MERCADO
Bolsa
O Ibovespa voltou a cair ontem (0,64%) marcando 126.139 pontos, mais uma vez com giro financeiro fraco de R$ 17,1 bilhões (R$ 14,5 bilhões à vista). Na véspera da decisão sobre juros no Brasil e nos EUA, sem expectativa de mudança nas taxas atuais nos dois países, o mercado busca referência em outros acontecimentos para justificar movimentos de curto prazo. A agenda econômica carregada de dados para hoje e o reflexo de balanços divulgados no Brasil e no exterior, devem ditar o comportamento dos mercados, além de desdobramentos de conflitos e guerras em andamento no exterior. Os investidores estrangeiros entraram com R$ 238,8 milhões na B3 no dia 29/07, acumulando saldo positivo de R$ 3,64 bilhões em julho e os investidores institucionais retiraram R$ 664,0 milhões no dia (saída de R$ 6,1 bilhões no mês). Hoje as bolsas da Ásia fecharam em alta após o Banco do Japão (BoJ) elevar a taxa de juros pela segunda vez em cinco meses e no aguardo da decisão de juros nos EUA. No mercado de commodities, o minério de ferro segue sem força para avançar, sob influência do mercado chinês. No fechamento, queda de 0,13% na bolsa de Dalian com a tonelada cotada a US$ 105,91. Na Europa, as bolsas começaram o dia em alta.
Câmbio
O dólar spot fechou o dia com baixa de 0,04% a R$ 5,6139 com ganho de 0,35% no mês e 15,59% acumulados no ano.
Juros
Os contratos de juros futuros reduziram ontem com a taxa para jan/25 indo de 12,206% para 12,134% e para jan/25 de 10,735% para 10,718%.
Petróleo
Os contratos de petróleo para setembro caíram mais forte novamente com o WTI (Nymex) a US$ 74,73 o barril (-1,42%) e Brent (ICE) a US$ 79,13 o barril com recuo de 0,81%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Weg S.A. (WEGE3)
Resultado consistente no 2T24 e distribuição de dividendos
A Weg registrou no 2T24 lucro líquido de R$ 1,4 bilhão (+5% em 12 meses); EBITDA de R$ 2,1 bilhões (+16% em base anual) com margem de 22,9% (+0,5pp) e retorno sobre o capital investido (ROIC) de 37,4% (+3,0pp em 12 meses). Mais um resultado consistente, com crescimento da margem operacional e do retorno sobre o capital investido, e que refletiu a boa dinâmica dos negócios de ciclo longo e estabilidade da atividade industrial nos mercados de sua atuação. A receita líquida cresceu 14% para R$ 9,3 bilhões. Ao final de junho de 2024 a empresa era aplicadora de caixa de R$ 3,0 bilhões. O Conselho aprovou a distribuição de dividendos intermediários de R$ 787 milhões (R$ 0,1875/ação) com pagamento em 14/8. Ações ex em 5/8 com retorno estimado de 0,4%.
Tim Participações (TIMS3)
No 2T24, lucro líquido normalizado de R$ 781 milhões (+22,5% s/ o 2T23. No 1S24, lucro de R$ 1,30 bilhão (+21,0%)
A Tim encerrou o 2T24 com bom desempenho operacional, aumento de 1,2% na base móvel somando 61,99 milhões de usuários móveis, com 23.7% de market share. A receita líquida do 2T24 somou R$ 6,30 bilhões (+7,5% s/ 2T23) e no ano atingiu 12,40 bilhões (+7,8%), concentrada no serviço móvel gerado pelo cliente. O EBITDA cresceu 8,8% no 2T24 a R$ 3,15 bilhões acumulando R$ 6,04 bilhões no 1S24 (+104%). A dívida líquida somou R$ 12,9 bilhões no final de junho, com baixa alavancagem de 1,0x. lembrando que a quase totalidade desta dívida se refere ao arrendamento de ativos.
Intelbras (INTB3)
No 2T24, lucro líquido de R$ 117,6 milhões (-0,4% s/ o 2T23) e no 1S24 o resultado foi de R$ 271,5 milhões (+9,0% s/ o 1S23)
No 2T24 a receita líquida somou R$ 1,19 bilhão, aumento de 22,1% e lucro bruto de 372,9 milhões com margem de 31,5% abaixo dos 34,4% do 2T23. O EBITDA cresceu 15,6% no 2T24 a R$ 159,3 milhões. O lucro atingiu R$ 117,6 milhões 0,4% abaixo dos R$ 118,0 milhões do 2T23 e 23,6% menor que o resultado do 1T24 de R$ 153,9 milhões. O ROIC (pre-tax) fechou em 22,7% ante 24,9% no 2T23. O menor lucro em relação ao trimestre anterior, reflete o impacto da variação cambial relevante. A empresa encerrou junho com caixa líquido de R$ 1,25 bilhão.
3R Petroleum Óleo e Gás S.A. (RRRP3)
Crescimento de produção e maior resultado operacional
A companhia encerrou o 2T24 com prejuízo líquido de R$ 363 milhões, revertendo o lucro de R$ 79,4 milhões reportado no 2T23. O EBITDA ajustado somou R$ 850 milhões (margem de 33,0%), com receita líquida R$ 2,6 bilhões. O resultado financeiro líquido no 2T24 foi negativo em R$ 1,125 bilhão e explica o prejuízo no trimestre. Destaque para incorporações da Enauta e da Maha Holding com condições precedentes atingidas e em fase de conclusão. Ao final de junho/24 sua dívida líquida consolidada era de R$8,2 bilhões, equivalente a 2,8x o EBITDA ajustado.
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