Ibovespa fecha a sexta-feira com queda de 0,62%, mas tem semana positiva (+2,72%)

Ibovespa fecha a sexta-feira com queda de 0,62%, mas tem semana positiva (+2,72%)

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa passou por realização de lucros na sexta-feira, encerrando o dia com queda de 0,62% a 111.910 pontos e giro financeiro de R$ 36,9 bilhões (R$ 28,4 bilhões à vista). Na semana, o índice subiu 2,72%. O destaque negativo foi para as empresas de varejo, Magazine Luiza (-.7,06%, Natura (-6,48%) e Americanas ON (-6,15%). As ações da Petrobras também pesaram no dia ON -2,97%, PN -3,96%). As bolsas de Nova York que vinham em baixa, recuperaram parte das perdas na sexta-feira, após dias na expectativa em relação à reunião do Fed da quarta-feira e sob a tensão geopolítica no Leste Europeu e também diante do avanço de casos de Covid no mundo.  As bolsas internacionais abrem a semana em alta na Europa e com fechamento positivo também nos principais mercados asiáticos. A agenda econômica já trouxe índice de compras da indústria chinesa (PMI) em queda no mês de janeiro. Do lado doméstico, saiu agora cedo o Boletim Focus com as projeções para a economia e na sequência (amanhã e quarta-feira), a reunião do Copom para decidir a taxa Selic e decisão para juros também na 5ª feira na zona do euro e na Inglaterra, fechando a semana com os dados do payroll nos EUA, na sexta-feira.  A semana começa com o petróleo sustentando alta, com tipo Brent se aproximando de US$ 90 o barril nesta manhã e o WTI cotado a US$ 87,50. A demanda crescente pela commodity e a tensão no Leste Europeu devem sustentar os preços em nível elevado nas próximas semanas.  O minério de ferro, também vem de recuperação nas últimas semanas, mas com menos força.

Câmbio

O dólar encerrou a sexta-feira cotado a R$ 5,3811 com queda de 0,54% (R$ 5,4103 na quinta-feira). No mês, a moeda americana desvalorizou 3,42%.

Juros

Os juros futuros tiveram um dia de alta no fechamento da semana após incertezas sobre o mercado americano após a reunião do Federal Reserve. O juro do DI para jan/23 subiu de 12,233% para 12,245%. O DI para jan/27 foi de 11,327% na véspera a 11,325%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)

Reservas Provadas em 2021; Venda de ativos do Polo Potiguar e Desinvestimento do Polo Urucu

Reservas Provadas em 2021 segundo critério SEC. A Petrobras informou que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da SEC, resultaram em 9,88 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2021. Deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural.

Conforme destacado, em 2021 a Petrobras realizou a maior adição de reservas de sua história (1,97 bilhão de boe), resultando na reposição de 219% da produção desse ano, já considerando os desinvestimentos, resultados que evidenciam a trajetória de aprimoramento do sistema de gestão, com foco na maximização da geração de valor dos ativos.

O indicador R/P (relação entre as reservas provadas e a produção) aumentou para 11,0 anos.

Venda de ativos do Polo Potiguar por US$ 1,38 bilhão. O Conselho aprovou a venda da totalidade de sua participação (100%) em um conjunto de 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, juntamente à sua infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia Potiguar/RN, denominados conjuntamente de Polo Potiguar, para a empresa 3R Potiguar S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. (RRRP3).

O valor total da venda é de US$ 1,38 bilhão, sendo (a) US$ 110 milhões pagos na data de assinatura do contrato de compra e venda; (b) US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e (c) US$ 235 milhões que serão pagos em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de março de 2024.

Desinvestimento do Polo Urucu. A companhia informa que finalizou sem êxito as negociações junto à Eneva S.A. para venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões de produção terrestres, denominado Polo Urucu, localizado na Bacia de Solimões, no estado do Amazonas. A Petrobras avaliará as melhores alternativas para essas concessões.


