Primeiro pregão de maio foi de queda

MERCADO


Bolsa
O primeiro pregão de maio foi de queda (0,86%) no Ibovespa marcando 95.528 pontos, com giro financeiro de R$ 12,3 bilhões. Além dos ajustes técnicos em razão do feriado e do andamento da reforma da Previdência o mercado deu peso também para o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell sobre o ritmo da economia americana e a inflação no país. JP sinalizou que a redução dos juros americanos não deverá acontecer no curto prazo, ao afirmar que a inflação baixa nos EUA pode estar relacionada a fatores transitórios. Hoje a agenda econômica traz os dados de produção industrial no Brasil para o março com queda de 1,3% de no M/M e de 6,1% no A/A. e nos EUA os dados do payroll, (variação na folha de pagamentos) e a taxa de desemprego em abril, além de outros. Na zona do euro, o índice de preços ao produtor em março, com alta de 2,9% em 12 meses. As bolsas internacionais sobem na zona do euro, positivas também no fechamento da Ásia. Do lado doméstico, os resultados do Banco Itaú, IRB e outros, poderão influenciar no rumo do mercado que segue atento à pauta política.

Câmbio
A moeda americana voltou a subir ontem (1,19%) repercutindo principalmente o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell sobre o ritmo da economia americana. No fechamento a cotação ficou em R$ 3,9659 contra R$ 3,9190 no dia 30/04.

Juros
Os juros futuros fecharam estáveis ontem, sem notícias importantes para este mercado no dia. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 fechou em 6,510%, ante 6,501% na véspera. A taxa do DI para jan/25, passou de 8,752% para 8,76%.


 

 ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Itaú Unibanco (ITUB4)
Bom 1T19 em linha

O Itaú Unibanco registrou no 1T19 um lucro líquido recorrente de R$ 6,9 bilhões (ROAE de 23,6%) com crescimento de 7,1% em relação aos R$ 6,4 bilhões do 1T18 (ROAE de 22,2%). Mais um bom resultado, em linha com o mercado e 1,5% acima dos R$ 6,8 bilhões que estimávamos. Seguimos com recomendação de COMPRA e preço justo de R$ 43,00/ação.

  • Margem Financeira. Em base de doze meses a Margem Financeira registrou alta de 3,9% explicada pelo crescimento de 7,6% da Margem Financeira com clientes, puxada por incremento das carteiras de crédito de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas, melhor mix, mas com menor spread. Esta evolução mais que compensou a redução de 28,4% da Margem Financeira com o Mercado.
  • Custo de Crédito. Nesta base de comparação (12m) o custo do crédito permaneceu praticamente estável (0,4%) com o aumento das despesas de provisão sendo compensado pela redução do impairment de títulos privados no Banco de Atacado no Brasil; resultando no incremento de 4,9% da Margem Financeira Líquida.
  • Despesas não decorrentes de juros. As despesas não decorrentes juros cresceram 4,1% em doze meses, basicamente refletindo o impacto do acordo coletivo de trabalho em nossas despesas de pessoal, às maiores despesas administrativas e ao impacto da variação cambial em nossas despesas na América Latina (ex-Brasil). Comparando o 1T19 com o 1T18, destaque para  a redução de 5,0% das despesas não decorrentes de juros como resultado da despesa de pessoal sazonalmente menor no período e menores despesas com serviços de terceiros.
  • Receitas de Serviços e Resultado de Seguros. Nestas duas linhas o crescimento em doze meses foi de 1,1% com destaque para os crescimentos das receitas: (i) com administração de fundos devido ao aumento do saldo dos ativos sob administração e (ii) com assessoria econômico -financeira e corretagem, em função do impacto positivo do investimento na XP Investimentos. Esses efeitos positivos foram parcialmente compensados pela menor receita em adquirência, devido à maior concorrência nesse setor.
  • O Itaú Unibanco alterou algumas linhas do guidance que seguem sumarizadas. Esta revisão está relacionada “com a nova estratégia comercial de adquirência e com uma revisão rigorosa da estrutura de custos, além da revisão da expectativa do cenário macroeconômico para 2019”.

IRB Brasil RE S.A. (IRBR3)
Resultado do 1T19 em linha

O IRB Brasil registrou um lucro líquido de R$ 350,4 milhões no 1T19 (ROAE de 38%), com alta de 38% em relação aos R$ 254,0 milhões (ROAE de 30%) de igual trimestre do ano anterior, com a manutenção de sua estratégia de crescimento com foco na eficiência e rentabilidade.

