MERCADO
Bolsa
Em dia de volume financeiro reduzido de R$ 17,7 bilhões (R$ 15,3 bilhões à vista) o Ibovespa fechou perto da estabilidade com queda de 0,08% aos 105.711 pontos. No mês, a queda é de 6,81%. O mercado aguardava a decisão do governo em relação à volta dos impostos sobre os combustíveis o que acabou acontecendo, prevalecendo a proposta do ministro Haddad. Nos EUA, dados de vendas de imóveis ajudaram as bolsas com o Dow Jones subindo 0,22%, o S&P500 (+0,31%) e o Nasdaq (+0,63%), em recuperação de perdas anteriores, mas sem firmeza. Na Europa, os mercados também subiram. O petróleo encerrou o dia em baixa com o os contratos para abril mostrando o WTI (Nymex) a US$ 75,68 o barril (0,84%) e o Brent (ICE) a US$ 82,44 o barril (-0,87%). A agenda de hoje traz o dado do PNAD de dezembro com o desemprego em nível ainda baixo e os dados do setor público consolidado de janeiro e também o relatório mensal de dívida (jan). No exterior destaque para o PIB do 4T22 na França, Austrália, Canadá além do índice de gerente de compras (PMI) na China. Hoje, último dia de fevereiro, os investidores já montam estratégias para março, que terá na 1ª quinzena um grande número de resultados divulgados por empresas, além da leitura de indicadores diante de decisões recentes para a economia doméstica. O dia começa com as bolsas da Europa em queda e alta no fechamento da Ásia.
Câmbio
O dia mais calmo nos mercados e sem pressão da decisão do governo para a tributação de combustíveis, deixou o dólar praticamente estável em relação à sexta-feira (+001%) a R$ 5,2012.
Juros
As taxas de juros futuros fecharam o dia em queda com a volta da cobrança de impostos sobre combustíveis. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 caiu de 13,46% para 13,37%, e o DI para jan/29 recuou de 13,40% para 13,21%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Marcopolo (POMO4)
Bom desempenho operacional e crescimento no resultado líquido
A Marcopolo registrou um bom resultado no ano, com crescimento de 39,0% nas vendas de ônibus e carrocerias no mercado interno em relação a 2021. As exportações cresceram 7,9%.
No ano, a produção consolidada atingiu 14,725 unidades (+31,9% sobre 2021) quando foram produzidas 11.230 unidades).
A companhia registrou uma receita liquida de R$ 5,42 bilhões em 2022, evolução de 54,9% sobre o ano anterior. O EBITDA cresceu 15,6% atingindo R$ 385,6 milhões. Em 2022 o lucro líquido foi de R$ 436,8 milhões, crescimento de 21,9% sobre 2021.
Dividendos – o Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos por conta do exercício de 2022, no valor total de R$ 86.515.255,50.
- Dividendos por ação: R$ 0,092
- Data de pagamento: 04 de abril de 2023
- Data limite com direito: 06/03 e ex-div no dia 07 de março.
- Com base na cotação da POMO4 no fechamento de ontem, R$ 3,03 o retorno será de 3,0%.
GPA (Pão de Açúcar) (PCAR3)
Resultado impactado por ajustes excepcionais
A empresa divulgou seus resultados do 4T22 e o acumulado do ano com diversos ajustes com o reconhecimento de elementos excepcionais que totalizaram R$ 956 milhões e que impactaram o resultado líquido consolidado.
A receita líquida consolidada do 4T22 somou R$ 11,9 bilhões, queda de 0,9% em relação ao 4T21 e o lucro bruto recuou 10,2%. O EBIT ficou negativo em R$ 114 milhões ante um resultado positivo de R$ 545 milhões no 4T21. O resultado líquido foi um prejuízo de R$ 1,0 bilhão impactado por ajustes das operações descontinuadas, afetando no resultado final em R$ 523 milhões. Mesmo assim o resultado antes dos ajustes foi negativo. O resultado líquido de 2022 o foi um prejuízo de R$ 172 milhões ante um lucro de R$ 802 milhões no ano anterior.
EDP Brasil (ENBR3)
Resultado líquido impactado por ajustes contábeis. Prejuízo de R$ 396,9 milhões no 4T22
A companhia encerrou o 4T22 com crescimento de 10,5% na receita líquida somando R$ 1,61 bilhão em relação ao 4T21, e alta de 16,3% no EBITDA, que atingiu R$ 1,56 bilhão. (EBITDA ajustado: R$ 1,10 bilhão).
O resultado líquido do 4T22 fechou negativo em R$ 396,9 milhões ante um lucro de R$ 809,0 milhões no 4T21. O prejuízo do 4T22 foi decorrente da contabilização da redução do valor recuperável de Pecém e o resultado ajustado foi positivo em R$ 353,7 milhões. Já o resultado líquido caiu 52,7% de R$ 2.16 bilhões para R$ 1,02 bilhão em 2022.
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