Ibovespa sobe 1,46% e rompe novamente os 110 mil pontos

Ibovespa sobe 1,46% e rompe novamente os 110 mil pontos

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa engatou mais uma alta ontem, encerrando o dia com valorização de 1,46% aos 110.236 pontos e giro financeiro de R$ 28,9 bilhões (R$ 24,6 bilhões à vista), mais uma vez com destaque para o fluxo estrangeiro, que segue aumentando nesta 1ª quinzena de agosto.  Ontem o destaque principal foi a divulgação de índice CPI nos Estados Unidos, abaixo das expectativas, o que já criou uma expectativa melhor em relação à inflação americana e na decisão para os juros em setembro. Se mantido este viés, as bolsas podem seguir em recuperação. Os índices de Nova York tiveram um dia bem positivo: Dow Jones (+1,63%), S&P500 (+2,33%) e o Nasdaq (2,89%). Hoje os mercados lá de fora mostram queda no fechamento da Ásia e operam em baixa na Europa, mas os futuros de Nova York indicam alta, neste começo de quinta-feira. O mercado de petróleo mostra o WTI (Nymex) cotado a US$ 92,99 por barril (+1,15%) e o Brent a US$ 98,46 (+1,09%), às 5:54 hs). A agenda de hoje traz mais um indicador de preços nos EUA, (PPI – preços ao produtor em julho e dados do mercado de trabalho. No Brasil sai a pesquisa mensal de serviços do IBGE. Destaque também para os resultados corporativos a serem divulgados no exterior e no Brasil relativos ao 2T22, que podem mexer com os preços dos papéis.

Câmbio

O dólar caiu mais um pouco ontem, cotado a R$ 5,0924 com queda de 0,65% no dia e 1,41% na semana.

Juros

Ontem a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechou estável em 13,72% e para jan/27 caiu de 11,773% para 11,715%. O mercado vem amadurecendo a leitura de uma melhora, ainda que lenta, da economia brasileira e nos dados do exterior.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Banco do Brasil (BBAS3)

Lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões no 2T22

BB registrou no 2T22 um lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões (5435% s/1T21) explicado pelo crescimento da margem financeira bruta (+19%); o aumento contido do custo de crédito (+2,3%); o bom crescimento das receitas de serviços (+8,9%) e despesas administrativas abaixo da inflação (+5,7%).

A estratégia do banco permanece centrada no cliente, nos negócios com sinergia, no controle das despesas, na busca por maior eficiência e lucratividade. O ROAE elevou-se de 14,5% no 2T21 para 20,6% no 2T22 e segue com tendência de alta, aproximando dos seus pares diretos.

Reiteramos que o BB é o banco mais descontado em relação aos seus principais concorrentes diretos, sendo negociado a 0,8x o seu valor patrimonial (versus média de 1,5x dos pares) e P/L de 4,5x para 2022 (versus média de 7,5x dos principais concorrentes diretos).

O índice de inadimplência INAD+90 mostrou crescimento de 1,89 em mar/21 frente a março/22, atingindo 2,00% em junho/22.

O BB elevou algumas principais linhas do guidance de resultados com destaque para o aumento do lucro, da margem financeira bruta, da carteira de crédito, receitas de serviços e PDD ampliada. O resultado é positivo e deve manter o ROAE acima de 20% nos próximos trimestres.

Proventos. Com base no resultado do 2T22 o BB aprovou a distribuição de R$ 571,3 milhões R$ 0,20018899819/ação) em dividendos e R$ 1,68 bilhão R$ 0,57067846688/ação sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP). Os valores serão pagos em 31/08/2022, tendo como base a posição acionária de 22.08.22, sendo as ações negociadas “ex” a partir de 23.08.2022. O retorno líquido estimado é de 1,7%.


Taesa (TAEE11)

Lucro líquido IFRS de R$ 564 milhões no 2T22 e de R$ 1,1 bilhão no 1S22

A Taesa registrou um lucro líquido IFRS de R$ 564 milhões no 2T22 com queda de 19,2% ante o mesmo período no ano anterior, reflexo dos menores investimentos nos empreendimentos em construção com impacto negativo na margem de implementação de infraestrutura e por menor IGP-M entre os trimestres.

Destaque também para o aumento das despesas financeiras líquidas, resultado do aumento do CDI e do maior volume de dívida líquida entre os períodos comparáveis.

Nesse contexto, ao final de jun/22 a dívida líquida da companhia era de R$ 8,7 bilhões, com crescimento de 16,4% frente igual trimestre do ano anterior. A alavancagem apresentou redução por maior crescimento da geração operacional de caixa, passando de 4,6x o EBITDA no 2T21 para 3,8x no 2T22.

Em linha com o seu planejamento estratégico de longo prazo a Taesa já apresenta melhorias na área de segurança e no desempenho operacional, otimizando custos e aumentando a eficiência. Sua agenda de sustentabilidade permitiu um melhor posicionamento da companhia no setor de transmissão.