  • O resultado trimestral em linha com o esperado pelo mercado e refletiu o crescimento dos prêmios, do resultado de Underwriting, da maior eficiência pela redução do índice de despesa administrativa, e do resultado financeiro e Patrimonial, em base de doze meses, e que compensaram o maior volume de sinistro retido.
  • Suas ações registram alta de 18,7% este ano e de 107,4% em doze meses, para R$ 96,50/ação (valor de mercado de R$ 30,1 bilhões) e P/L para 2019 de 19,2x.
  • Prêmio Emitido atingiu R$ 1,76 bilhão, com crescimento de 26% em relação ao mesmo período de 2018, com destaque para a alta de 46% no Exterior ante +13% no Brasil.
  • Resultado de Underwriting somou R$ 314,8 milhões, alta de 23% em doze meses, reflexo direto do aumento no volume total de prêmio emitido.
  • A Despesa Administrativa cresceu 4,3%, de R$ 49,9 milhões no 1T18 para R$ 52,1 milhões no 1T19. Ressalte-se, no entanto, que o índice de despesa administrativa melhorou um ponto percentual, alcançando 4,2% do prêmio ganho no 1T19 ante 5,3% no 1T18, reflexo do aumento de eficiência e de rentabilidade.
  • A rentabilidade da carteira global de ativos ficou em 129% do CDI, ante o desempenho de 143% do CDI registrado no primeiro trimestre de 2018. O saldo médio diário da carteira de investimentos financeiros durante o primeiro trimestre de 2019, excluindo a carteira de imóveis, totalizou R$ 7,3 bilhões.
  • Suas ações passam a compor o Ibovespa neste próximo quadrimestre (maio a agosto) com um peso de 0,793%.

Linx (LINX3)
Queda de 28,3% no lucro líquido ajustado do 1T19, somando R$ 13,5 milhões

A companhia registrou uma receita líquida de R$ 176,8 milhões contra R$ 158,1 milhões no 1T18, (+11,6). O bom desempenho de vendas foi parcialmente neutralizado pelo aumento de custos (+33,5%), derrubando a margem bruta de 71,6% no 1T18 para 66,1% no 1T19.

Já as despesas com vendas e marketing aumentaram 60,1% no período comparativo, de R$ 22,0 milhões no 1T18 para R$ 35,3 milhões no último trimestre.

A ação LINX3 encerrou ontem cotada a R$ 32,50 acumulando alta de 0,2% neste ano.


Odontoprev (ODPV3)
Lucro líquido cresce 18,9% no 1T19 para R$ 97,4 milhões

Mais um bom resultado da Odontoprev com expansão nas principais contas de resultado.

Principais destaques do 1T19/1T18:

  • Crescimento de 18,8% na receita líquida somando R$ 439,9 milhões no 1T19;
  • Evolução de 2,8% no tiquet médio de R$ 20,53 para R4 21,10;
  • Aumento de 13,9% no número de beneficiários, atingindo 7.219,8 mil usuários;
  • O EBITDA ajustado passou de R$ 106,3 milhões para R$ 171,4 milhões (+14,2%);
  • O caixa líquido aumentou de R$ 521,9 milhões para R$ 530,4 milhões no 1T19.

A Odontoprev pagará dividendos intercalares no valor de R$ 0,095290223 por ação, totalizando R$ 50.564.997,46.

  • Terão direito os acionistas em 07 de maio, inclusive. A partir de 08 de maio as ações serão negociadas ex-dividendos.

O pagamento ocorrerá no dia 16 do mesmo mês.


CCR (CCRO3)
Pagamento de dividendos

Em reunião realizada ontem, o Conselho de Administração da CCR aprovou o pagamento de dividendos no valor de R$ 600 milhões (R$ 0,2970297 por ação).

  • O pagamento será no dia 8 de maio, com base nas posições acionárias de 7/maio;
  • Este dividendo permitirá um retorno de 2,5% para os acionistas, considerando a cotação de CCRO3 no fechamento do pregão de ontem.

Vendas de veículos
Bom desempenho em abril

Segundo os dados fornecidos pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas no Brasil em abril atingiram 339,4 mil unidades, quantidade que foi 9,1% maior que no mesmo mês de 2018.

  • No acumulado dos primeiros quatro meses de 2019, as vendas somaram 1,2 milhão de unidades, montante 12,2% superior ao verificado no mesmo período do ano passado;
  • Estes dados positivos são bons indicadores para os resultados dos fabricantes de veículos e autopeças (Marcopolo, Randon e Tupy), sendo também importantes para as siderúrgicas (Usiminas, CSN e Gerdau), que tem no mercado interno suas melhores margens.

Klabin (KLBN11)
Resultados do 1T19 com melhoria operacional

A Klabin reportou ontem (02) seus resultados referentes ao 1T19, mostrando continuidade no processo de melhoria da rentabilidade, a despeito da queda do volume vendido de papéis. No negócio de celulose, a ausência de parada de manutenção (ocorrida no 1T18) contribuiu para o aumento de 13% a/a no volume de vendas.

No consolidado, a receita liquida da Klabin no 1T19 totalizou R$ 2,49 bilhões (+14% a/a), em função do aumento da receita de celulose e de maiores preços médios de venda.

A Klabin continua mostrando eficiência, reportando variação dos custos abaixo da inflação, refletindo no aumento de 3,4% a/a do custo caixa (excluindo o efeito parada no 1T18). Este resultado se deu pela  maior diluição dos custos fixos e compensada parcialmente pelo aumento do custo de fibras e de químicos. Como resultado, o EBITDA ajustado do 1T19 foi de R$ 1,0 bi (+32% a/a), com margem EBITDA de 40%.

Ontem a unit KLBN11 encerrou cotada a R$ 16,70 acumulando valorização de 5,3% em 2019. O valor de mercado da companhia é de R$ 19,0 bilhões e suas ações estão sendo negociadas a 2,89x o valor patrimonial.


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