro. Em NY os principais índices fecharam em queda, vindo de altas expressivas anteriormente e sustentando bom desempenho no mês. Ontem o Dow Jones caiu 0,16%, o &P 500 cedeu 0,38% e Nasdaq perdeu 0,13%. Hoje, as bolsas lá de fora operam em alta na Europa e na Ásia o fechamento foi também positivo. A agenda de hoje, traz, de nosso lado, o Relatório Focus, o IPCA-15 e dados setoriais da CNI. As prévias de inflação no Brasil e no exterior devem ditar o rumo do mercado neste final de fevereiro e dar sinalização para março. A temporada de resultados de 2023 mostrou até o momento, um equilíbrio entre resultados líquidos crescentes e em queda, mantendo a expectativa sobre o restante da safra de balanços até 15 de março.
Câmbio
O dólar (spot) fechou o dia com queda de 0,27% a R$ 4.9805 mantendo ganho de 0,5f1% no mês. Não há expectativa de variações significativas na moeda se mantido o cenário de acomodação dos indicadores principais.
Juros
Os contratos de juros futuros também seguem respeitando uma faixa estreita nestes primeiros meses do ano. Ontem o contrato de DI para jan/25 ficou em 10,000% e para jan/30 em 10,690%.
Petróleo
A commodity abriu a semana em alta com os contratos para abril mostrando o WTI( Nymex) a US$ 77,58 o barril (+1,42%) e o Brent (ICE) a US$ 82,56 (+1,15%).
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
BRF S.A. (BRFS3)
A BRF registrou lucro líquido de R$ 754 milhões revertendo o prejuízo de R$ 956 milhões no 4T22. O EBITDA ajustado foi de R$ 1,9 bilhão (alta de 76% em base anual). A alavancagem financeira terminou o trimestre em 2,0x reflexo do follow-on, do desempenho operacional e da disciplina financeira.
AES Brasil (AESB3)
Queda de lucro no 4T23 refletiu o resultado financeiro e maior alíquota efetiva de IR/CS
A companhia registrou lucro líquido de R$ 113 milhões no 4T23, queda de 18% em base anual, com destaque para a melhora operacional cujo EBITDA somou R$ 511 milhões (+42% em 12 meses) com margem de 52,5% (+5,2pp). Ao final de dez/23 sua alavancagem era de 5,3x. Atentar para dividendo de R$ 0,0746/ação a ser aprovado na AGO em 22/04 com retorno estimado de 0,7%.
Setor Imobiliário
Lançamentos caem 10,9% em 2023/2022
Dados da CBIC mostram queda de 10,9% nos lançamentos de 2023 comparados a 2022, embora o 4T23 tenha mostrado boa recuperação com lançamento de 85,470 unidades (20,7% sobre o 3T23). As vendas anuais caíram 1,4% somando 322,851 unidades, A expectativa do setor para 2024 é de recuperação dos lançamentos e vendas. Os números das incorporadoras listadas na B3 mostraram o peso do mercado e pressão de custos e de juros no acumulado de 9 meses. A cautela ainda predomina nas grandes empresas do setor e as expectativas mais otimistas têm ficado no MCMV com novas medidas do governo para a baixa renda.
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