Proventos. Com base nas demonstrações financeiras intermediárias de 31 de março de 2022, o Conselho de Administração aprovou ontem (10/08) a distribuição de (i) R$ 308,8 milhões R$ 0,90 / Unit) a título de dividendos intercalares, e (ii) R$ 197,9 milhões R$ 0,57 / Unit) a título de juros sobre capital próprio (JCP), totalizando R$ 506,7 milhões (R$ 1,47 / Unit). O pagamento ocorrerá no dia 26 de agosto de 2022, a partir da data base de 15 de agosto de 2022. Com base na cotação de R$ 43,15 o retorno líquido é de 3,2%.


Unifique (FIQE3)

Lucro líquido de R$ 33,9 milhões no 2T22, o dobro do resultado do 2T21

A Unifique encerou o 2T22 com lucro líquido de R$ 33,9% (+100,9%) sobre os R$ 16,9 milhões do 2T21 e no acumulado do ano o lucro líquido atingiu R$ 66,8 milhões ante R$ 34,4 milhões no 1S21.

No 2T22 a receita líquida somou R$ 105,5 milhões (+49,8%) com a margem bruta do 2T22 fechando em 47,2%. (50,4% no 2T21. O EBITDA cresceu 49,7% de R$ 54,4 milhões para R$ 84,4 milhões,

No final de junho a posição de caixa líquido era de R$ 158 milhões, aumento de 5,1% em relação à posição de março/22 (R$ 150,4 milhões). Importante – A dívida total da empresa de R$ 533,2 milhões tem R$ 168,9 milhões referentes a participações societárias a pagar. Ao longo dos últimos dezoito meses a companhia adquiriu 11 (onze) empresas e carteira de ativos do ramo de telecomunicações instaladas no Estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Diante da geração de caixa no período e posição de caixa confortável, a Companhia pré-pagou dívidas da ordem de R$ 64 milhões que possuíam taxas remuneratórias de CDI+4,5%, reduzindo, portanto, seu custo de capital de terceiros.

Ontem a ação FIQE3 encerrou cotada a R$ 4,71 com queda de 22,6% no ano.


C&A Modas (CEAB3)

Lucro líquido do 2T22 fica em R$ 2,1 milhões e no 1S22 a perda foi de R$ 150,6 milhões

A companhia registrou bom desempenho de vendas no 2T22 sobre o 2T21, com receita líquida de R$ 1,63 bilhão (+38,7%) e no acumulado do ano atingiu uma receita de R$ 2,82 bilhões (+49,9%).  Os custos subiram menos que a receita, permitindo uma melhora na margem bruta, mas as despesas operacionais e o custo financeiro penalizaram a última linha.

A dívida liquida saltou de R$ 476,2 milhões em junho/21 para R$ 1,22 bilhão no final do 1S22 (+156,9%), sendo R$ 921,1 milhões no curto prazo. O caixa está em R$ 1,12 bilhão.

A ação CEAB3 encerrou ontem cotada a R$ 3,05 com queda de 58,4% no ano.


MRV&CO (MRVE3)

Resultado do 2T22 fica em R$ 87 milhões (-61,5%)

Os números da MRV ainda mostram o peso da queda do setor e forte pressão de custos de produção e financeiro. O resultado final foi de R$ 87 milhões, queda de 61,5% em relação ao 2T21 e no acumulado do 1S22 o resultado somou R$ 165 milhões, queda de 55,6%. Olhado apenas a MRV, o resultado foi negativo em R$ 18 milhões no 2T22.

Alguns destaques do 2T22/2T21:

Receita líquida soma R$ 1,60 bilhão (-11,78%), com a margem bruta caindo de 25,4% para 19,4%, lembrando que a margem do 2T21 já foi inferior a dados históricos.

O lucro operacional antes do financeiro cresceu 51,2%, atingindo R$ 340 milhões, com a contabilização de R$ 334 milhões de outras receitas operacionais, relativas a vendas de ativos nos Estados Unidos.  Contudo, o financeiro pesou com um salto nas despesas, levando a uma queda no resultado operacional (após o financeiro) de R$ 258 milhões para R$ 215 milhões.

O EBITDA somou R$ 441 milhões no 2T22, aumento de 48,9% sobre o 2T21.

Acumulado do 1S22/1S21:

 A receita líquida atingiu R$ 3,28 bilhões, queda de 4,0%.

O EBITDA acumulou R$ 639 milhões no 1S22 (+26,1%).

O resultado operacional (após o financeiro) ficou em R$ 348 milhões queda de 20,6%.

Ontem a ação MRVE3 encerrou cotada a R$ 11,36 com queda de 3,8% no ano. Em agosto a ação valorizou 24%.


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