MERCADO
Bolsa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira com ganho de 0,19% aos 127.860 pontos, com giro financeiro fraco de R$ 17,1 bilhões (R$ 14,2 bilhões à vista), sustentando bom desempenho no mês (+3,19%) diante de um cenário de curto prazo carregado de incertezas e com desafios importantes para a economia concentrados no orçamento fiscal e agora, na expectativa dos resultados corporativos do 1º semestre que dependendo da qualidade dos números deve influenciar o rumo dos mercados. A agenda de hoje traz balanços de grandes corporações nos EUA (Coca-Cola, GM, Alphabet, Visa e Tesla). No exterior, as bolsas da Europa e de NY tiveram boa recuperação ontem, vindo de quedas na sexta-feira e hoje a abertura na Europa foi positiva na expectativa de balanços do 2T24 e com atenção à política nos EUA. Os investidores estrangeiros que registraram retiradas líquidas da B3 durante o 1º semestre, voltaram firmes à B3 em julho, acumulando entrada de R$ 6,55 bilhões até o dia 19. No dia o saldo de estrangeiro foi positivo em R$ 1,97 bilhão e na contramão os investidores institucionais seguem retirando recursos (R$ 6,92 bilhões em julho).
Câmbio
O dólar fechou o dia com queda de 0,38% a R$ 5,5761 (mercado spot), mas segue indicando cautela de investidores em relação a ativos de risco. No ano, moeda americana acumula alta de 14,81% em relação ao real.
Juros
Os contratos de juros futuros para jan/25 fecharam praticamente estáveis de 10,681% para 10,661% e para jan/30 a taxa do DI recuou de 12,087% para 12,008%.
Petróleo
O petróleo perdeu força nas últimas semanas, apesar dos estoques americanos divulgados na semana anterior ter mostrado redução de volume e a demanda seguir forte. Ontem o WTI (Nymex) para agosto fechou a US$ 79,78 o barril (-0,44%) e o Brent (ICE) para setembro marcou US$ 82,26 (-0,45%).
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Energisa (ENGI11)
Consumo de energia cresceu 4,5% em junho na comparação anual
A Energisa registrou em junho de 2024 consumo consolidado de energia elétrica, considerando o mercado cativo e livre, de 3.113 GWh, um aumento de 4.5% em relação a junho/23. Desconsiderando a energia não-faturada, que sazonalmente é negativa no mês, a evolução do consumo foi de 8,4%. No mês, a classe residencial (+9,7%) foi a principal contribuição para o resultado, motivada por temperaturas mais elevadas sobretudo no Centro Sul, seguida pela industrial (+9,4%) e comercial (+7,2%). No acumulado dos 6M24 o consumo consolidado alcançou 20.832 GWh (+10,9% em 12 meses), com destaque para a classes residencial e industrial, que foram responsáveis por 72% do crescimento do consumo.
Carrefour Brasil (CRFB3)
Reversão de prejuízo para lucro de R$ 330 milhões no 1S24
O lucro Líquido dos controladores, passou de um prejuízo de R$ 249 milhões no 2T23 para lucro de R$ 330 milhões em jun/24 e no acumulado do ano foi de R$ 362 milhões negativos para um ganho de R$ 369 milhões. No ajustado, o resultado semestral passou de prejuízo de R$ 346 milhões para um lucro de R$ 202 milhões. A dívida líquida aumentou em R$ 2,2 bilhões, de R$ 13,1 bilhões em jun/23 para R$ 15,3 bilhões em jun/24 com alavancagem de 3,2x. O fluxo de caixa livre reduziu 9,8% em 12 meses, fechando junho em R$ 2,15 bilhões. Os investimentos somaram R$ 524 milhões no 2T24 sendo R$ 267 milhões para expansão e R$ 257 milhões em manutenção, TI e outros. As vendas líquidas somaram R$ 52,9 bilhões no 1S24, (+5,0%) e a margem bruta fechou em 19,5% e o EBITDA teve bom crescimento (27,3%) atingindo R$ 3,0 bilhões.
Hapvida (HAPV3)
Entendimentos com a Riza para operação de Build to Suit
A companhia celebrou memorando de entendimentos com a Riza Gestora de Recursos Ltda (Riza) para o custeio de dois novos hospitais na modalidade Build to Suit (BTS e Transação, respectivamente). Os imóveis, nas cidades do RJ e de SP, se encontram em fase final de negociação. Valor total da operação: R$ 600 milhões, sendo R$ 300 milhões para aquisição dos terrenos e R$ 300 milhões a serem captados pela Riza no regime de melhores esforços, para o desenvolvimento integral das obras dos BTS.
Embraer (EMBR3)
Acordo para venda de 9 aeronvaes C-390 para Holanda e Áustria
O Ministério da Defesa da Holanda assinou contrato para a compra de nove aeronaves C-390 Millennium da Embraer. O contrato é uma compra conjunta com a Áustria – cinco aeronaves serão para a Força Aérea Real Holandesa e quatro para a Força Área Austríaca. O C-390 pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe. Ontem a ação EMBR3 liderou as quedas do índice (-7.13%), mas acumula valorização de 72,4% no ano.
Se preferir, baixe em PDF:
DISCLAIMER
Este relatório foi preparado pela Planner Investimentos e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Investimentos. O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Planner Investimentos. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração (“analistas de investimento”) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 21 da Instrução CVM 598/18: O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Investimentos e demais empresas do Grupo.
