Ibovespa começa março com queda de 0,52% marcando 104,4 mil pontos

Ibovespa começa março com queda de 0,52% marcando 104,4 mil pontos

MERCADO


Bolsa

Após um fevereiro bastante negativo para a bolsa, o primeiro pregão de março mostrou que a cautela de investidores na renda variável pode prevalecer diante de um cenário econômico sem expectativa de melhora no curto prazo. No fechamento o Ibovespa marcou queda de 0,52% aos 104.385 pontos, com giro financeiro de R$ 32,9 bilhões (R$ 28,1 bilhões à vista). Destaque no dia para as siderúrgicas e Vale na ponta de alta. A divulgação do PMI -Índice Gerente de Compras em diferentes países, mostrou crescimento, principalmente na China e EUA, chamando novamente a atenção para o dilema “juros x inflação”.  No exterior, as bolsas de NY também seguem sem uma referência para recuperar das quedas recentes e fechou com pequena alta no Dow Jones (+0,02%), mas com o S&P500 e o Nasdaq em baixa de 0,17% e 0,47% respectivamente. Na Europa o predomínio foi também de queda, sob a mesma justificativa, de que as economias não deverão reagir no curto prazo. O petróleo WTI (Nymex) para abril fechou em alta de 0,83% a US$ 77,69 o barril e o Brent (ICE) para maio, fechou em alta de 1,03% a US$ 84,31 o barril. Neste começo de 5ª feira, as cotações estão em baixa nos dois mercados. Nas bolsas, o dia começa com baixa na Europa e o fechamento da ´Ásia foi também negativo. A agenda econômica traz o IPC-Fipe e o IPC-S Capitais de fevereiro e o PIB do 4T22.  Saem também as vendas de veículos (Fenabrave).  No exterior, destaque para a taxa de desemprego na zona do euro (jan) e o CPI (índice de preços ao consumidor (fev-preliminar). Saem indicadores importantes também na China, após o fechamento de nosso mercado.

Câmbio

O dólar encerrou a quarta-feira em queda de 1,06% a R$ 5,1808 acumulada baixa de 0,38% na semana.

Juros

O mercado de juros deu uma acomodada na ponta mais curta depois da alta do dia anterior assimilando a decisão sobre os impostos de combustíveis e dados divulgados no exterior. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/24 caiu de 13,37& para 13,29%, e a do DI para jan/29 avançou de 13,24% para 13,38%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)

Lucro líquido atinge R$ 43,3 bilhões no 4T22 (+37,6% s/ o 4T21) e acumula R$ 188,3 bilhões no ano (+76,6%)

A Petrobras encerrou o 4T22 e o ano com forte crescimento nas principais contas de resultado, com evolução de 18,2% na receita de vendas do trimestre 41,7% na comparação anual. O crescimento da receita líquida reflete principalmente a alta de 43% do Brent em relação a 2021 e por maiores preços de derivados e gás natural em um ano de continuidade da retomada da demanda mundial e com oferta impactada pela guerra da Ucrânia. A receita com exportações também teve crescimento expressivo no 4T22 e no acumulado do ano.

O EBITDA ajustado cresceu 16,4% na base trimestral e 21,8% no ano, acumulando R$ 340,5 bilhões em 12 meses. A dívida líquida em dólares, recuou 12,8%, de US$ 47,6 bilhões em 2021 para US$ 41,5 bilhões em dez/22.

Dividendos – Os fortes resultados gerados se traduziram em retornos também para os nossos acionistas. O Conselho de Administração aprovou dividendos de R$ 2,751 por ação ordinária e preferencial, relativos ao resultado do 4T22. Serão distribuídos R$ 35 bilhões aos acionistas. A proposta será encaminhada à Assembleia Geral de Acionistas prevista para 27 de abril.

O pagamento será realizado em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho deste ano.

  • 1ª parcela: R$ 1,37286684 em 19 de maio/23.
  • 2ª parcela: R$ 1,37286684 em 16 de junho/23.

Ontem a ação PETR4 encerrou cotada a R$ 25,30 com alta de 3,3% no ano. Com base nesta cotação o retorno dos dividendos será de 10,9%.


C&A Modas (CEAB3)

Lucro líquido cresce 37,9% no 4T22 somando R$ 212,9 milhões. No ano o resultado ficou perto de zero

No 4T22 a empresa mostrou evolução de 4,7% na receita líquida, atingindo R$ 1,95 bilhão contra R$ 1,86 bilhão no 4T21 e no acumulado do ano, a receita foi de R$ 6.18 bilhões (+20,0%). O crescimento observado foi devido principalmente ao bom desempenho do vestuário durante o ano – com destaque para o 2T22, e ao C&A Pay no 4T22. A margem bruta aumentou de 48,3% para 51,7% no comparativo trimestral em no ano subiu de 46,5% para 50,2%, um ponto positivo diante de período mais desafiador para o varejo.

O EBITDA ajustado somou R$ 364,3 milhões no final do 4T22, aumento de 20,1% e no ano a evolução foi de 66,5% atingindo R$ 750,1 milhões.

A ação CEAB3 encerrou ontem cotada a R$ 1,94 com queda de 15,3% neste ano. Em 2022 a perda foi de 52,8%.


Marfrig (MRFG3)

Prejuízo líquido de R$ 628 milhões no 4T22 e lucro líquido de R$ 4,17 bilhões no ano

A Marfrig encerrou o 4T22 com prejuízo líquido de R$ 628 milhões, comparado a um lucro de R$ 650 milhões no 4T21. No ano, o resultado final foi um lucro de R$ 4,17 bilhões, queda de 0,1% em relação ao 2021. Pesou sobre o resultado do 4T22 o aumento das despesas operacionais, passando de R$ 1,27 bilhão no 4T21 para R$ 3,59 bilhões no 4T22, com impacto maior nas despesas comerciais. Este aumento reflete a consolidação do resultado da BRF e seu perfil de maiores despesas comerciais e gastos com marketing.

O EBITDA consolidado do 4T22 ficou em R$ 2,23 bilhões, queda de 46,8% em relação ao 4T21 e no ano o EBITDA totalizou R$ 17,7 bilhões, com redução de 12,3% no ano. O pior desempenho do EBITDA se deu nas operações na América do Norte, menor em 81%.

A empresa encerrou o ano com uma dívida líquida de R$ 38,7 bilhões, aumento de 76,4% em relação ao final de 2021, com a alavancagem subindo de 1,51x o EBITDA 12 meses para 2,99x.

Ontem a ação MRFG3 encerrou cotada a R$ 6,57 com queda de 24,5% no ano.


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