Bolsa começa a semana negativa (-0,48%) com cautela de investidores em relação aos fatos recentes

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MERCADO


Bolsa

O Ibovespa chegou a cair forte na parte da manhã, mas conseguiu recuperar no restante do dia fechando com queda de 0,48%, a 103.121 pontos, com giro financeiro de R$ 27,0 bilhões (R$ 18,5 bilhões à vista). A repercussão da quebra de dois bancos nos EUA foi mais pesada no começo do dia, depois o mercado absorveu o golpe, mas segue atento ao risco de outros casos e à expectativa em relação aos juros no Brasil e nos EUA. As bolsas de |NY tiveram queda moderada com o Dow Jones recuando 0,25% e o S&P 500 perdendo 0,15%, enquanto o Nasdaq fechou com alta de 0,45%. A agenda de hoje traz em destaque a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos e o relatório mensal da Opep, com a produção de petróleo. Na França sai a taxa de desemprego de janeiro e na China, as vendas no varejo e a produção industrial do 1º bimestre. São indicadores importantes que podem mexer com o humor dos mercados. O petróleo teve um dia ruim com os preços despencando. O WTI (Nymex) para abril cedeu 2,45% a US$ 74,80 o barril e o Brent (ICE) caiu 2,49% a US$ 80,77 o barril no contrato para maio.

Câmbio

O dólar teve dia de alta (0,64%) passando de R$ 5,2140 na sexta-feira para R$ 5,2473 ontem. Apesar do acúmulo de problemas, a moeda americana segue ainda operando numa faixa estreita de preço, nas últimas semanas. No mês, a alta é de 0,21%.

Juros

A semana abriu com forte queda nas taxas de juros futuros com o mercado dando peso para os eventos dos últimos dias nos EUA e aguardando decisões de juros no Brasil e nos EUA à frente. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,00%, de 13,15% no ajuste de sexta-feira e para jan/29 a taxa caiu de 12,64% para 12,48%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Direcional Engenharia (DIRR3)

Bom desempenho operacional e crescimento no lucro do 4T22 e no ano

A Direcional registrou bom desempenho operacional no 4T22 e no acumulado do ano. No 4T22, os lançamentos (parte Direcional) somaram R$ 896,1 milhões, aumento de 41,4% sobre o 4T21 e no ano o acumulado atingiu R$ 3,12 bilhões (+15,7% sobre 2021). As vendas contratadas totalizaram R$ 551,5 milhões no 4T22, aumento de 2,6% sobre o 4T21 e no ano foram R$ 2,42 bilhões, crescimento de 19,8% sobre 2021 (R$ 2,02 bilhões).

Destaques do 4T22/4T21 – A receita líquida cresceu 9,7% de R$ 487,0 milhões para R$ 534,0 milhões e a margem bruta teve um pequeno recuo de 36,5% para 35,7%, permanecendo em patamar elevado. O EBITDA ajustado aumentou 3,7% somando R$ 113,8 milhões no 4T22 (R$ 109,8 milhões no 4T21). O lucro líquido ajustado fechou o 4T22 em R$ 53,2 milhões, aumento de 4,5% sobre os R$ 50,9 milhões do 4T21.

No ano, o EBITDA aumentou 15,7% de R$ 378,2 milhões para R$ 437,7 milhões e o lucro líquido aumentou de 15,9 milhões para 205,6 milhões (+23,9%). Ontem, a ação DIRR3 encerrou cotada a R$ 16,14 com alta de 3,2% no ano.


Eletrobras (ELET3 e ELET6)

Queda de 36% no lucro líquido de 2022, somando R$ 3,64 bilhões

A Eletrobras encerrou 2022 com um lucro líquido de R$ 3,64 bilhões, queda de 36% em relação a 2021 (R$ 5,71 bilhões).

O resultado de 2022 foi impactado, negativamente pelos seguintes fatores:

  • Contabilização das despesas previstas para o Plano de demissão voluntária (PDV), realizado em dezembro de 2022, no montante de R$ 1,26 bilhão (adesão de 2.494 empregados, com 13 meses de pay back)
  • Pelo aumento de R$ 4,48 bilhões nas provisões para crédito de Liquidação duvidosa, que passaram de R$1, 03 bilhão em 2021 para R$ 5,02 bilhões em 2022
  • O resultado de 2022 também foi impactado, negativamente pela deflação ocorrida no período, que resultou em uma redução de R$ 1,68 bilhão nas receitas de transmissão, em especial a receita contratual (receita financeira) que são reajustadas por IPCA e IGPM, de acordo com o ano de competência, considerando os efeitos das regras contábeis aplicáveis (IFRS).

No 4T22, o prejuízo líquido foi de R$ 479 milhões comparado a um lucro líquido de R$ 610 milhões no 4T21.

A dívida da companhia somou R$ 34.8 bilhões no final de 2022 concentrada em debêntures (R$ 22,3 bilhões).

Ontem a ação ELET3 encerrou cotada a R$ 31,89 com queda de 24,3% no ano e a ELET6 fechou em R$ 33,82 com baixa de 21,8% no ano.


Natura&Co (NTCO3)

Prejuízo líquido de R$ 890,4 milhões no 4T22 e R$ 2,86 bilhões no ano

A companhia encerrou o 4T22 com receita líquida de R$ 10,4 bilhões, queda de 10,8% em relação ao 4T21 e no acumulado do ano a receita somou R$ 36,3 bilhões, recuo de 9,5% contra os R$ 40,2 bilhões de 2021.  A margem bruta permaneceu em nível elevado (63,8% no 4T22 e 63,8% no ano), um pouco abaixo dos períodos comparativos, mas bastante satisfatória.

O EBITDA ajustado do 4T22 foi de R$ 1,1 bilhão, queda de 29,0% em relação ao 4T21 e no ano o valor foi de R$ 3,16 bilhões (-23,7%) comparado aos R$ 4,14 bilhões do ano anterior.

O resultado líquido do 4T22 foi um prejuízo de R$ 890,4 milhões comparado ao lucro de R$ 895,5 milhões no 4T21. No ano o prejuízo líquido foi de R$ 2,86 bilhões ante um lucro líquido de R$ 1,04 bilhão em 2021.

A ação NTCO3 encerrou ontem cotada a R$ 14,81 com alta de 27,6% no ano.


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