Ibovespa cai 1,47% e fecha a semana com desvalorização de 3,38%

Ibovespa cai 1,47% e fecha a semana com desvalorização de 3,38%

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa fechou a sexta-feira com queda de 1,47% aos 108.523 pontos, com giro financeiro de R$ 25,1 bilhões e R$ 21,5 bilhões à vista. A bolsa fechou a semana com queda de 3,38% e segue repercutindo os dados econômicos recentes. as expectativas em relação à economia global, avaliando também os primeiros passos do novo governo e, dividindo as atenções com a temporada de balanços que começa mais intensa nesta semana. A qualidade dos números deverá ditar o rumo do mercado. As bolsas ide Nova York encerraram a sexta-feira em baixa com a divulgação de dados mais fortes de geração de empregos no país, podendo afetar as decisões futuras de juros. O DJ caiu 0,38%, o S&P500 cedeu 1,04% e o Nasdaq perdeu 1,59%. Na Europa o dia foi de alta, mas a semana abre com os mercados em baixa mesmo rumo das bolsas asiáticas no fechamento. O petróleo também perdeu força na semana, com o contrato do WTI (Nymex) para março fechando a semana a US$ 73,39 o barril (-3,28%) no dia e o Brent (ICE) para abril a US$ 79,94 o barril (-2,71%).  A agenda doméstica vem fraca hoje, somente com o relatório Focus e a balança comercial semanal, aguardando dados importantes nos próximos dias. No exterior já saiu na Alemanha, o dado de encomendas na indústria em dez/22, em alta e na zona do euro, queda de 2,7% nas vendas do varejo. Bolsas seguem pesando lá fora.

Câmbio

O dólar teve dia de alta (1,78%), cotado a R$ 5,1333 no encerramento da sexta-feira, encerrando três sessões consecutivas de baixa. Na semana a moeda marcou alta de 0,47%.

Juros

O mercado mostra desconforto em relação às declarações do presidente Lula em relação à autonomia do Banco Central e metas de inflação. O assunto foi repetidamente explorado na semana passada e os mercados reagiram negativamente. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 saltou de 13,64% para 13,83%. As variações recentes vinham sendo moderadas. Para jan/29 a taxa foi de 12,97% para 13,33%, um mal sinal.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

B3 S.A. (B3SA3)

Conclusão da Aquisição da Datastock

A B3 concluiu na sexta-feira (3/02), após atendimento de todas as condições precedentes, a aquisição da totalidade das quotas representativas do capital social da Datastock Tecnologia e Serviços Ltda. (Datastock), empresa de tecnologia especializada em gestão de integração do estoque de lojas de veículos novos e usados.

O valor total a ser pago pela aquisição é de até R$ 80 milhões, sendo aproximadamente R$ 50 milhões à vista na data do fechamento da transação, e até R$ 30 milhões em earn-out em até 5 anos sujeito ao atingimento de determinadas metas.

A B3 reitera que a aquisição da Datastock é parte de sua estratégia no negócio de veículos e financiamentos, expandindo sua atuação a outros elos da cadeia de valor deste segmento, além de aumentar o mix e o potencial das soluções de dados & analytics.


Copel (CPLE6)

Mercado Fio da Copel Distribuição cresce 2,4% em 2022

O mercado fio da Copel Distribuição registrou queda de 0,5% no 4T22 para 8.017 GWh, com crescimento de 2,4% em 2022 acumulando 32.539 GWh.

Em 2022, destaque para o crescimento de 6,2% no segmento comercial e de 2,4% no segmento industrial. No segmento residencial o incremento foi de 1,8%.

O mercado fio da Copel Distribuição é composto pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e permissionárias dentro do Estado do Paraná e pela totalidade dos consumidores livres existentes na sua área de concessão.

O número de consumidores cresceu 1,7% em 12 meses, totalizando 5,0 milhões ao final de dezembro de 2022 com incremento de 5,1% no volume de energia vendida que totalizou 68.781 GWh no ano passado.


CCR (CCRO3)

Encerramento de contrato de concessão da Barcas S.A. (RJ)

Em fato relevante divulgado na sexta-feira (03), a companhia informou que celebrou  o Termo de Acordo para Encerramento de Contrato de Concessão do Serviço Público de Transporte Aquaviário de Passageiros, Reconhecimento de Obrigação de Indenização e Transição Operacional , no âmbito do Contrato de Concessão para Exploração de Serviços Públicos de Transporte Aquaviário de Passageiros, de 12 de fevereiro de 1998, entre sua controlada direta Barcas S/A. – Transportes Marítimos e o Estado do Rio de Janeiro.

O acordo garantirá a prestação do serviço à população até que o governo do Rio de Janeiro faça nova licitação, prevista para até 24 meses.

Na sexta-feira a ação CCRO3 encerrou cotada a R$ 11,25 com alta de 4,0% no ano.


Oi (OIBR3 e OIBR4)

Busca de proteção judicial após fim do processo de recuperação judicial é nova preocupação para investidores

A Oi entrou com pedido de tutela cautelar visando proteção judicial contra seus credores, preparando uma segunda recuperação judicial para dívidas que somam R$ 29 bilhões. No primeiro processo, em 2016 as dívidas somavam R$ 65 bilhões. A venda de ativos não foi o suficiente para organizar a empresa.

Os credores de uma dívida de R$ 600 milhões não aceitaram novo acordo para o pagamento de dívidas que somam R$ 600 milhões com prazo até o dia 05 (domingo). Nesse montante, estão US$ 82 milhões em juros referentes a um dos bonds, título de dívida emitido no exterior pela companhia. O não pagamento dos R$ 600 milhões levaria ao vencimento antecipado de toda a dívida da empresa.

A Oi corre o risco de sofre uma intervenção direta pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que significaria afastamento de toda a diretoria e a agência assumir o comando daquela que já foi uma das maiores empresas de telefonia do País.

A Agência Nacional de Telecomunicações determinou a constituição de um grupo de trabalho para acompanhar as condições operacionais e econômico-financeiras do Grupo Oi referentes ao plano de recuperação judicial atual ou outro que venha a ser aprovado. Na sexta-feira a ação OIBR3 encerrou cotada a R$ 1,59 (-6,5%) no ano e a OIBR4 a R$ 3,65 com perda de 28,4% no ano.


Se preferir, baixe em PDF:

Ibovespa cai 1,47% e fecha a semana com desvalorização de 3,38%

 

 

Análises Gráficas >>>


DISCLAIMER
Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Planner Corretora. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração (“analistas de investimento”) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 21 da Instrução CVM 598/18: O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo.

Open chat