Ibovespa sobe 1,91% descolado das bolsas internacionais e marca 114,1 mil pontos

Ibovespa sobe 1,91% descolado das bolsas internacionais e marca 114,1 mil pontos

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa segue descolado das bolsas lá de fora, marcando mais uma alta expressiva de 1,91% aos 114.070 pontos, enquanto as bolsas de Nova York refletem a cautela de investidores inseguros em relação aos próximos passos da economia do país. Os três índices caíram no dia. Dow Jones (-0,35%), o S&P 500 (-0,84%) e o Nasdaq (-1,37%). O giro financeiro no Brasil foi de R$ 33,7 bilhões (R$ 26,4 bilhões à vista), com aumento do fluxo estrangeiro nos últimos dias. A agenda desta sexta-feira traz o IPC-S da 3ª quadrissemana de setembro e a divulgação das prévias dos índices de gerentes de compras (PMIs) dos Estados Unidos (industrial) zona do euro, (serviços) e na Alemanha e Espanha o índice composto. Tem ainda a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Hoje, as bolsas internacionais mostram queda no fechamento da Ásia e cedem também na Europa, neste começo de dia. O dia começa com queda também nos contratos de petróleo para nov/22 com o WTI (Nymex) a US$ 81,63 (-2,23%) e o Brent (ICE) a US$ 81,67 (-1,98%). As principais commodities metálicas (ouro, prata, cobre e platina) também oparam em baixa. O minério de ferro, mostrou recuperação nos últimos dias, cotado a US$ 107,00/ton, após uma longa trajetória de baixa até 17/09. Esta recuperação tem ajudado as cotações das empresas do setor.

Câmbio

Sem pressão do lado da economia doméstica, o dólar recuou 1,09% de R$ 5,1728 para R$ 5,1163 no fechamento de ontem.

Juros

Sem considerar eventuais surpresas na economia, no curto prazo, os juros futuros seguem desenhando sua trajetória numa faixa estreita. Ontem a taxa do contrato de DI para jan/23 passou de 13,736% para 13,675% e para jan/27, recuou de 11,363% para 11,185%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Equatorial Energia S.A. (EQTL3)

Aquisição da CELG-D

Foi celebrado em 23 de setembro de 2022 o Contrato de aquisição da Celg Distribuição S.A. – Celg-D pela Equatorial Participações e Investimentos S.A., uma sociedade controlada pela companhia.

Nos termos do Contrato de Compra e Venda, a Equatorial como compradora e a Enel Brasil S.A., na qualidade de vendedora, acordaram, a aquisição pela companhia de 282.965.232 ações ordinárias, representando 99,964% do capital social votante da Celg-D.

A Equatorial pagará à Enel o valor de R$ 1,575 bilhão, sujeito a correção pelo CDI desde a data base de 31 de março de 2022 até a data do fechamento.

Poderá haver ajustes positivos ou negativos decorrentes de variação do endividamento líquido e ativos líquidos. O Preço de aquisição poderá ainda ser acrescido de earn-out em função de pagamentos e recebimentos de contingências.

A conclusão da Operação está sujeita a determinadas condições precedentes, dentre elas à aprovação do Cade e da Aneel.

Adicionalmente, o Contrato de Compra e Venda prevê a reestruturação dos empréstimos existentes entre a Celg-D e a Enel e outras sociedades do seu grupo econômico, no valor de R$ 5,717 bilhões, na data base.

Nos termos de referida reestruturação, a Celg-D obrigou-se a pagar os empréstimos no prazo de até 12 (doze) meses após o fechamento da Operação.


WIZ S.A. (WIZS3)

Processo Amortização Fiscal de Ágio

O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) apreciou o Recurso Voluntário interposto, pela WIZ, e deu provimento, a fim de anular o auto de infração, desconstituindo todos os créditos tributários anteriormente apontados.

No Processo, havia o entendimento que a companhia teria indevidamente realizado amortizações fiscais de ágio gerado por reestruturações societárias por meio de empresas-veículo e incorporações.

A suposta infração gerou uma autuação no valor histórico de R$ 58,5 milhões. Na data do julgamento, em 22 de setembro de 2022, o valor corrigido do auto de infração somava de R$ 69,3 milhões.

A Wiz demonstrou que as reestruturações societárias efetivamente ocorreram, não tendo sido utilizadas empresas-veículo com o intuito de gerar ágio a ser amortizado.

O Processo está refletido nas Demonstrações Financeiras e no Formulário de Referência. Atentar que esta decisão pode ser objeto de recurso para a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF).


Lojas Renner (LREN3)

Aprovação de R$ 160,2 milhões em JCP (R$ 0,174/ação). Ex-JCP em 28/09

O conselho de administração da Lojas Renner aprovou a distribuição de R$ 169,280 milhões em juros sobre capital próprio (JCP).

O montante corresponde a R$ 0,174656 por ação.

  • Data limite com direito ao JCP: 27/09
  • Data ex-JCP: 28/09
  • Pagamento: A partir de 06/outubro

Ontem a ação LREN3 encerrou cotada a R$ 28,45 com ganho de 17,9% no ano. Com base nesta cotação o retorno para os acionistas será de 0,61%.


Multiplan (MULT3)

Aprovação de R$ 100 milhões em JCP (R$ 0,17/ação). Ex-JCP em 28/09

O conselho de Administração da Multiplan aprovou a distribuição de R$ 100,0 milhões sob a forma de juros sobre o capital próprio.

Valor por ação: R$ 0,17070192096 (Valor líquido: R$ 0,1451/ação)

Data limite com direito ao JCP: 27/09

Data ex-JCP: 28/08.

Data para pagamento: Até 29/set/2023

Ontem a ação MULT3 encerrou cotada a R$ 24,89 com alta de 34,4% no ano.

Com base nesta cotação o JCP representa um retorno de 0,69%.


Movida (MOVI3)

Aprovada a 9ª emissão de debêntures no valor de R$ 1.0 bilhão

O conselho de administração da Movida aprovou a realização da 9ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória, em série única, no valor de R$ 1 bilhão, para distribuição pública, com esforços restritos.Quantidade a ser emitida: 1.000.000 de debêntures

Valor nominal unitário: R$ 1.000 e

Prazo de vencimento: 5 anos.Remuneração: Variação do CDI + 2,95% ao ano.

Destinação dos recursos: Gestão ordinária dos negócios da companhia, incluindo capital de giro e aquisição de frota.

No final de jun/22 a dívida líquida da Movida era de R$ 9,93 bilhões (R$ 15,65 bilhões a dívida bruta), com alavancagem (Dívida liq/EBITDA 12M) de 3,0x e 3,0x a relação com o patrimônio líquido.

O cronograma de amortização está mais concentrado nos próximos 4 anos (R$ 6,37 bilhões), conforme os dados do 1º semestre.


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