MERCADO
Bolsa
Em dia de agenda vazia de indicadores, a bolsa não teve como buscar uma referência para evitar mais uma queda, fechando com baixa de 0,27% a 127.412 pontos e sem atrair fluxo de investidores com giro financeiro de R$ 19,7 bilhões (R$ 17,4 bilhões à vista). Na semana a queda é de 0,58%. Em NY os índices fecharam o dia positivos, embora também sem novidades para motivar os mercados. A partir de 28 de maio, o ciclo de liquidação das operações nos EUA passará de D+2 para D+1. Por aqui, sem notícias importantes, o mercado avalia a fala da presidente da Petrobrás sinalizando mudanças em posições da diretoria da empresa, retirando profissionais indicados no governo de Bolsonaro.
Câmbio
O dólar spot avançou 0,38% no fechamento de ontem a R$ 5,1233 com investidores mostrando cautela na expectativa de divulgação da ata da reunião do Fomc que aconteceu na semana passada. A ata não deverá trazer novidades, mas o assunto “juros americanos” não sai da pauta dos mercados.
Juros
As taxas dos contratos de DI para juros futuros fecharam o dia em queda para jan/25, de 10,375% para 10,356% e para jan/30 a taxa foi de 11,683% para 11,628%. Os indicadores mais recentes do lado doméstico tiraram pressão deste mercado que vem numa acomodação em faixa estreita nas últimas sessões. Nos EUA, os contratos dos Treasuries também fecharam em baixa com o juro da T-Note de 2 anos a 4,828% e a de T-Note de 10 anos a 4,411%. Na Europa, a presidente do BCE< Christine Lagarde vê a chance de corte nos juros nas próximas semanas.
Petróleo
Os contratos de petróleo voltaram a cair ontem, apesar de incertezas no mercado internacional com a morte do presidente, do Irã, importante produtor da commodity. O contrato do WTI (Nymex) para junho caiu 0,69% a US$ 79,26 o barril e para julho a cotação recuou 1,39% a US$ 82,55 o barril.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
XP Inc. (XPBR31)
Bom resultado no 1T24
A XP reportou um lucro líquido de R$ 1,03 bilhão no 1T24 (+29% em 12 meses) e ROAE de 20,7%. A receita bruta cresceu 28% para R$ 4,3 bilhões no trimestre e o lucro antes dos impostos (EBT) somou R$ 1,09 bilhão, com alta de 33% em relação ao 1T23. Um bom resultado com lucro e despesas dentro do guidance com destaque para o Índice de Eficiência de 36,5%, reflexo da disciplina no controle de custos.
BrasilAgro (AGRO3)
Arrendamento no Mato Grosso
A Brasil Agro celebrou contrato para a compra da Companhia Agrícola Novo Horizonte S.A., que, dentre outros ativos, possuí um contrato de arrendamento de 4.767 hectares úteis na região de Primavera do Leste, estado do Mato Grosso, dos quais 670 hectares são irrigados, com aptidão para produção de safra e safrinha de grãos e algodão. O prazo do arrendamento é de 16 anos, com preço médio de 13 sacas/ha. O valor da compra é de R$ 36,4 milhões e a transação está condicionada à aprovação do CADE, dentre outras condições suspensivas.
Minerva S.A. (BEEF3)
Uruguai não aprovou compra de ativos da Marfrig
A Coprodec – Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia, não autorizou a aquisição de 3 (três) estabelecimentos industriais de propriedade de controladas da Marfrig (MRFG3) no Uruguai, nos termos em que foi pleiteada. O preço de alienação dos ativos localizados no Uruguai totaliza R$ 675 milhões e a Minerva está avaliando os termos da decisão da Coprodec, que não é definitiva e segue sujeita a recurso tanto em sede administrativa quanto em sede judicial. Esta decisão não atinge a aquisição dos ativos no Brasil, Argentina e Chile.
Americanas (AMER3)
Em recuperação judicial, empresa aprova grupamento e aumento de capital de R$ 40,7 bilhões; Preço: R$ 1,30/ação
Em AGE realizadas ontem (21), a companhia, em recuperação judicial, aprovou aumento de capital de até R$ 40.733.620.278,00, desde que seja atingida a subscrição mínima de R$ 12.268.754.635,80. Quantidade mínima: 9.437.503.566 e máxima: 31.333.554.060. O preço de emissão de cada nova ação será de R$ 1,30. Aprovou também o grupamento da das ações ordinárias e bônus de subscrição, na proporção de 100:1.
Petrobras (PETR4)
Decisão tributária desfavorável
Nesta terça-feira (21/05) o STJ negou provimento ao recurso da companhia contra a cobrança de CIDE-Combustíveis, no valor de R$ 987 milhões, que envolve cumprimento de decisões judiciais liminares, deferidas em favor de empresas distribuidoras e postos de combustíveis, pelas quais a Petrobras foi impedida de reter a contribuição, incidente sobre a venda de derivados de petróleo, no período de mar/2002 a out/2003. A empresa estuda o cabimento de recurso contra a decisão e a cobrança do respectivo crédito tributário.
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