Ibovespa fecha 2023 com ganho de 22,3% (134.185 pontos)

Ibovespa fecha 2023 com ganho de 22,3% (134.185 pontos)

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa fechou o ano com ganho de 22,28% com uma forte arrancada nos dois últimos meses, principalmente em novembro quando os investidores estrangeiros passaram a injetar recursos na bolsa. A euforia se estendeu para o mês de dezembro com a confirmação de aprovação da reforma tributária e alguns outros avanços importantes, que não garantem sucesso para o ano de 2024, mas que devem ser considerados.  Na sexta-feira (28) o Ibovespa fechou perto da estabilidade com recuo de 0,01% a 134.185 pontos e giro financeiro de R$ 17,3 bilhões (R$ 14,9 bilhões à vista). La fora, as bolsas também andaram bem no mês, motivadas pela expectativa de início de redução nos juros americanos no 1T23, antecipando movimentos. O ano calendário de bolsa encerrou ontem, restando hoje uma agenda fraca no exterior.  Nesta terça-feira, começa tudo de novo e retornam as avaliações e cenários para o novo ano. Com parlamentares em recesso, a pauta política já promete novos embates entre governo e Congresso. Vemos a bolsa bem precificada no fechamento do ano e altamente dependente do apetite de estrangeiros. No exterior a sinalização é de uma abertura positiva nos EUA e na Europa as bolsas avançam neste começo de dia com a divulgação, na zona do euro, de um PMI (Índice Gerente de Compras) melhor que o esperado. Os futuros de NY indicam alta para a abertura.

Câmbio

O dólar (mercado spot) fechou o ano cotado a R$ 4,8568 com alta de 0,49% no dia, mas recuo de 1,28% no mês e queda acumulada de 8,12% no ano. A moeda ficou bem abaixo das projeções de mercado no começo do ano e deve começar 2024 sem surpresas, salvo algum fato novo que surpreenda o mercado. Não há motivação de curto prazo para uma escalada da moeda.

Juros

Da mesma forma que o dólar, os juros futuros entraram numa faixa de acomodação e vêm andando perto da estabilidade nas últimas semanas. Neste caso também não há motivação para uma mudança de trajetória no curto prazo. O DI para já/25 fechou em 9,725% e para jan/30 em 10,260%.

Petróleo

As cotações do petróleo tiveram um fechamento mais pesado, com recuo nos últimos dias do ano, mas também deve ser visto como um movimento de mercado, já que as decisões recentes na Opep+ não indicavam alteração na estratégia dos grandes players. O WTI fechou com queda de 3,16|% a US$ 71,77 o barril para fev/24 e o Brent a US$ 78,39 o barril (-1,58%).


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

ENGIE Brasil Energia (EGIE3)

Alienação parcial na TAG

O Conselho de Administração da ENGIE aprovou a venda para o Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ), de 15% das ações da Transportadora Associada de Gás (TAG) de sua titularidade. O preço base foi de R$ 3,114 bilhões, em uma estrutura de porteira fechada (locked box), com as devidas correções monetárias até a data de fechamento, previsto para o final de janeiro de 2024. Com a transação, a ENGIE S.A. manterá 32,5% na TAG e a ENGIE Brasil Energia reduzirá a sua participação de 32,5% para 17,5%, permanecendo vinculada ao acordo de acionistas, enquanto o CDPQ atingirá 50% do capital da TAG. O Equity Value de R$ 20,8 bilhões para 100% da TAG considera dívida líquida de R$ 16,7 bilhões. A venda possibilita melhor alocação de capital nos segmentos de renováveis e transmissão de energia, em linha com a estratégia de crescimento da ENGIE. Cotada a R$ 45,33 a ação EGIE3 registrou alta de 28,2% em 2023.


Banco PINE S.A. (PINE4)

Ex JCP de R$ 0,2333/ação em 09/01/24

Conforme anunciado, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de JCP no montante bruto de R$ 42,75 milhões, equivalente a R$ 0,2333095229/ação. O crédito ocorrerá em 15 de janeiro de 2024 com base na posição acionária do dia 08 de janeiro de 2024. A partir de 09 de janeiro de 2024 as ações serão negociadas ex juros. O retorno líquido estimado é de 4,5%.


Natura&C0 (NTCO3)

Conclusão da venda da The Body Shop

No dia 29/12 a Natura divulgou fato relevante comunicando a conclusão da transação de venda da sua participação societária na The Body Shop para o grupo internacional de private equity, AURELIUS. A Natura enfatizou que transação fortalece seu objetivo de otimizar as operações e simplificar os negócios, além do foco na integração da Natura e da Avon na América Latina, o modelo de venda direta e a otimização da presença internacional da Avon. A rede The Body Shop foi comprada pela Natura em 2017, em um acordo de € 1 bilhão (algo como R$ 3,6 bilhões na época). A empresa já era dona naquele momento da rede australiana Aesop, comprada em 2012 por cerca de US$ 70 milhões (R$ 341 milhões). Os planos eram de montar uma grande operação internacional. A experiência, porém, não foi positiva. Neste ano, a Natura se desfez da Aesop, vendida para a L’Óreal por US$ 2,5 bilhões (R$ 12 bilhões) e da rede TBS.


Sequoia (SEQL3)

Assinatura para combinação de negócios com Grupo MOVE3

A Sequoia Logística e Transportes celebrou memorando de entendimentos vinculante com os atuais acionistas do Grupo MOVE3, JGB III Fundo de Investimento, Newfoundland Capital Management US, LLC e Newfoundland Iron Gestora de Recursos para combinação de negócios. A proposta é que a Sequoia incorpore o Grupo MOVE3 e os acionistas MOVE3 fiquem com participação relevante na companhia. A ação SEQL3 iniciou negociações na B3 em 06/10/20 a R$ 11,95 e fechou 29/12/23 a R$ 0,38. A empresa vem de seguidos prejuízos. Valor de mercado: R$ 133,7 milhões.


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