Prezado Sr.(a),

Não há dúvidas que o mundo passa por momentos difíceis em vários países preocupados com suas democracias. Entretanto, também não há como se confundir a onda de conservadorismo que cresce no planeta com o autoritarismo, ou, o que se convencionou chamar, de “novo normal”. No Brasil não tem sido diferente, estamos sob um “novo normal”, mas as forças contrárias a esse movimento avassalador tendem, propositadamente, a confundir as duas coisas. Contra esses posicionamentos contamos com a solidez das Instituições.

A tônica de nosso “novo normal” tem sido o relacionamento do Executivo com os demais poderes, mas embora bastante friccionado, os resultados não têm sido ruins. As conquistas não têm sido poucas, e muito menos desimportantes. Diante disso, do estilo do presidente e das promessas desde a campanha, não devemos esperar mudança de curso. De toda sorte, joga para o lado do bem que os presidentes da Camara, do Senado e do STF, parecem estar alinhados (torcemos!) em um projeto maior reformista do Estado brasileiro.

Este potencial alinhamento é uma “vantagem” enorme conquistada, ainda que isso não garanta aprovações automáticas. Em verdade, não mesmo, sobretudo porque a maturação da necessidade da Reforma da Previdência aprovada foi muito maior que a que será com as próximas – não se pode contar como padrão. Assim, para nosso presidencialismo de coalisão neste “novo normal” não devemos esperar tranquilidade nos processos até efetivas aprovações. E aqui moram os perigos, pois cada uma das novas reformas é um desafio importante a se superar e acrescentar ao arcabouço de medidas para “completar” nosso dever de casa.

Entretanto, mesmo não tendo ainda retomado os investimentos, é inegável o novo momento que vivemos. A tradução clara e objetiva é que estamos no caminho certo. Sim, talvez um controle maior de declarações do presidente e seus filhos, diminuindo os ruídos políticos, pudessem impulsionar e acelerar ainda mais esse processo, mas a sociedade e as Instituições serão capazes de “podar” os excessos e preservar nossa democracia. Isso porque será fundamental a estabilidade político-institucional neste momento.

É chegada a hora da transformação do Estado. Nossa atual liberal-democracia tem tudo para deslanchar e melhor servir a ordem democrática. Os ventos sopram a favor, os mercados antecipam essa melhora potencial e, mesmo com ciclos desfasados no tempo em relação à economia com indicadores antecedentes ainda tímidos, a decolagem se apresenta. Na verdade, o que temos hoje é absoluto foco e congruência dos propósitos, sem qualquer ambivalência ou pusilanimidade de nossos governantes. Aos poucos, os resultados já estão aparecendo!

 

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