Eletrobras (ELET3)

AIC Ressarcível da CERON (atual Energisa Rondônia)

O Conselho de Administração da Eletrobras deliberou pela aprovação do valor apurado do Ativo Imobilizado em Curso – AIC “ressarcível” da Ceron, atual Energisa Rondônia, no montante de R$ 121,03 milhões (base dez/2020).

Também foi aprovada a assinatura do Contrato de Ressarcimento do AIC a ser celebrado pela Eletrobras, distribuidora e Energisa.

Conforme definido no Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças, a Energisa Rondônia irá realizar o pagamento do valor apurado do AIC “ressarcível” em 60 parcelas, com o saldo devedor sendo corrigido por 111% da taxa Selic.


Marfrig (MRFG3)

Conselho aprova a participação da Marfrig no Follow On da BRF

O Conselho de Administração, por unanimidade, aprovou a participação da Marfrig, na qualidade de acionista, na Oferta Prioritária a ser realizada no âmbito da oferta pública de distribuição primária com esforços restritos de ações ordinárias de emissão da BRF, de modo a subscrever até o limite de sua participação societária no capital social da BRF S.A.

Lembrando que, nos termos da Instrução CVM 476, foi concedida prioridade de participação dos atuais acionistas da BRF para subscrição da oferta na proporção de suas respectivas participações no capital social. A Diretoria fica autorizada a efetuar reserva não condicionada a preço máximo por ação.


Cemig (CMIG4)

Renova formalizou aceitação da proposta da AES para a venda de ativos e direitos do Complexo Cordilheira dos Ventos

A Cemig informou que sua coligada, Renova Energia S.A. (RNEW11) divulgou, nesta quinta-feira (27/01), Fato Relevante formalizando a aceitação da proposta apresentada pela AES GF1 HOLDING S.A. (“AES”), para a alienação de determinados ativos e direitos do Complexo Cordilheira dos Ventos.

O Complexo Cordilheira dos Ventos é constituído dos projetos Facheiro II, Facheiro III e Labocó, localizados no Estado do Rio Grande do Norte, com capacidade de desenvolvimento eólico de 305MW. A Renova fará jus ainda a um earn out, caso a AES venha a implantar uma capacidade superior a 305MW nas áreas compreendidas no Projeto.


Oi (OIBR3 e OIBR4)

Reunião da Anatel marcada para esta segunda-feira pode decidir processo sobre venda de ativos da companhia

A reunião extraordinária da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiada na sexta-feira ficou marcada para esta segunda-feira, 31. A pauta é o processo de anuência prévia ao pedido da Claro, Telefônica (dona da Vivo) e TIM para a operação de venda de ativos móveis da operadora Oi, segregados em Unidade Produtiva Isolada (UPI).

A expectativa de uma decisão no processo, mexeu com os papéis da empresa na última semana, com a ação OIBR3 fechando cotada a R$ 1,04 (alta de 20,8% na semana e a OIBR4 cotada a R$ 1,66 com ganho de 13,7% na semana.


CCR (CCRO3)

Assinatura do contrato de concessão da Via Dutra por 30 anos

A CCR foi vencedora do leilão de concessão da Via Dutra realizado em outubro com o lance de R$ 1,7 bilhão e na sexta-feira informou que celebrou o contrato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O contrato prevê a prestação do serviço de exploração da infraestrutura e recuperação, operação, manutenção, monitoração, conservação, implantação de melhorias, ampliação de capacidade e manutenção do nível de serviço do Sistema Rodoviário Rio-São Paulo por 30 anos, com início previsto para 1º de março de 2022. Na sexta-feira a ação CCRO3 encerrou cotada a R$ 12,73 com alta de 9,8% no ano. A ação vem de perdas nos dois últimos anos (-26.3% em 2020 e -12.8% em 2021). A pandemia teve impacto direto sobre o fluxo rodoviário nos dois últimos anos.


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