MERCADO
Bolsa
O Ibovespa vinha negativo até a véspera de fechamento, mas a puxada nos dois últimos pregões salvou a bolsa de mais uma queda após um agosto muito fraco. Na sexta-feira a alta foi de 0,72% e no mês (+0,71%). Destaque para a baixa liquidez na B3 em setembro e o afastamento de investidores estrangeiros que até o dia 27/09 haviam retirado R$ 1,1 bilhão da bolsa. Faltam atrativos para uma retomada consistente da bolsa. Alguns importantes setores da economia como siderurgia e varejo já adiantaram que o momento atual é negativo para as empresas, o que deverá refletir nos resultados à frente. No exterior, os problemas também se acumulam nas grandes economias. As bolsas de NY fecharam a sexta-feira com o Dow Jones e o S&P500 em baixa e o Nasdaq ligeiramente positivo, mas o mês de setembro foi negativo para os três mercados. (Dow Jones -3,50%, S&P 500 -4,87% e Nasdaq -5,81%). Na Europa, o mês foi também negativo para as principais bolsas, somente Londres fechou positivo. Hoje, as bolsas da Europa começaram o dia em queda, baixa também no fechamento da Ásia. A agenda desta segunda feira no exterior, tem como destaque a taxa de desemprego na zona do euro (agosto) e o índice gerente de compras (PMI) industrial nos EUA (setembro). Do nosso lado, saem o relatório Focus, dados do Caged (agosto) e a balança comercial de setembro.
Câmbio
A moeda americana fechou setembro em R$ 5.0325 com recuo de 0,02% no dia 29/09 e com alta de 1,95% na semana. Também neste caso, não há expectativa de alteração significativa no curso da moeda.
Juros
As taxas de juros futuros pouco se alteraram em setembro, operando em faixa estreita, acompanhando a tendência dos indicadores de inflação que seguem controlados e a política adotada pelo Banco Central para a taxa Selic, sem surpresas.
Petróleo
Os contratos de petróleo para novembro recuaram na sexta-feira, mas já começaram outubro do lado positivo. O WTI (Nymex) fechou setembro a US$ 90,79 o barril e o Brent a US$ 92,20. Hoje o WTI está cotado a US$ 91,52 (+0,80%) e o Brent a US$ 92,94 (+0,80%). As decisões da Arabia Saudita e da Rússia ditaram o rumo da commodity em setembro e devem continuar influenciando neste mês.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Sabesp (SBSP3)
Propostas de alterações nas condições dos contratos de concessão em vigor
Conforme disposto no Novo Marco Legal do Saneamento, o Estado de São Paulo, controlador da Sabesp, enviou Ofícios aos municípios operados pela companhia com propostas de alterações nas condições dos contratos de concessão em vigor. Dentre as alterações: (i) a antecipação do atingimento das metas de universalização até 2029; (ii) a extensão do prazo de duração do contrato de concessão para 2060; (iii) redução tarifária, com foco na população mais vulnerável; (iv) incremento na qualidade da prestação dos serviços; entre outros. A empresa reiterou que está ultimando as providências para envio do projeto de lei para obter autorização para a desestatização da Sabesp. Cotada a R$ 61,03 a ação SBSP3 registra alta de 9,8% este ano.
Eletrobras (ELET3)
Fechamento de Capital da Chesf
O Conselho de Administração aprovou o fechamento de capital da CHESF, em linha com seu Plano de Transformação, que visa a redução de custos, padronização de processos e plena integração da gestão das empresas do grupo. A consecução do fechamento de capital depende de aprovação dos debenturistas da companhia, prévia aprovação pela ANEEL e ao deferimento pela CVM. Cotada a R$ 36,89 a ação ELET3 registra queda de 11,8% este ano. O Preço Justo de R$ 52,00/ação mostra um potencial de alta de 41,0%.
Marfrig Global Foods S.A. (MRFG3)
Aquisição de participação relevante pelo controlador
A empresa comunicou na sexta-feira (29/09), que os acionistas controladores passaram a deter diretamente 593.108.980 ações ordinárias, o que representa participação de 61,78% do total das ações de emissão da companhia. A aquisição objetiva incrementar a participação acionária na Marfrig e não altera a atual composição do controle ou a estrutura administrativa atual. O Preço Justo de R$ 12,00/ação aponta para um potencial de alta de 68,3% em relação a cotação de R$ 7,13/ação.
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